Sexta-feira, 17 de junho de 2011 - 06h32
NA TRANSPOSIÇÃO E NO CASO BERON, SOMOS
TRATADOS COMO AQUELE DEPOIS DO ÚLTIMO
Cada vez que Rondônia precisa de uma decisão federal, empada na burocracia, na má vontade, na lerdeza. Embora a União tenha repasse vários milhões para obras públicas, até nisso nada anda, porque a forma como as empresas que vencem concorrência abandonam tudo pela metade, sem qualquer problema, deixa claro que somos sempre consideerados como estado periférico. E não um dos que mais crescem no Brasil. Nossa pequena bancada federal têm pouca representatividade, apesar de um rondoniense, Valdir Raupp, comandar hoje o maior partido político do país. O caso da PEC da Transposição é a mais notória questão que deixa claro que não temos, na vida real, importância alguma para Brasília. Rondônia vem sendo colocada depois da última posição, antes que tudo se resolva e alivie a pressão sobre os cofres do Estado. Mas há outro caso, também absurdo, que atesta a indiferença e o desrespeito do governo central – à exceção dos tempos de campanha eleitoral – como a nossa terra.
A dívida sem fim do extinto Beron é abusiva, tenebrosa e, já uma doença incurável. Enquanto a União corre para socorrer grandes banqueiros quebrados, nosso Estado é tratado como inimigo, pagando mensalmente uma soma que poderia, se ficasse em nossos cofres, representar melhoria na vida de grande parte da população. Há meses em que o desconto da conta do Beron chega a mais de 12 milhões de reais. Já pagamos há muitos anos, vamos pagar muito mais ainda. A grande maioria dos rondonienses, que nada teve a ver com a quebra do banco – até porque os verdadeiros responsáveis jamais serão punidos – vão sofrer por pelo menos mais 20 anos, enquanto o governo federal nos manda uma banana, quando protestamos. Afora os discursos de sempre, essa é a realidade: apitamos muito pouco em Brasília.
OITO MIL AO DIA
Médicos que trabalham para o Estado continua indignados. Ganham, bruto, perto de 6.800 reais por mês. Foram contratados profissionais da Paraíba, para atendimento aqui, que ganham 1.200 reais por cirurgias. Podem faturar mais de oito mil reais/dia. E depois que vão embora, quem tem que acompanhar o paciente são os médicos daqui. O pau vai quebrar...
OUVIU COM ATENÇÃO
O assunto já chegou à Assembleia Legislativa. Dias atrás, um conhecido médico porto velhense, experiente e que já tem uma vida toda dedicada à saúde pública, tomou café da manhã com o deputado Flávio Lemos, do PR. E contou a história. O parlamentar ouviu atentamente e pode levar o tema para debate na ALE.
SAPO ENTERRADO
Parece mesmo que o sapo enterrado no local onde deveremos ter, um dia, o Teatro Estadual de Porto Velho, a partir de agora vai dar uma folga. Depois de quase 20 anos de projetos, promessas, paralisações e até tomada da área à força pelo Exército, parece que agora a coisa anda.
HORA DA PAJELANÇA
Essa semana, Abelardo Castro, diretor do Deosp, assinou nova ordem de serviço para o Teatro, que terá quase mil lugares e perto de 180 vagas de estacionamento. A previsão é que finalmente, fique pronto em meados de 2012. Isso se auarucubaca realmente terminar. Talvez uma pajelança lá pelas áreas do teatro pudesse ajudar...
LEVA PRÁ CASA!
Quem faz as leis, está mesmo gozando com a nossa cara. O caso de uma mulher que praticou um homicídio com características de crime hediondo, condenada a quase 60 anos de cadeia, vai cumprir apenas sete. Sairá com a progressão de pena, pronta para matar de novo. Deveria ser empregada de quem cria uma lei assim, ironizou o jornalista Cláudio Humberto em sua coluna.
REDE DE INTRIGAS
A onda de fofocas e a rede de intrigas dentro do Palácio Presidente Vargas não pára. Todos os dias, surge a conversa de uma nova cabeça que vai rolar. A fofocalhada já “demitiu” alguns dos principais assessores de Confúcio. Na verdade, embora realmente haja um ou outro caso ainda na corda bamba, o governador não fala em mudar mais ninguém. Ao menos por enquanto.
COMO ENTENDER?
O genial Mangabeira Unger, uma espécie de assessor de primeiro mundo do Governo do Estado, não tem poupado elogios a Rondônia, à sua perspectiva de crescimento e desenvolvimento. Cada vez que anda por aqui, em suas palestras, enche a bola do Estado. Mangabeira sabe o que diz. O problema é entender o que ele fala. Brasileiro, foi criado nos Estados Unidos e seu sotaque, por vezes, ainda é incompreensível.
ROUBO OFICIAL
Atenção proprietários de veículos em Rondônia. Cuidados redobrados com seu carro! O presidente Ebvo Morales oficializou o roubo, ao mandar registrar em seu país carros que para lá foram levados por ladrões, bandidões, traficantes. De uma hora para outra, quem não estiver atento pode ficar a pé. Seu carro poderá estar sendo legalizado como propriedade de alguém na Bolívia.
PERGUNTINHA
Quando a obra de implantação do serviço de água e esgoto em Porto Velho vai chegar a todas as casas, como prometido?