Quarta-feira, 22 de junho de 2011 - 06h16
TÁTICA SIMPLES: TIRAR DE QUEM TEM
MENOS PARA DAR A QUEM TEM MAIS
Alguém aí tem ideia do que significam 144 bilhões de reais? Pois essa dinheirama toda foi o que o Brasil perdeu só no ano passado, nas chamadas “renúncias fiscais”. Governos estaduais e a União abrem mão de receber impostos de grandes empreendimentos, em nome da atração de novas empresas e empregos, deixando um rombo vultoso nos cofres públicos. O valor representa pelo menos 30 vezes o orçamento de Rondônia, por exemplo, para este ano. Seriam mais ou menos como se Rondônia renunciasse, durante três décadas seguidas, ao seu orçamento anual. Ora, se os governos abrem mão de tantos impostos, principalmente de grandes conglomerados, como conseguem manter tantos gastos, sem cortar na própria carne? Aí vem outra explicação simples. Ao abrir mão do pagamento de tributos dos grandes, os governos – e principalmente a União – arrocha o bolso dos médios e dos pequenos contribuintes. É por isso que mesmo com toda essa renúncia fiscal, o volume de impostos recolhidos no país cresce a cada ano. Muitos, milhões de pequenos contribuintes pagam mais, para que os grandes tenham benefícios fiscais.
Só para se ter idéia da coisa, até o mês passado, o “impostômetro”, que mede diariamente o que cada brasileiro paga de tributos, já superou a marca dos 500 bilhões de reais. Deve superar fácil 1,2 trilhões até o final de 2011. Nós, brasileiros comuns, pagamos impostos de tudo, inclusive mais de uma vez em alguns produtos. Enquanto isso, os governos dão pelo menos 10% dessa absurda fortuna para muitas empresas que não precisam dela. Essa incrível inversão de valores é um pequeno resumo da política econômica brasileira de hoje: tirar o máximo de quem tem menos, para dar para quem tem mais. Veja se, por exemplo, o caso dos bancos. Não é preciso dizer mais nada.
TRABALHO DURO
FAZIA BARULHO
Na verdade, também nível nacional, o PDT não decola. Jamais chegou perto do que foi sob o comando de Leonel Brizola, anos atrás, quando era ideológico e fazia barulho. Hoje, como a maioria dos partidos, é mais um apêndice para dizer amém ao governo. Aliás, como o são 99% das siglas políticas existentes no país.
NÃO ACABA
TRISTE COMÉDIA
CRISE PETISTA
A QUEM INTERESSA?
Com nossas leis ultrapassadas, com o Código Penal vergonhoso, com a violência tomando conta do país, o que discute o Congresso? Claro que tema do seu próprio interesse. Agora, volta à pauta debate sobre mandato presidencial de cinco anos, sem reeleição. E aí? Que interesse tem a população nessas besteiras? Mas como “eles” vivem num país que não é o nosso, que seja!
GOSTAMOS DE FILA
CAPÍTULO FINAL?