Sexta-feira, 17 de setembro de 2010 - 05h47
NÃO SERIA BEM MELHOR O PAÍS PARAR DE
FUNCIONAR SÓ DE QUATRO EM QUATRO ANOS?
O Brasil dá uma parada geral a cada dois anos. Em 2010, por exemplo, vamos eleger o Presidente da República, os governadores e os membros do Congresso. Também elegeremos as componentes das Assembléias Legislativas. Dentro de um ano e meio, nova parada. Começam as disputas pelas Prefeituras e Câmaras Municipais. O Presidente e seus ministros se envolvem na disputa, principalmente nas grandes cidades, porque querem eleger aliados. O Congresso pára, porque senadores e deputados vão às suas bases fazer campanha pelos aliados. Querem ver eleitos aqueles que irão ajudá-los na próxima eleição. E assim vamos, nesse país pobre, tão cheio de problemas, tratando a eleição a cada 24 meses como se fosse ela a única solução para todas as nossas mazelas. A política e tudo o que ela traz – empreguinhos, espaço para apaniguados, poder para quem muitas vezes sequer trabalhou de verdade na vida, entre outras coisas - mobiliza a casta que comanda o país. E o rebanho vai atrás, até porque não tem escolha. Vai fazer o que?
Durante meses, a cada dois anos, só se fala em eleição, em disputa de votos, quem são os candidatos, agora os fichas sujas e os fichas limpas, quem vai ganhar, quem vai perder, quem vai ter a chave do cofre, quem vai mandar, quem vai obedecer. O Congresso fica meses sem trabalhar direito, o Presidente se envolve até o pescoço na luta para fazer seu sucessor, prefeitos se engajam nas campanhas e as cidades também acabam em segundo plano. Com nossa democracia consolidada, não está na hora de se pensar em eleições gerais, para todos os cargos, mas só de quatro em quatro anos?
TRIO ENFADONHO
Alguém ainda agüenta esta campanha presidencial? José Serra não muda o tom da conversa, que chega a dar sono. Dilma Rousseff é criticada pela oposição, que diz que elaparece, às vezes, um boneco de ventríloquo, porque repete o que o dono dos votos orienta. E não empolga. Marina Silva, com sua voz esganiçada, não trouxe sequer uma nova idéia para a campanha, daquelas que marcam uma candidatura.
PIOR AINDA
Como parece que a disputa para a Presidência está decidida, até os outros candidatos, todos nanicos, só fazem os poucos que têm coragem de assistir ao horário eleitoral perder seu tempo. É um besteirol atrás do outro. Inclusive dos pequenos partidos da extrema esquerda, que só se alimentam deles mesmo. Ninguém os segue.
DEU UMA ESQUENTADA
Finalmente, esquentou um pouco o clima da campanha. Primeiro foi a alfinetada de Eduardo Valverde em Confúcio Moura, no debate de Vilhena. Nesta semana, foram os candidatos Expedito Júnior e João Cahulla que trocaram farpas. As últimas semanas da disputa podem reservar mais alguma coisa, para tirar a campanha dessa frieza que a caracterizou até agora.
TEM TRANSPORTE
O deputado federal e candidato, neste ano, a estadual, Ernandes Amorim, denunciou que até 40% do eleitorado poderia não ter transporte no dia da eleição, em Rondônia. O TRE tratou de deixar claro que isso não ocorrerá. Entre 700 e 800 veículos vão fazer o transporte de eleitores. Incluindo voadeiras, para as localidades onde só se chega ou sai de barco.
“APREENDIDOS”
Uma operação policial nesta semana apreendeu (esse é o termo que a gente é obrigado a usar) 12 menores envolvidos em vários tipos de crimes na Capital. Alguns participaram de assaltos usando extrema violência contra suas vítimas. Mas que ninguém se preocupe. Em poucos dias estarão livres de novo, nas ruas, para voltar a cometer os mesmos crimes.
ATÉ DE FARDA
Em outra ocorrência, PMs acostumados a ver quase tudo ficaram impressionados: descobriram num bairro da Capital um grupo de meninas que vendiam drogas. Deixavam de ir à escola, mas não deixavam de usar as suas fardas escolares, na tentativa de driblar a polícia. Não conseguiram. Foram pegas com a droga escondida nas roupas.
TALVEZ NA PRÓXIMA...
Dá pena ver a sempre candidata Léa Leandro, mais uma vez pedindo votos. É a décima vez que ela disputa um cargo público e sempre fez votações irrisórias. Mas não desiste. Quem sabe um dia, pela insistência, chega lá? Tudo indica, contudo, que não será em 2010, de novo. Quem sabe na próxima?
LIÇÃO À CBF
O Brasil tem que construir vários estádios para a Copa do Mundo de 2014. Por enquanto, nem começou. É só perguntar prá turma que constrói a hidrelétrica de Santo Antonio. Em apenas um mês, eles realizaram serviços de concretagem na obra que representam 40 Maracanãs. Em um mês. Já para a Copa, ninguém sabe o que vai acontecer.
SECURA
Rios do Amazonas, como o Solimões e o Negro, chegaram a um nível de diminuição em suas profundidades no mesmo tamanho do que ocorreu há pelo menos 40 anos. O rio Madeira também continua secando e a situação se complica. Já choveu no Mato Grosso mas nada de água por aqui. Corremos o risco de vivermos uma das maiores secas da história, se a chuva não começar logo.
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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