Primeira Mão - 21/07/09

JUIZ DÁ AVAL PARA QUE OS
NEONAZISTAS MATEM DE NOVO


Há decisões da Justiça que prostram o país. O colocam de joelhos, deixam a população não só embasbacada mas, mais que isso, revoltada. Há vários exemplos, quase todos os dias. Mas um deles, registrado em Curitiba, é sintomática e grave demais para não ser debatido. Um juiz mandou soltar um grupo de “skinheads”, neonazistas que mataram cruelmente um jovem casal. A polícia esclareceu o crime em poucos dias, recheou a denúncia de provas e o Ministério Público fez sua parte, denuciando que eles realmente cometeram o brutal duplo assassinato. A sangue frio e, se ainda pudesse ser pior, apenas por racismo. Por uma ideologia que o mundo condena desde que o nazismo foi sepultada com o final da guerra , em 1945. Pois nada disso foi levado em conta pelo magistrado. Apoiando-se em firulas jurídicas, ele ignorou as provas, deu às costas à opinião pública, fez de conta que as famílias das vítimas não mereciam respeito e nem a memória dos mortos. E mandou soltar todos os envolvidos. Que, fanatizados e descerebrados, vão matar de novo, em nome de Hitler e da pureza racial. Bem disse o pai de uma das vítimas, quando soube da terrível decisão da Justiça: “cuidem-se judeus, negros, homossexuais. A Justiça deu aval para que esses facínoras matem de novo”. E depois alguns magistrados não aceitam nem falar no controle externo do Judiciário. Deveriam ao menos pensar no caso.

ELO SOLITÁRIO

Há um único elo de aproximação entre o governador Ivo Cassol e seu grupo a turma do PT. Ninguém menos que a ministra Dilma Roussef. Adversário ferrenho dos petistas em Rondônia, onde bate forte e recebe o troco, Cassol é cabo eleitoral de primeira hora da dama de ferro da Casa Civil de Lula.

CHAPÉU

O pessoal do PT, é claro, não gosta. A troca de mesuras e até o fato de Dilma, quando esteve em Rondônia, andar com o chapéu de Cassol, irritou muitos “companheiros”. Eles queriam demarcar terreno como grandes adversários do governador. Terão que deixar a briga só para as questões locais.

A PERIGO

O PMDB já tinha anunciado Confúcio Moura como seu pré-candidato ao Governo. Mas parece que não é bem assim. O senador Valdir Raupp retomou conversas com o PT, para a manutenção da aliança política para 2010. Com isso, há perigo da candidatura Confúcio naufragar, dando lugar a Sobrinho ou Eduardo Valverde na cabeça. O futuro dirá se é mesmo isso.

QUIETINHO

E José Bianco? Do alto da sua grande experiência política, espera que outros partidos e pré-candidatos se engalfinhem, quebrem o pau e se dividam até 2010. Daí, na hora certa, com todas as informações em mãos, sabendo quem é quem e o que está realmente acontecendo, Bianco sai de mansinho e decide a que cargo vai concorrer.

TOMA LÁ...

A Prefeitura de Porto Velho atacou, em sua mídia, a segurança pública, responsabilidade do Estado. O governo respondeu com uma série de anúncios muito bem produzidos mostrando os investimentos e as melhorias no setor. Agora, foi a vez da Prefeitura retrucar no vídeio, emissoras de rádio e jornais.

...DÁ CÁ

Depois de receber uma avalanche de críticas de governistas e do próprio Cassol em relação à saúde, a Prefeitura contra-atacou pela mídia. Produziu tgambém muito boas peças publicitárias mostrando o que tem feito no setor. Resumo da ópera: os dois grandões brigam também nas campanhas publicitárias.

NO BARALHO

Entre os nomes que se fala muito para a disputa do Palácio Presidente Vargas, um deles diminuiu de intensidade na imprensa mas continua sendo levado a sério. Trata-se de ninguém menos que o prefeito de Ouro Preto, Alex Testoni. Em pouco tempo, ele fez o milagre de transformar uma cidade inadministrável num exemplopositivo. É carta dentro do baralho!

FERVENDO

O segundo semestre vai fervilhar na política local. Deputados retornam ao batente na primeira semana de agosto já pensando na possibilidade de terem que eleger um substituto para Cassol num mandato tampão, caso ele seja atingido por decisão do TSE.

OUTRO CLIMA

Contudo, parlamentares mais próximos ao governador andam dizendo que estão menos tensos que há semanas atrás, quando opositores davam como favas contadas a cassação. Hoje, o clima já não é o mesmo e especula-se que o TSE pode aceitar os argumentos e provas de que Cassol nada teve a ver com compra de votos. 

Fonte: Sergio Pires / www.gentedeopiniao.com.br  / www.opiniaotv.com.br 
ibanezpvh@yahoo.com.br