Terça-feira, 14 de setembro de 2010 - 05h50
O QUE TEM EM COMUM O DEPUTADO MIGUEL
SENA E O GOVERNADOR PRESO DO AMAPÁ?
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concorda com o TRE de Rondônia: por não ter pago uma multa de 3,80 reais, o deputado estadual Miguel Sena pode até ficar fora da eleição de outubro. Uma firula legal, coisa que os burocratas amam, corre o risco de tirar das urnas um parlamentar combativo, que tem milhares de eleitores atrás de si. E daí? Daí que o governador do Amapá, preso junto com secretários, com o presidente do Tribunal de Contas da União e várias autoridades, por comprovado desvio de recursos de verbas públicas – e que foi para a cadeia – está, em termos eleitorais, numa situação muito melhor do que deputado rondoniense, que sequer tem condenação judicial. Ou seja, tanto o atual governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (na foto que ilustra a coluna de hoje), que disputa a reeleição,como o ex-governador Waldez Góes, que tenta uma vaga no Senado, podem sair direto da cadeia para o poder. Porque estão livres - mesmo com tudo o que fizeram – pelo menos segundo denúncias da Operação Mãos Limpas, que mobilizou mais de 600 policiais na semana passada – para continuar suas campanhas.
Às vezes não dá vontade da gente arrancar os cabelos com coisas como essas? Uma pequena falha burocrática atinge em cheio um brasileiro que quer ser reeleito. Uma roubalheira de milhões de reais do dinheiro público não impede que um grupo de políticos, acusado de uma roubalheira sem fim, possa ser votado, eleito e empossado. Não parece que estão rindo da nossa cara? Pois é isso. São as leis brasileiras, feitas por incompetentes e corruptos, que as produzem para a própria proteção e que dão abrigo a criminosos de todos os naipes. Mas são as mesmas leis que não perdoam quem comete um pequena falha em prazos eleitorais. É o Brasil! É o Brasil!
SEM LUA DE MEL
Na reta final da campanha, algumas coisas estão claras. Uma delas: PMDB e PT, que já foram muito próximos, não estão mais vivendo a lua de mel de eleições anteriores. No debate em Vilhena, semana passada, o petista Eduardo Valverde já deu uma sacolejada nos peemedebistas. E vem mais por aí.
E OS 20%?
Por falar em Valverde, ele e o PT não entendem os resultados das pesquisas até agora. Fazem a pergunta básica: onde estão os tradicionais 20% dos votos que o partifo sempre conseguiu em eleições no Estado? Em nenhum levantamento até agora o candidato do PT superou os 10 pontos percentuais. Para o partido, há algo errado nas pesquisas. Só as urnas poderão dizer se a turma do PT está certo ou não.
MAIS PERTO
Com a situação de Expedito Júnior, ainda indefinida na Justiça Eleitoral e com a falta de decolagem de Eduardo Valverde, o segundo turno, segundo os analistas, está cada vez mais perto de João Cahulla e Confúcio Moura. Expedito ainda tem grande chance, caso consiga o aval do STF. Do contrário, o segundo turno já está muito perto de ser definido.
NADA DE MUDAR
Faltando pouco menos de 20 dias para 3 de outubro, a reta final da campanha pode sair um pouco da frieza que a caracterizou até agora. Mas a Justiça Eleitoral está alerta. Vai cortar qualquer barato que possa significar a mínima mudança, no gelo em que se transformou a disputa eleitoral. Todas as coligações estão sob intensa fiscalização e, em muitos casos, o candidato tem que provar que é inocente. E não o contrário.
VALE TUDO
Pesquisas continuam pululando aqui e ali, a maioria delas contratadas por candidatos ou coligações, ou seja, sem a isenção necessária. Todos os lados apresentam números que os beneficiam. Há até pesquisas garantindo quem serão os deputados estaduais e federais eleitos. Há quem ainda perca tempo e acredite nessas coisas. Mas, enfim, em eleição vale tudo.
SEM MÁ NOTÍCIA
Dependendo do contratante, os números sempre o beneficia. É assim desde o início dos tempos, quando as pesquisas começaram a ser feitas. Quem paga não pode ouvir má notícia. Assim, algumas pesquisas chegam perto da realidade, outras só servem para enganar quem ainda se deixa enganar. Portanto, o quente mesmo é espera a voz das urnas. Mais que isso é aquela história: me engana que eu gosto.
NA BATALHA
Não fosse um lutador, que não esmorece e nem entrega os pontos nunca, o deputado estadual Miguel Sena já teria entregue os pontos. A Justiça Eleitoral está fazendo de tudo para que ele não possa disputar a reeleição. Mas o representante de Guajará e Porto Velho não se entrega. Vai recorrer a todas as instâncias possíveis, até em respeito aos seus muitos eleitores.
RECORDE
O combate ao tráfico de drogas na fronteira não pára. Na semana passada, foi feita a maior apreensão de cocaína na região de Jacy-Paraná: mais de 56 quilos. Os envolvidos conseguiram fugir mas perderam o produto que levariam, certamente, para outras regiões do país.
AINDA NÃO COMEÇOU
Nunca saiu tanta droga da fronteira da Bolívia com Rondônia como nos últimos anos. E isso que os cocaleiros ainda não começaram suas colheitas. Centenas deles vão produzir a folha da coca na fronteira brasileira, do lado boliviano, é claro. Apoiados pelo governo Evo Morales.
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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