Sexta-feira, 19 de março de 2010 - 06h00
O RISCO DA PARTIDARIZAÇÃO NAS
GREVES EM UM ANO ELEITORAL
O problema salarial dos professores de Rondônia, que pressionam o governo por um aumento maior do que os 4,5% oferecidos é localizado e até ainda pode terminar bem. Embora haja alguma radicalização, o Sintero ainda tenta negociar uma saída honrosa para a tentativa que paralisou, apenas parcialmente, o andamento do ano letivo. Já o governo rondoniense também gostaria de um acordo pacífico, o que concretiza uma possibilidade, mesmo que pequena, de uma solução. Já em nível federal o problema é bem mais complexo. Sem reajuste nenhum há sete anos e ainda tendo que engolir um projeto do governo – já aprovado no Senado – de mais uma década futura sem aumento salarial, os servidores federais estão em pé de guerra. Marcaram o primeiro de abril, para, aproveitando a brincadeira do Dia da Mentira, fazer uma grande manifestação nacional contra o governo Lula.
Em ambos os casos estão corretos os servidores querendo ganhar mais. Reivindicar – se dentro da legalidade – é plenamente justo. O que não pode, tanto em Rondônia como em nível de Brasil, é transformar luta por mais salário e melhores condições de trabalho em confronto político-partidário. Aqui, são apenas os opositores ao governo Cassol que insuflam a greve e até tentam impedir professores de trabalhar. Pelo país, são os adversários de Lula e do PT que querem briga. Num ano eleitoral, infelizmente, as reivindicações – muitas até justas - parecem que têm unicamente fins políticos. É por isso que, no geral, tais não têm o apoio da maioria da sociedade.
DE BRAÇADA
Cassol nada de braçada. Com o aval do TSE, como sempre acreditou que teria, sai do governo por cima e com um apoio da população poucas vezes visto antes, para um governador, na história de Rondônia. Se não houver uma grande zebra, ele já pode mandar fazer o terno da posse no Senado.
DURÃO
Cassol é duro na queda mas, no episódio do TSE, acabou entregando os pontos. Quando soube do resultado que o absolveu, o governador chegou às lágrimas. O domínio das emoções e o jeito de durão não dura 24 horas e nem para sempre. Tem horas que o durão Cassol também chora. Mas é coisa rara.
NÃO TERMINOU
No Day After à absolvição, em todas as entrevistas, Cassol voltou a bater de frente com o procurador Reginaldo Trindade, a quem acusou, publicamente e por diversas vezes, de tê-lo denunciado no episódio da pretensa compra de votos por perseguição pessoal. Os dois ainda terão grandes embates pela frente.
AÇÕES PESSOAIS
Abril começa com João Cahulla no comando do Estado. O vice, que há quase uma década e meia anda junto com Cassol, está otimista com sua pré-candidatura ao governo e com o grande cabo eleitoral que terá. Muito do que ocorrer daqui para a frente, contudo, dependerá também das ações pessoais do próprio Cahulla. Ele quer provar que anda com as próprias pernas.
MUDANÇA PELA URNA
Se dependesse só dele, Cahulla iria concluir seu mandato com todo o secretariado montado por Cassol e por ele. O problema é que pelo menos uma dezena dos principais assessores também vai disputar cargos eletivos. Ou seja, o primeiro escalão terá mudanças importantes, a partir da posse do novo governador.
CONTINUA FORTE
Outro pré-candidato, Expedito Júnior, também mantém sua disposição de ficar próximo a Cassol mas não abre mão da sua decisão de disputar o governo. A pouco mais de seis meses da abertura das urnas, o nome de Expedito continua muito forte em todas as regiões do Estado.
NÃO MUDA
O prefeito Roberto Sobrinho não deixa por menos: avisa que nada vai mudar em relação à pré-candidatura do petista Eduardo Valverde. Em entrevista a uma emissora de rádio, essa semana, Sobrinho disse que Valverde é o nome escolhido e que tem todo o apoio dos petistas rondonienses, incluindo ele próprio.
ESPERANDO BRASÍLIA
Confúcio Moura também mantém o pé na estrada. Tenta se aproximar de lideranças de outros partidos mas, ao menos por enquanto, não bateu o martelo em termos de coligações. Aliás, o PMDB ainda espera decisões de Brasília para definir alguns dos seus próximos passos.
CADÊ A GRANA?
O mar não está prá peixe em relação a uma tal de Coordenação da União das Nações e Povos Indígenas – Cunpir – e empresas a ela associadas. O Tribunal de Contas da União quer saber onde foram parar perto de 1 milhão e 600 mil reais que a ONG conseguiu do governo para realizar obras beneficiando indígenas que, na verdade, nunca saíram do papel. A coisa é de assustar!
ATRÁS DA SARNA
E o presidente Lula, hein? Foi ao Oriente Médio atrás de sarna para se coçar. Faltou algum conselheiro dar uma orientação mas segura ao presidente brasileiro. Em poucas semanas, o fiasco de Cuba e a viagem sem resultados a uma área em que a paz é só sonho, nada somaram ao até há pouco irretocável currículo internacional do nosso Presidente.
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