Sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010 - 07h33
OS DOM QUIXOTE PERDEM SEU TEMPO
CONTRA OS MILIONÁRIOS MOINHOS
Dom Quixote montou seu cavalo Rocinante, pegou seu amigo Sancho Pança e foi se insurgir contra moinhos. Na literatura, um dos mais belos livros de todos os tempos. Na vida real, os Dom Quixote continuam atacando moinhos, só que com nenhum sucesso. É o caso, por exemplo, de alguns poucos políticos e de entidades – como a Associação Cidade Verde, de Porto Velho, que defende os interesses dos consumidores – que há anos tentam provar que o cidadão comum também tem direitos e que os poderosos bancos têm que cumprir a lei como todos neste país. Claro, com resultados sempre inócuos. As decisões judiciais – sim, de vez em quando há algumas contra os bancos – são simplesmente ignoradas. A população é obrigada a ir às agências e não tem outra opção. Ali, com cada vez menos funcionários, os bancos tratam seus clientes como lixo, a não ser na hora de impor-lhes taxas absurdas, muitas delas ilegais e imorais mas que não se tem como contestar, tal a elocubração de informações que são incompreensíveis para o ser humano comum. As filas são imensas. Os direitos dos velhos, doentes e deficientes são ignorados. Só interessa o lucro, cada vez maior. O público não importa, a não ser como seres estranhos que entram nas agências apenas para trazer seu dinheirinho e pagar cada vez mais por serviços cada vez piores.
A Justiça mandou os bancos instalarem banheiros, darem água potável e um atendimento mais humano nas agências de Porto Velho. Alguém aí viu qualquer benefício desses? Para os bancos, decisões da Justiça local são tratadas como se nada valessem. Seus advogados, com salários milionários, são pagos para impedir que essas bobagens atinjam as instituições financeiras. E que a lança de qualquer Dom Quixote jamais chegue nem perto dos moinhos dourados e milionários. É o Brasil.
NADA DE NOVO
Nesta semana, o governador Ivo Cassol e o pré-candidato ao governo pelo PSDB, Expedito Júnior, tiveram uma longa conversa. No final dela, depois da colocação das posições de cada um sobre a eleição deste ano, nada mudou. Cassol continua anunciando seu apoio a João Cahulla e Expedito continua sua pré-campanha ao Palácio Presidente Vargas.
NÃO DESISTIRAM
Ele ainda continua sendo procurado mas não aceitou – ao menos até agora – nenhuma proposta. É mais de um dos pré-candidatos ao Governo neste ano que querem o jovem David Chiquilito como vice. Ele e o seu partido, o PC do B, já avisaram: Chiquilito vai mesmo concorrer a uma cadeira na Assembléia Legislativa. Mas os “pretendentes” ainda não desistiram.
TEM VOTO
O deputado estadual Miguel Sena, vice-presidente da Assembléia, não brinca em serviço. Está trabalhando em várias regiões do Estado e tem grandes apoios na suas principais bases eleitorais: Guajará Mirim e Porto Velho, nessa ordem. Mas Miguel estendeu suas ações a outras comunidades, onde já tem aval de nomes quentes na política, para sua reeleição. Ele vem com tudo.
PROTESTO
Por falar em Miguel Sena, essa semana ele botou a boca no trombone contra a forma como servidores do Basa andam tratando colonos da região de Buritis. Gente pobre, humilde, que anda até 50 quilômetros para pedir apoio ao banco, estaria sendo maltratada. Miguel e sua forma nada sutil de contra-atacar já andou dizendo poucas e boas e pedindo solução para o problema.
UM SÓ LÍDER
O Partido dos Trabalhadores comemorou 30 anos de existência. Com suas conquistas e problemas, o PT transformou-se num dos maiores partidos do país e tem hoje o líder mais popular da história recente, o presidente Lula, como sua principal figura.
SEM LULA, SEM PODER...
Esse é um dos problemas do PT. Como não formou novas lideranças que pudessem chegar sequer perto da popularidade de Lula, o partido tem passado e presente mas pode não ter futuro. Sem Lula, o PT torna-se um partido quase igual aos outros, embora com ideologia diferente. Sem Lula, não tem poder. Por isso, daqui para a frente, terá que repensar algumas estratégias.
INSUPORTÁVEL
Experiente, acostumado a viver no mundo do combate ao crime, um policial militar de Guajará Mirim protestou esta semana. É que, em menos de oito dias, um menor de Guajará foi detido duas vezes, por práticas de crimes sérios. No primeiro caso, saiu em seguida. Do segundo sairá também. Em breve, estará nas ruas, assaltando, traficando, cometendo crimes de novo. É mesmo uma coisa insuportável.
PODE MUDAR
Mas quem não concorda com tanta impunidade nem tanto apoio aos criminosos, que as atuais leis concedem, pode começar a mudar isso neste 2010. É só não votar, de jeito nenhum, em gente que defende os interesses dos bandidos em detrimento dos das pessoas de bem. Se eleger quem quer ver bandido na cadeia, sem vantagens e sem impunidade, o eleitor muda isso. Senão, continuará tudo como está.
IMUTÁVEL
Todas as posições sobre 2010 já estão na mesa, embora algumas delas ainda possa mudar até o final de abril. O que não muda é a forma como o ex-governador e prefeito de Ji-Paraná, José Bianco, enxerga a política. Ele continua quieto. Só vai dar o bote na hora certo. E ao cargo certo
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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