Sexta-feira, 16 de outubro de 2009 - 05h49
OBVIEDADES QUE NÃO RESOLVEM
OU AMENIZAM O CAOS DA VIOLÊNCIA
A subseção da OAB de Rondônia também está indignada com a violência e a criminalidade que assolam nosso Estado e todo o país. O presidente da entidade, o conhecido e competente advogado Hélio Vieira tratou do tema novamente. O problema é que a visão da OAB rondoniense e do seu presidente é a mesma do longo discurso social e quase nenhuma ação prática. Quer a OAB que se realize, provavelmente pela enésima vez, mais um grande simpósio para discutir as causas da violência. E pede atenção aos jovens, para evitar que eles se perpetuem no crime. Qual a novidade nisso? Nenhuma. As autoridades brasileiras já cansaram de fazer o mesmo discurso, como se a questão social, a pobreza e o abismo que separam classes rica e pobre fosse a única culpada pelo que está acontecendo. Peca a posição da OAB de Rondônia com o mesmo pecado mortal do discurso sem fim que se ouve todos os dias. Claro que há necessidade de diagnóstico da criminalidade, que é vital proteger e abrigar os jovens, que os problemas sociais têm que ser encarados. Mas e a absurda impunidade, sobre a qual ninguém com poder de decisão resolve? E os criminosos que não têm mais chance de reabilitação, que lotam cadeias e presídios? E as penas ridículas e atenuantes legais para crimes terríveis? Está na hora de parar de falar sempre na mesma teoria e começar a exigir também soluções práticas. Discurso, mesmo sendo bom, não resolve o problema. Pior: atrasa sua solução.
FERVENDO
Os bastidores da política estadual fervilham. Poucas informações definitivas existem, até porque falta muito para a eleição. Mas as negociações, as conversas, as traições (sim, desde agora), já deixam antever um quadro do que será a renhida disputa nas urnas no ano que vem.
ALINÇA REFEITA
Em termos da disputa pelo governo, nada de novo no front. A grande novidade vem de Brasília, com o PMDB nacional anunciando sua aliança oficial com o PT e com a candidatura de Dilma Roussef. Se a ordem vier de cima, o PMDB rondoniense pode ter que rever suas posições locais.
CHANCES REAIS
Uma das propostas petistas para a aliança com o PMDB é que, em estados em que os peemedebistas tenham chances reais de vitória, o PT pode indicar o vice. Não é, pelo menos por enquanto, o caso de Rondônia. Confúcio Moura está bem na parada mas ainda está longe de ser pule de dez, como se diz no turfe.
DANDO AS CARTAS
Quem dá as cartas, pelo menos até agora, é o governador Ivo Cassol. Sua popularidade nunca esteve tão alta, as pesquisas (por enquanto não oficiais), dão a ele vaga garantida ao Senado e garantem que sua liderança influirá muito na decisão de boa parte do eleitorado. Se o quadro não mudar, Cassol tem grandes chances não só de ser senador como também de fazer seu sucessor.
LONGA JORNADA
No lado governista, os principais nomes são João Cahulla e Expedito Júnior. Cassol está hoje mais para Cahulla, em que aposta como nova liderança no Estado. Já Expedito, com sua crescente presença em todo o Estado e destaque nas pesquisas, pode ser o nome de Cassol se, lá na frente, o governador chegar à conclusão que é ele o nome e não Cahulla. Mas para que isso aconteça, há um longo caminho ainda a ser perseguido.
HORA DA DECISÃO
O PT decide seu futuro em termos de disputa ao governo na primeira quinzena de novembro, quando haverá eleição interna e serão escolhidos os novos comandantes do diretório estadual e dos municipais. O nome mais forte para comandar a sigla é de Eduardo Valverde. E é também o nome principal para disputar o governo em 2010.
INEGOCIÁVEL
Ainda como candidato “avulso”, já que até o momento não conseguiu fechar nenhuma aliança consistente, o empresário Acir Gurgacz mantém sua candidatura. A decisão é irreversível e seu PDT só aceita negociar o cargo de vice. A cabeça tem dono e não há margem para negociação sobre isso.
MOTORES AQUECIDOS
Na disputa pela Assembléia, novos e não tão novos nomes estão a mil em busca de apoios e votos pelo Estado inteiro. Além da grande maioria dos atuais parlamentares que vão à reeleição, lideranças de todos os quadrantes aquecem os motores querendo tomar a vaga de quem está na ALE, hoje.
APOIO AO CRIME
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