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Sergio Pires

Primeira Mão - 18/11/10


Primeira Mão - 18/11/10 - Gente de Opinião

VENDAS CRESCEM NO FINAL DO ANO, MAS

IMPOSTOS ENGOLEM BOA PARTE DA RENDA

 

As previsões para as vendas de final de ano, obviamente muito mais no Natal, são as mais otimistas para o Brasil e, também, para Rondônia. Em nível nacional, a receita do varejo prevista para dezembro pode atingir mais de 88 bilhões e 200 milhões de reais, cerca de 7,5% a mais que o mesmo período do ano passado. Com essa dinheirama toda, a economia brasileira ainda terá injeções de dinheiro do 13° salário e salários de final de ano, podendo colocar no mercado mais de 101 bilhões de reais. Para Rondônia – e especialmente em Porto Velho – apesar do tradicional “choro” dos comerciantes, a perspectiva é de que as vendas cresçam entre 5% e 6,5% a mais que no Natal passado, quando já houve um recorde de faturamento. Melhora a situação das empresas e, de outro lado, enchem-se os cofres dos governos. O brasileiro já pagou, em impostos, algo em torno de 1 trilhão de reais até o final de outubro. O “faturamento” para os cofres públicos, em 2010, deve superar 1 trilhão e 250 bilhões de reais, mais de 120 bilhões a mais que no ano passado.

Não fosse a carga tributária absurda, tivéssemos preços mais compatíveis para várias mercadorias – em algumas delas há imposto sobre imposto e ainda sobre imposto – certamente o crescimento do país ainda seria muito maior. Cresce a economia mas, em contrapartida, incha a máquina dos governos, pois tanto em nível da União como nos governo e nas prefeituras, o custo das administrações torna-se um poço sem fundo, um monstro que engole até 40% de tudo o que se produz e comercializa neste país. Inclusive dos salários. Evoluímos por um lado e continuamos piorando de outro. Até quando, ninguém sabe.

 

“TENHAM PIEDADE”!

Recado, em tom de bom humor, dado pelo governador eleito Confúcio Moura em seu blog, essa semana: “Eu não queria estar no meu couro para acomodar a todos os aliados políticos e aos companheiros do PMDB nos respectivos cargos de governo. Infelizmente, tem mais gente do que cargos. E eu na TV e rádio fiz compromissos com o povo. Sérios. Então, meus diletos amigos, companheiros, aliados, tenham piedade de mim”!

NÃO CABEM TODOS

E continuou: “todos foram e são igualmente importantes. Mas, não cabem no copo d'água. Tem hora que nem mais uma gota cabe. E não tem esta jeitinho porque não cabe mais nenhuma gota.  Ainda não defini  por nenhum nome, mas, grande parte estão na minha cabeça. E para um mesmo cargo chego a ter dez nomes possíveis. E agora José?”, questiona o novo governador.

MUITA PRESSÃO

Confúcio está realmente sofrendo pressões de todos os lados. E não só do PMDB, mas também do PDT e todos os demais partidos aliados. Aqueles que estiveram ao seu lado no segundo, todos, querem indicar alguém e não só para o primeiro mas também para o segundo, o terceiro e quarto escalões. Os pedidos não param de chegar ao novo chefe.

ATÉ O VIGIA

Tem gente sugerindo nomes até para o vigia do terceiro turno de alguma secretaria. Se tivesse mais cabelos, Confúcio Moura os perderia nessa fase de montagem de governo. Ele avisa que não anunciará nenhum nome de imediato, mas já tem a maioria deles na cabeça. Começa a tratar do secretariado provavelmente na semana que vem.

HOMENAGEM E COMANDO

No próximo dia 24 – quarta- feira da semana que vem -  a Assembléia Legislativa realiza sessão especial em homenagem aos 35 anos da Polícia Militar em Rondônia. A solicitação foi do presidente Neodi Carlos. Enquanto a homenagem não vem, no meio da PM a grande questão é quem Confúcio Moura escolherá para o comando geral. Angelina Ramires deixa o posto no final do ano.

PRIORIDADE

Buchichos sem fim, vindos dos fofoqueiros de sempre, dariam conta de que o governo Cahulla teria dificuldade de pagar os salários do funcionalismo nesta reta final. As informações oficiais são no sentido contrário. O próprio Cahulla determinou prioridade nessa questão. A ordem é terminar o governo com todos os salários rigorosamente em dia.  

MILAGRE?

Quem imaginaria que um dia um presidente da República eleito, antes de assumir, garantisse que sua prioridade é acabar com a miséria no Brasil? Parece um sonho, mas a presidente eleita Dilma Rousseff garante que esse será um projeto perseguido desde o primeiro dia da sua administração. Se conseguir, terá feito quase um milagre.

SEM INDICAÇÕES

A afirmação foi feita na TV, portanto publicamente. O senador Valdir Raupp, campeão de votos no Estado e um dos principais mentores da candidatura vencedora de Confúcio Moura, garantiu que nem ele e nem sua mulher, a deputada federal mais votada, Marinha Raupp, indicaram ou vão indicar qualquer nome para o próximo governo. “Vamos deixar o Confúcio governar do jeito dele”, disse o senador reeleito.

PERGUNTINHA

Do jeito que a arbitragem brasileira ajuda o Corinthians, não seria o caso de dar a eles uma faixa de campeão, caso o time paulista conquiste o título deste ano?
 

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Fonte: Sergio Pires  - ibanezpvh@yahoo.com.br
 
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