O FESTIVAL DE INUTILIDADES COMEÇA
PELA BASE, NAS CÂMARAS MUNICIPAIS
A Câmara Municipal de Vitória, no Espírito Santo, tem 20 assessores para cada vereador. Só um deles quer reduzir para 15, economizando mais de 1 milhão e 100 mil reais por ano. A Câmara de Vitória tentou aumentar o salário dos seus membros. A população protestou, gritou, foi às ruas e o aumento não saiu. A Câmara de Vitória é um retrato do que ocorre Brasil afora, nos legislativos municipais. A maioria deles ignora suas funções precípuas: fazer leis boas para suas cidades, e, principalmente, fiscalizar os atos do Executivo. Quando entram, os vereadores assumem para representar a esperança das suas cidades. O povo acredita que dali para a frente, tudo será diferente. São poucas semanas para que tudo se esvaia. Negociações políticas e negociatas, corrida atrás de cargos comissionados para apaniguados; acordos com as Prefeituras para que a fiscalização não seja lá essa Brastemp, mutretagens, falta de respeito ao eleitor e à comunidade: tudo isso se soma dentro dos legislativos municipais. Deveriam ser uma base sólida da democracia, mas se tornaram, com as exceções de sempre, balcões de negócio, que não fazem falta alguma para suas comunidades.
O exemplo da Câmara de Vitória repete-se país afora. Na maioria dos casos, os vereadores malandros vencem a batalha contra a pressão da opinião pública. Fecham os olhos às más administrações, acertam acordos, montam estratagemas para aumentar os próprios ganhos, empurram goela abaixo o aumento no número de cadeiras. Há exceções, em que a população ganha no grito, podando mordomias e extravagâncias. Mas no final, perdem todos. Perde o eleitor, desesperançado. O escolhido, envolvido no emaranhado do poder, onde só não lucra mais quem é trouxa, perde sua noção de representante dos seus vizinhos e trata da sua vida. E as Câmaras, como um todo, perdem muito mais. Porque a população já sabe que elas são cada vez mais inúteis.
PSB JÁ DEFINIU
O médico Mauro Nazif será mesmo candidato em Porto Velho, novamente. Nas últimas semanas, ele tratou de buscar nomes para o partido que comanda, o PSB, conseguindo uma boa nominata de futuros candidatos à Câmara Municipal. O próximo passo de Nazif será tratar de alianças. A cabeça de chapa, contudo, é inegociável. Já tem nome. O dele.
BOI DE PIRANHA
O Ministério da Educação anuncia abertura de sindicância para apurar o que está acontecendo na Unir. Na mira, o reitor José Januário. Que tem, sim, parte da culpa do que está ocorrendo. Mas, já se sabe no que vai dar. O governo vai culpar o reitor por tudo. O abandono, o desleixo, a falta de investimentos, a irresponsabilidade com que nossa universidade é tratada, tudo isso continuará.
ATO FALHO?
Assusta uma frase sem nexo, de autoria de um cantor sertanejo, posta no facebook pelo deputado federal Padre Tom. “Se a Educação fosse a salvação da lavoura, os países europeus não estariam nessa penúria (Emir Sader). Ora, o que quis defender com isso nosso representante petista na Câmara Federal? Tomara que tenha sido só um ato falho. Porque se ele concorda que a educação não é vital, em todos os sentidos, então devemos nos preocupar.
PRÊMIO MUNDIAL
Merece comemorações: a empresária rondoniense Patrícia Paz está entre as três finalistas escolhidas pela ONU para concorrer a prêmio internacional, por encontrar alternativas ecológicas em seus negócios. Patrícia é de Vilhena, já venceu as etapas no Estado e nacional. Agora, está a um passo de ser reconhecida pela ONU.
TUDO IGUAL
À meia noite de hoje, em vários estados, os relógios adiantam uma hora, com o horário de verão, que, em Rondônia, traz poucas mudanças. TV, horários de ônibus e aviões e agências bancárias mudam o atendimento. De importante mesmo, só os bancos. Mas como podem ainda estar em greve, não vai influir em nada na vida de ninguém deste cantinho do Brasil.
PURA ENROLAÇÃO
Policiais continuam sendo enrolados pelo governo e Congresso, já que a PEC 300, que equipara salários deles com os dos mesmos profissionais de Brasília, é empurrada pela barriga. No bom inglês: “enrolation”. Os PMs e civis da Capital federal ganham salário inicial de 4.100 reais. Seria menos de 10% do que ganham parlamentares.
JOIO DO TRIGO
O que se precisa fazer é valorizar sim a estrutura de segurança pública, pagando salários decentes aos que nela atuam. Mas, ao mesmo tempo, é necessário fazer uma limpeza geral, tirando a banda podre da polícia e mandando-a para a cadeia. Os que têm que ser valorizados são os que compõem a maioria de gente decente. Os outros não são policiais. São bandidos.
GOOD NEWS
Duas ótimas notícias para a Capital, nesta semana. A primeira, foi o lançamento da obra do novo Hospital de Pronto Socorro, parceria do Governo do Estado com Prefeitura. A outra, a decisão de que as obras dos viadutos sobre a BR sejam realizadas em dois turnos, para recuperar o tempo perdido. Aparecem, enfim, luzes no fim do túnel...