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Sergio Pires

Primeira Mão - 18/01/11



Primeira Mão - 18/01/11  - Gente de Opinião

AS TRAGÉDIAS NÃO DÃO GRANA. SÓ A

 AMAZÔNIA É QUE MERECE SER FALADA

Eles ficam em salas refrigeradas. Alguns têm um mapa da Amazônia na parede. Outros, com indicação dos locais onde há riquezas minerais, onde são áreas indígenas, onde podem haver interesses dos seus patrões do estrangeiro. De lá, do ar condicionado, ficam mandando e-mails, falam por celular, telefone fixo, criam sites, fazem lobby junto ao governo federal, exigem e falam como se estivessem representando os interesses da maioria dos brasileiros. O quadro é apenas ilustrativo, mas certamente não deixa de representar uma verdade para grande número de donos de ONGs, que se imiscuem numa região que pouco conhecem. Mas que compreendem a grande importância não só ambiental, como também econômica, para o mundo inteiro. E, é claro, não se preocupam com o Brasil e os brasileiros, porque tem interesses muito maiores, lá de fora, para defender. Enquanto lutam para defender o que importa para seus grandes patrocinadores internacionais, estão se lixando para o que ocorre muito perto deles. Muitas vezes, atrás da janela da sala, há um morro ameaçando desmoronar. E destruir tudo o que encontrará pela frente. Alguém aí já viu esses ongueiros fazendo passeata, criando sites ou mandando e-mail de protesto contra a destruição ambiental perto dos morros? Alguém aí já leu algum texto de alguma ONG alertando que a construção de casas e o corte da vegetação perto dos morros podem representar tragédias e mortes?

Claro que não. Porque isso não dá grana. Não dá poder para interferir nos destinos do país. Poderia, no máximo, salvar algumas centenas de vidas. Mas que importância isso tem, se o quente, o que dá dinheiro, o que dá repercussão internacional é discutir apenas a distante Amazônia? Portanto, não nos enganemos. Esses malandros vivem em função do fortuna que o tema da nossa floresta representa. O resto não interessa.

CURTO PRAZO

O governo começa a agir forte em alguns setores que considera mais problemáticos. Na saúde, pelo menos fez alarde e já quer colher pelo menos alguns resultados positivos a curto prazo. Além de tirar os doentes do chão no João Paulo II, já programa uma série de cirurgias ortopédicas  no Hospital de Base. É por aí...

 

MAIS DUAS METAS

Os próximos passos vão ser na educação e na segurança pública. As equipes do novo governo já estão preparando ações também a prazo bem curto, para buscar alternativas e mudar onde consideram que deve ser mudado. Para melhor, é claro. O trabalho nas duas primeiras semanas do governo Confúcio foi só dureza!

 

TERRA ARRASADA

Os dois ex-governadores – Ivo Cassol e João Cahulla – não estão gostando nada do estardalhaço em torno da situação da saúde. Alegam, ambos, que nunca houve tanto investimento no setor como em seus governos. E que fizeram tudo o que foi possível. Por isso, a imagem de terra arrasada no setor deixou ambos com sentimento de injustiça contra eles.

 

DENTRO DE CASA

Não é possível que quase 200 quilos de droga tenham sumido assim, na maior moleza, do Dnarc. Exige-se uma investigação profunda e punição exemplar a todos os envolvidos. Não podemos permitir que a banda podre da polícia cresça em Rondônia. E, é claro, um roubo desse tipo não poderia ter sido feito sem a ajuda de alguém (ou alguéns) de dentro de casa. Sem dúvida.

 

AÇÃO IMEDIATA

As denúncias não param de chegar à coluna: tarde da noite e madrugada, marginais de todos os calibres, traficantes e prostitutas tomam conta da área recém reformada e inaugurada da Praça da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Sem policiamento 24 horas, em breve todo o enorme investimento feito pode ser perdido. Governo do Estado e Prefeitura têm que se unir agora, para acabar com essa baderna.

 

PAÍS REAL

O que dizer da grande tragédia do Rio, que arrasou meia dúzia de cidades e matou centenas de pessoas? Pavorosa. Mas também previsível. Ao construir suas casas nas encostas, derrubando a vegetação, os moradores se expuseram ao grande perigo. Sem que nenhuma autoridade tivesse tomado a atitude de proibir as construções, nas últimas décadas. Esse é o verdadeiro Brasil. Muito papo e pouco serviço.

 

AÍ VEM FESTA!

Mas que ninguém se preocupe. Os ensaios para o carnaval já começaram, tem muita festa pela frente. Dentro de poucos dias tudo estará esquecido – menos é claro para as vítimas e os que perderam seu parentes – e vamos continuar vivendo como se nada tivesse ocorrido. Num país sério, cabeças iam rolar nos governos, pela inação, pela falta de planejamento, pelo desrespeito a tudo. Mas aqui é a terra do faz de conta.

 

NOVA CARA

Nara Vargas não é fácil. Tem competência. Conseguiu organizar o setor de comunicações da Prefeitura que, durante muito tempo, tinha problemas. Ela e sua equipe deram uma nova cara ao noticiário oficial do município. A escolha acertada de Nara teve o dedo da chefe de gabinete Miriam Saldaña. Foi, comprovou-se, uma boa escolha.

 

ESTÁ FORA?

A única novidade no front em relação à batalha pelo comando da Assembleia Legislativa é a informação (não oficial) de que o governador Confúcio Moura não quer mesmo se envolver no assunto. Alega que a ALE é um poder independente e que ela mesmo tem que resolver, lá dentro, a questão. Será que Confúcio lavou mesmo as mãos?

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Fonte: Sergio Pires  - ibanezpvh@yahoo.com.br
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