Sábado, 12 de fevereiro de 2011 - 06h39
TRANSPOSIÇÃO: ESTÁ NA HORA DA
BANCADA FEDERAL FALAR GROSSO
A nova bancada federal de Rondônia já tem um desafio pela frente. E que desafio! Terá que se unir, falar duro, xingar, bater pé, para ao menos tentar fazer andar o decreto da transposição dos servidores do ex-Território Federal. Empacado na má vontade oficial e no labirinto que é a estrutura do serviço pública, parido e criado para não funcionar, o decreto não sai do lugar. Está lá, encalacrado num tal de Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais do Ministério do Planejamento. O senador Valdir Raupp, nome mais poderoso hoje na política rondoniense, já que é presidente nacional do PMDB, já protestou e exigiu solução. Sem resultado. Nessa semana, outro senador, Acir Gurgacz (na foto acima), do PDT, também aliado do governo Dilma, não agüentou a forma lenta e absurda com que o assunto é tratado. Chegou a ironizar a situação, publicamente, ao se oferecer como estafeta, para levar o documento à Casa Civil, porque, ao que tudo indica, o problema é que não haveria um servidor para fazer este hercúleo trabalho. O terceiro senador rondoniense, Ivo Cassol, que sempre disse que a questão da transposição era o que popularmente se conhece como “embromation”, terá que entrar no jogo também, junto com os oito deputados federais. Senão o assunto não sai da conversa fiada e será engolido pela explícita má vontade da União em resolver o problema.
Apaixonados pela burocracia e pelo carimbo, chefes e chefetes do setor público estão de lixando para milhares de pessoas, em Rondônia, que jamais foram aquinhoadas com seus direitos, líquidos e certos. Se não houver uma porrada na mesa, se não houver um grito duro, se a bancada federal ficar no mesmo “nhemhemhem” como o fez até agora, Rondônia vai mais uma vez levar uma rasteira. Como já levou – e tem levado todos os meses - no caso do Beron.
PRÁ VALER
Terça-feira começa o ano legislativo. Os novos deputados já estrearam, com duas sessões extras na semana passada, aliás, perfeitamente dispensáveis, já que não havia nada de urgente para votar. Mas, passada a estréia de vários deles – são 11 reeleitos e 13 novatos – a Assembleia passa agora a ter suas reuniões normais. Terá, sem dúvida, muito o que fazer neste 2011.
VOLTANDO
Depois de vários anos distante da política, retorna à vida pública o conhecido radialista Elizeu da Silva. Ele, que já deputado estadual e secretário de Estado, acabou como suplente na última eleição municipal, na coligação PP-PT. E chegou à Câmara Municipal depois que Epifânia Barbosa assumiu como deputada e Benedita Pereira preferiu ser secretária. Elizeu teve mais de 1.100 votos, no último pleito municipal.
É SEGREDO
Suspeita de cartel na venda de combustíveis em Porto Velho é assunto antigo. Várias investigações foram feitas e nadica de nada. Agora, a Promotoria da Justiça e Cidadania entrou no caso. Espera-se, pelo menos, que dessa vez a população seja informada exatamente sobre o que está acontecendo. Até hoje, ninguém sabe nada.
COINCIDÊNCIA CÔMICA
Quando as ONGs internacionais querem pressionar, ou querem conseguir mais grana com seus patrocinadores mundo afora, por coincidência aparece na Amazônia uma nova tribo “sem contato com os brancos”. Seria cômico, não fosse o fato de que os estrangeiros acreditam piamente e abrem os cofres, “para salvar os pobres coitados indígenas brasileiros”.
MUITA COMISSÃO
Piada do ano foi criada uma comissão para investigar as outras comissões que vão se organizar em comissões para evitar superfaturamento nas obras para a Copa do Mundo de 2014. Com tanta comissão, certamente o custo final das obras terá uma “comissão” de uns 100%. Ou mais.
QUATRO POR UM
Só para lembrar. Na construção do estádio Engenhão, para os Jogos Pan Americanos, com o dinheiro gasto se poderia ter erguido quatro estádios iguais. Ninguém foi preso, mas em compensação, o grupo de novos ricaços, entre os que participaram das obras, cresceu bastante.
MILIONÁRIOS
Por falar nisso: o número de milionários brasileiros cresceu em um ano de 56.991 para 63.224, no final do ano passado. Todos têm mais de 1 milhão de reais mensais aplicados. A maioria são de políticos e empresários e geralmente as duas coisas. Os demais 183.924.067 continuam fazendo parte daqueles que dão duro para sobreviver no mês que acaba sempre antes do salário.
RODÍZIO DO CRIME
Fernandinho Beira Mar está fazendo rodízio nos tais presídios de segurança máxima no Brasil, que são brincadeira para um cara como ele. É “o” cara do crime e continua comandando tudo de dentro da cela. Agora, foi para o Rio Grande do Norte. Seu próximo endereço será o presídio de Porto Velho. Onde continuará mandando e desmandando.
ESCURIDÃO
Em menos de uma semana, dois apagões no país. Um atingiu oito estados do nordeste, outro várias áreas da maior cidade do país, São Paulo. E isso que o ministro Lobão disse que o que houve foi “acidente” e que poderia acontecer em qualquer lugar do mundo. Engraçado é que só acontece no Brasil. É que em outros países, há seriedade, respeito e profissionalismo. Por aqui, tudo é oba-oba skindô!
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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