Quinta-feira, 15 de outubro de 2009 - 06h24
A IRONIA DO MINISTRO PARA TENTAR
DEFENDER A BADERNA DO MST
Na maior cara de pau, o ministro do Desenvolvimento Agrário foi à imprensa negar que o governo federal tenha repassado mais de 115 milhões de reais à empresas e instituições ligadas ao MST, Brasíl. Tentou justificar o injustificável e ainda disse que a grana foi para os Estados, como se fossem os governos estaduais os gestores desses recursos. Chegou a ironizar, tirando sarro da cara de quem acha que o MST é ilegal e usa dinheiro público para seus crimes, ironizando ao afirmar que não sabia que os governadores Ivo Cassol (Rondônia), Aécio Neves (Minas) e Yeda Crusius (Rio Grande), fossem simpatizantes do MST. Basta ler a última edição da revista Veja, recheada de denúncias documentadas para ver que o ministro Guilherme Cassel está brincando com um tema bombástico. Embora o próprio presidente Lula, Cassol e outros membros do governo tenham repudiado a última ação criminosa do movimento, que destruiu um laranjal altamente produtivo da maior empresa exportadora do setor, no país, está claro que há uma tentativa de burlar o esclarecimento da verdade. O ministro Cassel, que disse não temer uma CPI do MST, é claro que não confirma que o governo está mobilizando toda a sua base aliada para que a investigação na aconteça. Enquanto isso, nós, brasileiros do bem, que vivemos do nosso suor e não recebemos dinheiro público – pelo contrário, pagamos os impostos mais altos do mundo com retorno sofrível – continuamos esperando que os bandidos do MST vão para a cadeia. Junto com quem os financia.
FRISSON
Nesta semana, uma concorrência pública marcada pelo Estado vai causar frisson. Trata-se nada menos de uma disputa,que pode ser acirrada, para o transporte intermunicipal, que há quase três décadas só é realizado pela empresa Eucatur. Os valores da concorência lançada ao mercado chegam a mais de 445 milhões de reais.
PANO DE FUNDO
Além de uma disputa normal entre empresas por um mercado atraente, o caso envolve, claro, uma acirrada queda de braço entre o grupo político liderado pelo governador Ivo Cassol e seus arquiadversários, os Gurgacz. Esperemos para ver no que dá.
MATAR OU MORRER
Continuam as loucuras no trânsito. Na terça-feira chuvosa, pós feriadão, dezenas de motoristas e motoqueiros mostravam que estão prontos para matar ou morrer nas ruas de Porto Velho. Fazem o que bem entendem, não há fiscalização alguma e as vítimas se avolumam. Sem fiscalização eletrônica, então, vira zona do meretrício. Ninguém manda.
PASSAGENS
Empresários do transporte coletivo de todo o País – e isso inclui Rondônia – estão aguardando ansiosos que pela primeira vez na história aconteça mesmo redução de impostos sobre os insumos do setor. Os passageiros também, porque o preço das passagens poderá cair. Já houve aprovação em Comissão Especial da Câmara Federal.
VIÚVA
O inesquecível Chico Mendes deve estar se virando no caixão. Sua viúva, sua filha e o atual marido de Ilzamar Mendes, que era casada com o seringueiro assassinado, estão sendo processadas pelo desvio de 680 mil reais. Doada pelo governo do Acre à Fundação Chico Mendes, a grana tomou Doril. Não se fazem mais viúvas de mártires como antes.
PORTAS FECHADAS
No país dos feriadões, uma sucessão de dias de lojas fechadas e prejuízo na certo para o comércio. De vez em quando se ouve, aqui e ali, algum protesto. Mas como os feriadões são feitos para beneficiar congressistas e servidores públicos, essa história não terá fim. Somos pobres e precisamos trabalhar mais. Mas a vagabundagem é ordem de que vem de cima.
O 22 DE DEZEMBRO
O 22 de dezembro cai numa terça-feira, a dois dias do feriado de Natal. Lideranças do comércio querem sensibilizar o Estado para que não implante o feriado estadual de criação de Rondônia na nova data. Querem que se mantenha o 4 de janeiro, que, segundo eles, não traz prejuízo algum aos lojistas. O assunto ainda vai dar muito pano para manga.
DISPUTA ACIRRADA
Aliás, para concorrer com o Porto Velhjo Shopping, o chamado comércio de rua da Capital se uniu para realizar várias promoções premiadas, incluindo carros zero quilômetro. Quem ganhará é o consumidor, que além da concorrência dos preços, ainda pode abocanhar grandes prêmios. A disputa pelo cliente vai ser acirrada.
SÓ DISCURSO?
O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse que não haverá qualquer problema com a segurança pública tanto para a Copa do Mundo de 2014 como para as Olimpíadas de 2016. Afirmou que poderia mobilizar até 40 mil agentes policiais em meses de dois meses. E porque não o faz hoje, quando a população do seu estado está refém dos criminosos?
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