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Sergio Pires

Primeira Mão - 22/01/11


Primeira Mão - 22/01/11  - Gente de Opinião

PIORANDO A TRAGÉDIA NO RIO DE

JANEIRO E A VERGONHA NO CHILE

Dois acontecimentos registrados na imprensa nacional nesta semana, dão uma demonstração clara da ineficácia, incompetência, falta de vergonha na cara de algumas autoridades, quando se trata de defender a população. O primeiro caso, muito mais grave, é a denúncia da verdadeira baderna que se transformou a tentativa de minorar o sofrimento dos sobreviventes da grande tragédia do Rio de Janeiro. Com as exceções costumeiras (Forças Armadas, Bombeiros, voluntários), a União e o governo do Estado carioca deram a ONGs e entidades privadas a responsabilidade de resolver o problema. Mas mantém o controle da situação não através de apoio, ajuda, incentivo, solução. O fazem via aquela burocracia infernal que se conhece muito bem no serviço público. Quem perdeu tudo e pior, perdeu familiares, têm que passar por um inacreditável emaranhado burocrático. Às vezes, ainda mais desesperada, a pessoa é atendida. Às vezes não é. Ninguém fica ruborizado e o que se vê na TV são as imagens da destruição, com autoridades constituídas ao fundo dando discursos comemorando as ações que, garantem, estão sendo feitas corretamente. Dá vontade de vomitar.

No outro evento, também triste, mas pelo menos sem final trágico, merecem todos os protestos a incapacidade, insensibilidade e falta de vergonha na cara do consulado do Brasil no Chile, que ignorou o sofrimento de uma centena de turistas do nosso país aprisionados numa região de frio e sem mantimentos, por causa de greves de trabalhadores daquele país. Um vergonha para o Itamaraty, que no passado tinha o perfil de sempre estar ao lado de brasileiros com problemas no exterior. Nos últimos anos, tomado pela “companheirada”, muitos consulados viraram pouco mais que cabide de emprego.

 

REAÇÃO TARDIA?

A reação do governo do Estado pode ter sido tardia em relação à Presidência e à nova Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. Como começou a mexer no assunto apenas na 25ª hora, através de seus representantes autorizados para as conversações, Confúcio Moura pode ter entregado o comando praticamente sem luta. Só um milagre (e também em política milagres são raros), tira a presidência de Valter Araújo e seu grupo.

NA LOTERIA

Embora haja quem afirme que acertar uma eleição à Presidência da ALE é quase como tentar ter jogado nos números certos da loteria, dessa vez o quadro se desenhou desde praticamente o fechamento das urnas, em outubro. Campeoníssimo de votos em todo o Estado, Valter se habilitou ao cargo e começou um trabalho de buscar aliados.Desde que seu nome apareceu, tornou-se um forte candidato a comandar a Casa.

 

NOMES A MENOS

O grupo que ganhou o governo ainda teve que enfrentar um segundo turno duríssimo; a montagem da equipe; a consolidação da aliança que o elegeu. Só então começou a pensar na disputa pela Assembleia. Nos últimos dias, frenéticos encontros tentavam ainda compor uma chapa que poderia ter Edison Martins ou Adelino Folador para o presidir a ALE. Pelo menos pelas informações que se ouviu até esta sexta-feira, o número de adesões estaria bem abaixo do necessário.

FIEL DA BALANÇA

Pode acontecer ainda algo inédito na disputa pela Presidência do legislativo estadual. O atual comandante da Casa, deputado Neodi Carlos pode até não ser candidato novamente. Mas teria com ele pelo menos cinco votos fidelíssimos, o dele e de mais quatro parlamentares. Pois esses cinco votos poderiam ser decisivos no dia eleição da Mesa Diretora.Tanto para um lado como para o outro. 

AINDA CONFUSO

PMDB e PC do B continuarão tentando mudar a composição da Assembleia enquanto houver chances no Judiciário. Os dois partidos querem que votos dados a candidatos impugnados sejam computados. Uma primeira sentença liminar do TSE foi contrária. Mas há mais recursos. Por enquanto, o PC do B estaria perdendo sua única cadeira, a de David Chiqulito, para Maurão de Carvalho, do PR. Mas a situação pode mudar ainda, até o início da nova legislatura.

MADRUGANDO

Com toda a atenção que  o novo governo dá à saúde, está aparecendo com destaque o trabalho do secretário Alexandre Muller. Durante alguns dias ele trabalha até tarde da noite e por volta das cinco e meia da madrugada já está levantando. Está num grande pique para tocar para a frente o setor e enfrentar suas crises. Com menos de duas semanas de trabalho, o novo titular da Sesau já disse a que veio. 

DOSE CAVALAR

Os novos secretários e seus adjuntos ainda tem um desafio enorme pela frente: diminuir o tempo que têm que perder para atender todos os pedidos de emprego, ver currículos e receber indicados por políticos aliados. Numa secretaria, esta semana, houve alguma coisa em torno de 30 pedidos de cargos em menos de uma hora. É dose cavalar!

TALISMÃ

Escolha do novo presidente e da nova Mesa Diretora da Assembléia ocorrerá no dia da posse dos deputados na nova legislatura, que começa dia 1º de fevereiro. Evento ocorrerá na casa de shows Talismã. Tomara que se veja por lá um show de democracia.

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Fonte: Sergio Pires  - ibanezpvh@yahoo.com.br
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