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Sergio Pires

Primeira Mão - 22/06/11


 Primeira Mão - 22/06/11 - Gente de Opinião

TÁTICA SIMPLES: TIRAR DE QUEM TEM

MENOS PARA DAR A QUEM TEM MAIS

 Alguém aí tem ideia do que significam 144 bilhões de reais? Pois essa dinheirama toda foi o que o Brasil perdeu só no ano passado, nas chamadas “renúncias fiscais”. Governos estaduais e a União abrem mão de receber impostos de grandes empreendimentos, em nome da atração de novas empresas e empregos, deixando um rombo vultoso nos cofres públicos. O valor representa pelo menos 30 vezes o orçamento de Rondônia, por exemplo, para este ano. Seriam mais ou menos como se Rondônia renunciasse, durante três décadas seguidas, ao seu orçamento anual. Ora, se os governos abrem mão de tantos impostos, principalmente de grandes conglomerados, como conseguem manter tantos gastos, sem cortar na própria carne? Aí vem outra explicação simples. Ao abrir mão do pagamento de tributos dos grandes, os governos – e principalmente a União – arrocha o bolso dos médios e dos pequenos contribuintes. É por isso que mesmo com toda essa renúncia fiscal, o volume de impostos recolhidos no país cresce a cada ano. Muitos, milhões de pequenos contribuintes pagam mais, para que os grandes tenham benefícios fiscais.

Só para se ter idéia da coisa, até o mês passado, o “impostômetro”, que mede diariamente o que cada brasileiro paga de tributos, já superou a marca dos 500 bilhões de reais. Deve superar fácil 1,2 trilhões até o final de 2011. Nós, brasileiros comuns, pagamos impostos de tudo, inclusive mais de uma vez em alguns produtos. Enquanto isso, os governos dão pelo menos 10% dessa absurda fortuna para muitas empresas que não precisam dela. Essa incrível inversão de valores é um pequeno resumo da política econômica brasileira de hoje: tirar o máximo de quem tem menos, para dar para quem tem mais. Veja se, por exemplo, o caso dos bancos. Não é preciso dizer mais nada.

TRABALHO DURO

 
Acir Gurgacz se movimenta pelo Estado. Tenta transformar seu PDT num partido importante, ao menos para formar boas coligações em 2012, na corrida pelas Prefeituras. O senador de Ji-Paraná tem dado duro, percorrido várias regiões e buscado nomes fortes. Os resultados ainda são pequenos, mas não é por falta de trabalho.
 
 

FAZIA BARULHO 

Na verdade, também nível nacional, o PDT não decola. Jamais chegou perto do que foi sob o comando de Leonel Brizola, anos atrás, quando era ideológico e fazia barulho. Hoje, como a maioria dos partidos, é mais um apêndice para dizer amém ao governo. Aliás, como o são 99% das siglas políticas existentes no país.

 
AMEAÇAS
Enquanto isso, PT(vejam só!) e PMDB fazem ameaças veladas à presidente Dilma Rousseff, dando a ela um prazo para que recomece as nomeações de apaniguados. Triste política brasileira! Ao invés de evoluir, de crescer, de se tornar forte e representar o povo, os políticos continuam batalhando muito. Mas pelos próprios interesses. Tomara que dona Dilma tenha forças para não aceitar a chantagem.
 
 

 NÃO ACABA

É só olhar nos jornais, sites e programas de TV: o número de motoristas embriagados envolvidos em acidentes com mortes e feridos só aumenta. Em Porto Velho não é diferente. Nos últimos dias, pelo menos uma dezena de casos foram registrados.
 
 

TRISTE COMÉDIA

 
A tal Lei Seca é apenas mais uma comédia para idiota ver. O criminoso do trânsito não precisa produzir provas contra si, ou seja, só faz teste do bafômetro se quiser. E assim vamos criando leis pífias, que não servem para nada. E matando cada vez mais nas rodovias e ruas das cidades.
 
 

CRISE PETISTA

O PT está tentando contornar a grave crise criada pelo deputado José Hermínio Coelho, que assacou violentas acusações contra o prefeito Roberto Sobrinho. O partido se reuniu e pediu que os problemas sejam resolvidos da porta para dentro. Mas o estrago já está feito. Sobrinho vai à Justiça contra Hermínio. O deputado quer ser o nome do PT à Prefeitura. Mas para isso terá que passar por cima do Prefeito. Aí é complicado.
 

 A QUEM INTERESSA?

Com nossas leis ultrapassadas, com o Código Penal vergonhoso, com a violência tomando conta do país, o que discute o Congresso? Claro que tema do seu próprio interesse. Agora, volta à pauta debate sobre mandato presidencial de cinco anos, sem reeleição. E aí? Que interesse tem a população nessas besteiras? Mas como “eles” vivem num país que não é o nosso, que seja!

GOSTAMOS DE FILA

Na próxima eleição, em Porto Velho, será implantado o sistema biométrico. O voto será confirmado pela digital do eleitor. Só que ele precisa se registrar antes. Apesar dos insistentes chamados da Justiça Eleitoral, menos de 5% dos porto velhenses se cadastraram. Como sempre, todos vão deixar para a última hora. E enfrentar filas homéricas.
 
 

 CAPÍTULO FINAL?

O gabinete presidencial confirmou a vinda da presidente Dilma Rousseff a Porto Velho, na primeira semana de julho. Ela virá para visitar as obras da hidrelétrica de Santo Antonio e, segundo os políticos da bancada federal, assinar a PEC da Transposição. Pode ser o último capítulo de uma novela que já está no ar há mais de uma década.

 

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Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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