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Sergio Pires

Primeira Mão - 19/12/10


 Primeira Mão - 19/12/10 - Gente de Opinião

UMA FORTUNA EM IMPOSTOS QUE

NÃO IRÁ (DE NOVO) PARA A SAÚDE

 

Qual o brasileiro que não gostaria de ter uma saúde pública de qualidade, acessível a todos, com uma estrutura de primeiro mundo e a custo baixo? Só alguém muito maluco responderia não a essa pergunta. Então, porque a grande maioria da população não quer nem ouvir falar na volta da CPMF, imposto que poderia servir para alavancar uma saúde com que todos sonhamos? A resposta é muito fácil. O problema é que não podemos confiar nos nossos homens públicos, na sua palavra, nas suas promessas. A CPMF foi criada exatamente para ser investida na saúde da população. Durante anos, todas as transações bancárias tinham retidas um pequeno percentual para esta finalidade. Os cofres da União ficaram abarrotados de dinheiro e...nada mudou. Aliás, na verdade até mudou. Mas para pior. Ocorre que o dinheiro – milhões e milhões de reais arrecadados – não foi para a saúde, como juravam nossos governantes. Caiu na vala comum do cofre geral e escafedeu-se. Foi usado para quase tudo, menos para melhorar a saúde.

Agora, depois de não cumprir o que prometeu, o presidente Lula (que apenas repetiu o que fez seu antecessor, FHC, usando o dinheiro da CPMF para outros compromissos que não a saúde pública), vem dizer que a oposição não aprovou a volta do imposto por “ódio, rancor e maldade”. Não é verdade. A oposição apenas retratou o que pensa a opinião pública nacional. Ninguém seria contra a CPMF se ela realmente fosse usada para melhorar a qualidade da terrível saúde pública brasileira. Se o presidente Lula mandar um projeto ao Congresso ameaçando de prisão a autoridade que desviar um centavo da CPMF para outra área que não a saúde, toda a Nação brasileira vai apoiar a volta do imposto. Mas é claro que não fará isso. O governo quer a grana para gastar como quiser e onde quiser. Se sobrar alguma coisa para a saúde, tudo bem. Senão, dane-se. Ponto final.

 

LAMENTÁVEL

Triste mas verdadeiro. Num país onde há gente procurando comida no lixo; onde a miséria ainda assola boa parte da população; onde a educação é péssima e a saúde pública trágica, os políticos trabalham duro para aumentar os próprios salários. Todos vão ganhar pequenas fortunas. Fora o “por fora”!

GRANDE PERIGO

O trânsito de Porto Velho continua muito violento. Um dos mais perigosos entre as capitais brasileiras. E as obras doa viadutos não andam com a velocidade que se esperava. A rótula da BR 364 com a Jorge Teixeira continua sendo uma verdadeira roleta russa. Mudanças urgentes são necessárias também dentro da cidade. O orçamento de 2010 prevê 4,5 milhões de investimentos no trânsito da cidade. Precisaria muito mais.

NOVA VITÓRIA

A reeleição do prefeito Laerte Gomes, aliado ao ex-senador Expedito Júnior e hoje na base de apoio ao governador eleito Confúcio Moura, foi mais uma vitória do novo grupo governista e uma derrota para a turma que está deixando o poder. O grupo do atual governo apoiava outra candidatura.

ERRO CRASSO

O Natal está chegando, as lojas estão cheias, a previsão é de aumento novamente nas vendas. Mas é bom que o consumidor não se empolgue. Os juros estão estratosféricos e a previsão é de que em 2011 a gente tenha que começar a apertar os cintos. Começar o novo ano endividado é erro crasso para qualquer um.

SONHOS PALACIANOS

Mauro Nazif jura que só pensa no seu segundo mandato como deputado federal. Anuncia mais trabalho, corrida atrás de recursos para o Estado; luta por mais benefícios aos servidores, que sempre o apoiaram. Mas, lá no fundo, ele está mesmo sonhando é com o Palácio Tancredo Neves. Por coincidência, local onde governa o prefeito de Porto Velho.

FALTA MUITO

Confúcio Moura ainda não fechou toda a sua equipe de governo, embora falte agora menos de duas semanas para começar a governar. Há setores importantes que ainda estão vagos. No primeiro escalão, o time está praticamente formado. Já no segundo, há ainda uma centena de nomeações a fazer.

DE BEM COM A MÍDIA

O senador Valdir Raupp e a deputada federal Marinha Raupp, campeões de voto no Estado, fizeram nesta semana mais uma festa de final de ano para a imprensa. A dupla foi prestigiada pelos principais nomes do jornalismo rondoniense. Os dois tem relação cada vez melhor com os jornalistas.  

FREIO NA RECEITA

Tem que registrar, por uma questão de Justiça. O Supremo acabou com a tentativa da Receita Federal de invadir a privacidade dos brasileiros. Já estava tudo certo para que a invasão pudesse ser feita sem autorização judicial. O STF deu um freio à essa tentativa de espionar a vida do cidadão comum, com todos os riscos que isso representaria.

NADA MUDOU

Outra decisão importante foi a do TSE, que resolveu – embora com diferença de apenas um voto – não aceitar que fossem somados os votos dados aos fichas sujas, na totalização dos partidos.  Caso a tese fosse acatada, mudaria o resultado da eleição em todos os Estados. Portanto, ficam eleitos aqueles que já estavam anunciados.  
 

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Fonte: Sergio Pires  - ibanezpvh@yahoo.com.br
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