Domingo, 12 de setembro de 2010 - 08h19
UM CÂNCER QUE PRESIDENCIÁVEIS
FAZEM MUITA QUESTÃO DE IGNORAR
O Brasil dos contrastes dá as caras de novo, através de tristes números levantados pelo IBGE. As informações mostram a vida real, uma verdadeira face desse país que tem internet, twiter, celular, TV de alta definição, viagens internacionais e uma vida boa para uma minoria, enquanto milhões ainda apenas sobrevivem. O quadro dantesco relaciona-se com o analfabetismo, que atinge nada menos do que 14 milhões de brasileiros. Quase 10% da nossa população. Se formos considerar aqueles que são tecnicamente analfabetos, ou seja, que freqüentaram no máximo quatro anos de escola, o número duplica: 20% ou mais de 28 milhões de pessoas. Ué, mas não se vê essa gente nas propagandas ufanistas, nos seguidos “nunca antes na história desse país”; nas estatísticas certamente mascaradas, que nos informam que o brasileiro pobre e miserável está melhorando de vida. Como melhorar de vida, em pleno século 21, sendo analfabeto? O que o Brasil está fazendo, seriamente, por essa multidão que não só não aprendeu a ler e escrever, mas que também está alijada do pensamento nacional, fora do quadro tão positivo que ouvimos?
Não se pode comemorar nada de bom num país que tem tanta gente analfabeta. O curioso é que pelo menos até agora, nenhum – repete-se: NENHUM – dos candidatos à Presidência tratou desse tema. Para nordestinos e nortistas – são nessas regiões que se concentram o maior número de analfabetos – viver uma vida sem um só pingo de conhecimento é viver na escuridão, fora do mundo, excluído do planeta e da sua integração global. Como esses milhões de brasileiros podem entender que têm a chance de mudar seu país, já que a maioria sequer entende o que os candidatos falam? O analfabetismo é nosso câncer. E nossos presidenciáveis sequer dão bola para ele...
QUEM SÃO ELES?
No ar há mais de 25 anos, o programa do empresário e jornalista Everton Leoni é um dos mais ouvidos no rádio aos domingos. Na última semana, ele perguntou aos seus ouvintes de todos os bairros da Capital – que sempre interagem com o programa – os nomes dos cinco candidatos ao governo. Poucos sabiam todos os candidatos. A maioria sabia dois, até três. E houve vários que não sabiam o nome de nenhum deles. A essas alturas da campanha?
MENOS DE UM MÊS
É claro que a enquete não teve qualquer base científica, mas os números devem preocupar os postulantes ao Governo do Estado. A menos de um mês do 3 de outubro, a campanha ainda não chegou a muita gente. Se isso ocorre em Porto Velho, certamente também se repete no interior. Pelo menos para parte das comunidades, as mensagens dos candidatos não atingiram todos os eleitores.
EMBOLADA
Com exceção de Sussuarana, do PSOL, que não tem chance alguma, os outros quatro postulantes ao Palácio Presidente Vargas mantém-se otimistas, pelo menos para o público externo. Todos garantem ter certeza que chegarão ao segundo turno. Cahulla, Confúcio e Expedito acham que estão lá. Valverde acha que entra. A verdade é que a disputa continua embolada.
FICA ONDE ESTÁ
O vereador Alex Mendonça Alves, de Ariquemes não caiu na armadilha. Convocado para assumir por menos de cinco meses uma cadeira na Assembléia Legislativa, ele caiu fora. Preferiu cumprir o restante do seu mandato na sua cidade do que ouvir o canto da sereia e ficar no baixo clero da ALE por tão pouco tempo. Deixou a vaga para o ex-deputado Chico Doido. Fez o certo.
QUEM VAI E QUEM FICA?
Por falar em Assembléia, a disputa pelas 24 cadeiras está mesmo acirrada. A maioria dos atuais membros da Casa concorre à reeleição, mas atrás de suas vagas vem um grande contingente de gente ávida por tomar o legislativo estadual pelo voto. São bem mais que 300 postulantes para as poucas vagas. A corrida é das mais disputadas. Quem fica? Quem sai? Respostas só depois de 3 de outubro.
PENA BRANDA
Qual a pena para um pai que estupra uma filha de oito anos, como ocorreu essa semana em Ariquemes? Pela atual legislação brasileira, ela será branda. Se preso, vai ficar uns tempos atrás das grades. Logo surgirão defensores dos direitos dele, alegando que pode cumprir parte da pena nas ruas. Ele vai atacar de novo. Mas e daí? Quem mandará soltá-lo não tem essa preocupação. E muito menos as leis que tratam criminosos desse nível como pobres coitados.
JÁ ESTÁ DECIDIDO
Ao que tudo indica, a campanha presidencial está resolvida. Não é possível que todas as pesquisas estejam erradas. Dilma Rousseff só perde agora, nessa reta final de campanha, se cometer um erro brutal. Não o fará. Lula fará sua sucessora e a oposição ficará lá atrás, analisando sua incompetência por longo tempo. Vamos ter pelo menos mais quatro anos do PT e seus aliados no poder.
O TEMPO VOA
Estamos a exatos 21 dias da eleição de 3 de outubro. Três semanas. Falta muito pouco para decidirmos quem será o Presidente da República; os novos governadores (embora, em muitos estados, inclusive em Rondônia, haja previsão de segundo turno) e nossos representantes no Congresso. O tempo voa e as urnas estão chegando.
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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