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Sergio Pires

Primeira Mão - 11/01/11


Primeira Mão - 11/01/11  - Gente de Opinião

CRIMINOSO PROTEGIDO: NÃO HÁ ESQUEMA

DE SEGURANÇA QUE FUNCIONE NO BRASIL

Um plano para diminuir de imediato a criminalidade em Rondônia está sendo anunciado pelo governo. Recém empossado, o novo secretário de segurança pública, Marcelo Bessa, começa a traçar o projeto de uma ação integrada das polícias. Quer fazer cair em pelo menos 30% os índices de violência no Estado até meados de abril. O projeto é bom e necessário, mas certamente muito mais difícil do que o novo comandante da segurança estadual poderia imaginar. Um dos obstáculos, praticamente intransponíveis, é que a maioria dos crimes estão ligados à questões federais. O tráfico de drogas, raiz de quase todos os males, tem fronteira aberta com a Bolívia. De lá chegam toneladas de cocaína e maconha, entrando tranquilamente no Brasil, para abastecer o crime aqui e Brasil afora. Sem apoio firme e concreto das Forças Armadas e da Polícia Federal, nesse quesito, pelo menos, pouco poderá fazer a segurança pública rondoniense. Também o tráfico de armas alimenta o crime e coloca Rondônia entre os estados com maior incidência de assassinatos. Foram mais de 130 no ano passado, um espantoso crescimento de 35% sobre 2009. Pior de tudo, terá o novo secretário e sua intenção desafiadora, de enfrentar uma legislação que protege o criminoso, impede sua prisão e quando o prende, faz de tudo para libertá-lo. Até traficante de drogas agora é deixado livre pelo Judiciário, “por não representar perigo à sociedade”. Se ele não representa, imagine-se o resto.

A Sesdec poderá, de concreto, tomar medidas urgentes e fortes em relação ao trânsito. Aí sim, pode ter resultados palpáveis e a curto prazo. Excetuando-se também a absurda impunidade que campeia para quem mata nas ruas e rodovias, uma grande campanha estadual por um trânsito mais humanizado pode dar certo, com o apoio da sociedade. No restante, com todo o respeito à boa vontade e gana de trabalhar do novo secretário, pouco se verá de resultado prático. Até porque o governo federal é omisso e nossas leis foram produzidas para incentivar o crime. Contra isso, não há esquema de segurança que funcione no Brasil.


OLHOS MAREJADOS

Claro que houve poucos comentários oficiais sobre o tema. Mas soube-se que o ministro Nelson Jobim, ao receber um portfólio de fotos sobre a situação do Hospital João Paulo II, com gente no chão e todos os problemas que se conhece, encheu os olhos d´água. E determinou imediato apoio das Forças Armadas na área da saúde em Rondônia.

RETRIBUIÇÃO

O novo secretário de saúde do Estado, Alexandre Muller, é paraibano mas apaixonado por Rondônia. Disse que, no cargo que assumiu (com todos os seus problemões e crises), poderá retribuir um pouco tudo o que esta terra adotiva lhe deu. Tomara que tenha sucesso e que seus projetos se concretizem, porque a saúde é o maior calcanhar de Aquiles de qualquer Estado.

DE HORA EM HORA

Na Assembléia Legislativa, depois das sessões extras de quinta, os deputados voltaram às férias. O retorno está agendado para a próxima segunda, dia 17. Mas, todos os dias, todas as horas, fora da ALE, todos continuam conversando. O único assunto continua sendo a nova presidência e a Mesa Diretora, que será eleita dia 1º de fevereiro.

MUITA ÁGUA

No momento, se a eleição fosse hoje, o petebista Valter Araújo estaria com a faca e o queijo na mão para ser o novo presidente. Mas muita água ainda rolará embaixo da ponte. Neodi Carlos e Jesualdo Pires também têm seus trunfos. O atual presidente poderá, inclusive, contar com o apoio do atual governo, caso decidir concorrer novamente. É o que se ouviu nos bastidores.

DIVIDIDO

Não dá mais para esconder. O Partido dos Trabalhadores está rachado. Coisa complicada mesmo. De um lado, o grupo palaciano da Prefeitura de Porto Velho, sob o comando do prefeito Roberto Sobrinho. De outro, a turma de Fátima Cleide, Eduardo Valverde, José Hermínio e outros nomes conhecidos do partido.

DESDE NOVEMBRO

 Se não houver muita conversa e novos acordos, a coisa vai complicar, em Rondônia, para o partido da presidente Dilma Rousseff. Desde que terminou a eleição, quando Valverde ficou em quarto lugar na disputa pelo governo, que os grupos, antes contidos, começaram a se digladiar. O racha está prestes a se tornar público.

TRUNFOS DO PREFEITO

Roberto Sobrinho tem o grande trunfo de estar no poder e estar fazendo uma boa administração. Tem dezenas de obras em execução, outras tantas já entregues e muitas outras projetadas até o fim de governo. Pode sair consagrado. Os demais – afora os três novos deputados estaduais – estão no momento sem cacife político. Mas vão pressionar a turma do Prefeito. Sem dúvida alguma.

SUCESSO DA CANDELÁRIA

O empresário Everton Leoni é um exemplo de sucesso, pelo trabalho e dedicação à área das comunicações. Hoje a TV Candelária/Record já está presente em mais de 20 cidades rondonienses, atingind quase 80% da população. Em breve estará também em Guajará Mirim, Ouro Preto e Buritis. E implantará a Record News Rondônia em Jaru. É o grupo de comunicação que mais cresce no Estado.

CEDO DEMAIS

Hoje, o governo Confúcio Moura completa apenas onze dias. Tirando-se os dois finais de semana, foram sete dias úteis. E já há  cobranças como se ele estivesse no poder há meses. Nem os famosos “100 dias” querem dar ao novo comandante do Estado, para só então iniciar as cacetadas. Parece, no mínimo, injusto. Lá por abril sim, se as coisas não andarem, aí as cobranças devem engrossar. Mas com tão pouco tempo?


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Fonte: Sergio Pires  - ibanezpvh@yahoo.com.br
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