A HISTÓRIA DE LUTAS DA OAB ESTÁ
SENDO RENEGADA POR SEU PRESIDENTE
O presidente nacional da OAB, Cézar Britto, o homem da foto acima, assustou o país com uma declaração infeliz e inapropriada. Disse que a entidade que representa é favorável à reabertura dos casos de tortura e mortes do tempo do regime militar e quer o esclarecimento dos crimes cometidos pelos poderosos da época. Não falou se quer o mesmo tratamento aos que cometeram crimes na guerrilha. Mas o que preocupa ainda mais não é ação. É a omissão. Cézar Britto, dirigente de uma das mais respeitadas instituições do país, não fez uma crítica sequer ao decreto presidencial que cria mecanismos de censura à imprensa. E muito menos contra a tentativa de excluir o Judiciário nas decisões, quando houver invasões de terras. O presidente da OAB, que em seu blog do escritório de advocacia diz que a função do advogado “é construir uma sociedade socialista” e “exercer uma advocacia claramente operária”, também nada falou contra várias outras arbitrariedades propostas pelo famigerado decreto dos direitos humanos, que o presidente Lula assinou sem ler, depois corrigiu algumas poucas linhas e assinou de novo, agora depois de ler.
Nos tempos da ditadura militar, a OAB foi uma das poucas trincheiras da democracia e da liberdade. Centenas de seus membros sofreram os rigores da total falta de liberdade, muitos perderam até a vida. Agora, quando vem de outro lado a tentativa de ignorar a lei da anistia, mudar a Constituição na marra, excluir o Judiciário de decisões como as que envolvem o direito de propriedade e, também pior, buscar uma forma legal de censurar a imprensa, o presidente que comanda a atual diretoria da entidade renega o passado de lutas da OAB, pela liberdade e pela democracia plena. E parece aliar-se a tudo o que ela combateu nos tempos dos generais.
DIAS DE PERIGO
Tudo isso torna-se um péssimo sinal. É um prenúncio do perigo a que as liberdades no Brasil correm. Se a própria OAB apóia um decreto “Frankstein” como o assinado pelo Presidente, se a Justiça também não protestou como se esperava que o fizesse, estamos mesmo nas mãos dos Vanucci da vida. Ou seja, a história se repete. E, outra vez, como farsa.
DEZ VEZES MAIS
O médico Luis Augusto Paiva, um dos maiores especialistas em doenças tropicais do Estado, fez uma afirmação assustadora. Os perto de 22 mil casos de suspeita de dengue em Rondônia podem ser multiplicados por dez. Para ele, apenas um em cada dez casos são registrados oficialmente.
UM EM CADA CINCO
Se o cálculo do médico especialista tiver realmente base correta, o número de rondonienses afetados pela doença, hoje, seria em torno de 220 mil. Ou seja, um em cada cinco habitantes do Estado estaria com suspeita da doença. É de arrepiar os cabelos e apavorar a todos nós, rondonienses.
GRANDE DIFERENÇA
Diferença importante. Saiu da cadeia, essa semana, depois de cumprir quase 30 anos de cadeia, o homem que tentou assassinar o Papa João Paulo II, em 1981. Tentou. Aqui no Brasil, assassinos em série entram e saem das prisões com a maior facilidade, voltando sempre às ruas matar.
INVERSÃO TOTAL
No Brasil, a impunidade é valorizada pelas autoridades de todos os níveis. Em países onde os governos respeitam a vida dos pobres coitados e indefesos, punir com rigor um criminoso é defender a sociedade. Lá fora não se dá prioridade ao direitos dos bandidos em detrimento do das pessoas de bem.
TÚNEL DO TEMPO
Esse filme a gente já viu. Depois dos malucos da esquerda – Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa, entre outros – a direita está voltando ao poder no Chile. Com a eleição do novo presidente Sebastian Piñera, os chinelos entram no túnel do tempo e escolhem um governo que representa o retorno da direita ao poder, depois de muitos anos.
BANANAS
Ou seja, a América Latina, pelo menos na maioria dos países, não aprendeu as lições do passado. Continua elegendo radicais de um lado e outro, mesmo que esquerda e direita sejam grupos em extinção em países sérios. Será que voltaremos às tristes Repúblicas da Bananas?
NO JUDICIÁRIO
Não será apenas no Executivo e no Legislativo do Estado que teremos mudanças profundas ainda neste primeiro semestre. No Judiciário também. O Tribunal de Justiça passará de 17 para 21 desembargadores. Lei neste sentido já foi assinada pelo governador Cassol e publicada no Diário Oficial.
TEM QUE INVESTIGAR
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)