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Gente de Opinião

Sergio Pires

Primeira Mão - 20/08/10




BRASIL SERÁ A QUINTA ECONOMIA DO
MUNDO, MAS POUCOS VÃO SE BENEFICIAR

As previsões do futuro da economia brasileira têm ótimas notícias mas também informações negativas. O grande fator positivo é que nos próximos 20 anos, seremos a quinta maior economia do mundo. Ficaremos atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão e Alemanha. Mas passaremos economias consolidadas e tradicionais como as de Índia, Reino Unido, França, Rússia e Itália, só para citar alguns dos países que deixaremos para trás. Ora, se a partir da década de 2030 estaremos tão bem em termos de economia, porque se afirma que há igualmente uma péssima notícia? Ela é quase óbvia. O Brasil crescerá com a economia e a riqueza concentrada em poucas mãos. A previsão dos especialistas é de que a grande maioria da população do nosso país continuará tendo ganhos aviltados, muito abaixo do necessário para uma vida digna, mesmo trabalhando mais, produzindo mais e transformando sua Nação como uma das mais ricas do Planeta.

Já somos campeões mundiais em impostos; em mortes no trânsito e em desigualdade social. Esperava-se que, nas próximos dias décadas, o Brasil acordasse para começar a diminuir o enorme abismo social que separa ricos e pobres. Os visionários do futuro, que a partir de informações de hoje conseguem apresentar um quadro próximo da realidade para os anos que vêm por aí, contudo, não dão qualquer esperança para que a riqueza gerada e o grande crescimento econômico vá beneficiar a maioria dos brasileiros. Nossa riqueza continuará concentrada nas mãos de poucos e a grande maioria, mesmo depois de 2030, ainda viverá num Brasil diferente e pobre, violento e sem futuro. Futuro mesmo só para as classes dominantes. Elas sim, ficarão cada vez mais ricas e poderosas. Pobres de nós, que vivemos fora deste grupo minoritário que domina as riquezas do nosso país.

 

CARACTERÍSTICAS

Os programas eleitorais começam a definir as características de cada uma das candidaturas ao governo. Os cinco candidatos iniciaram falando sobre sobre quem são, sobre família, jeito de governar e abordaram questões relacionadas com  sobre suas primeiras idéias, caso eleitos. João Cahulla, Expedito Júnior, Confúcio Moura, Eduardo Valverde e Marcos Sussuarana querem aproveitar ao máximo o rádio e a TV.

 

INDECISÃO

Os quatro que têm chances de chegar lá apostam alto em que o horário gratuito possa ser decisivo para a eleição ao governo, na medida em que há ainda um grande número de indecisos apontados nas pesquisas. Tal qual na disputa presidencial, é esse percentual ainda enorme de quem não sabe em quem vai votar, o grande alvo de todos os postulantes ao governo.

 

PARA CIMA

No lado governista, continua em alta o otimismo. Não há fonte ligada ao grupo de Cahulla, que não esteja apostando num crescimento muito positivo do nome do atual governador, em todas as regiões do Estado. As próximas pesquisas, garante um dos que fazem parte da turma palaciana, já virão com resultados muito melhores dos que o apontado pelo Ibope, garante.

 

NA FRENTE

Otimismo também é o que não falta na coligação de Expedito Júnior. Embora a dificuldade a ser superada de conseguir no TSE a autorização para a candidatura, o candidato tucano está bem em todas as regiões do Estado. Pelos lados do seu grupo, há a certeza de que ele estará no segundo turno, até porque tem liderado, até agora, todas as pesquisas.

 

ACIMA DO ESPERADO

Para Confúcio Moura e seus aliados, o importante é crescer e consolidar. Os números apontados pela pesquisa do Ibope foram uma surpresa positiva, pois o candidato imaginava chegar aos 21 pontos ou mais só em meados de setembro. Já está lá e agora quer aproveitar o embalo e crescer mais, mantendo-se firme para entrar no segundo turno.

 

COMPANHEIRO LULA

Dos quatro nomes fortes ao Palácio Presidente Vargas, Eduardo Valverde foi o que saiu mais atrás na pesquisa do Ibope. Mas agora conta com o fator Lula e a intensa mobilização da militância petista em todo o Estado. No encontro com Lula, o Presidente garantiu que fará todo o esforço para ligar ao seu nome ao de Valverde. A maior esperança é essa.

 

 

DIFÍCIL É APELIDO

E Marcus Sussuarana? O candidato do pequeno PSOL está como começou. Faz uma campanha modesta, sem dinheiro, com visitas apenas a redutos de Porto Velho e região próxima. Sem estrutura e sem apoio além dos tradicionais esquerdistas radicais, o candidato do PSOL ainda enfrenta problemas internos em seu partido. Está mais que difícil, para ele.

 

QUASE SÓ PERGUNTAS

Já em nível nacional, continua a novela da Lei Ficha Limpa. A cada dia ouve-se uma opinião diferente, uma posição favorável aqui, outra contrária ali. O eleitor, até agora, não tem certeza de nada em relação ao assunto. Os impugnados vão concorrer? Quais os critérios que o TSE usará para loiberar ou não candidaturas? E se não liberar, como se difinirá o Supremo? É um caso cheio de perguntas mas com quase nenhuma resposta.

 Fonte: Sergio Pires  - ibanezpvh@yahoo.com.br
 
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