CELULARES: NÚMEROS DE PRIMEIRO
MUNDO, MAS SERVIÇOS DE TERCEIRO
O Brasil tem mais de 193 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE. E chegou, no mês de julho passado, a um total de 224 milhões de aparelhos celulares ativos. Um crescimento de quase 26% sobre o ano anterior. Na região norte, onde existem mais de 15 milhões de aparelhos funcionando – a grande maioria pré pago, como em todo o país – Rondônia é o Estado que apresenta a maior densidade, com 118 celulares em cada grupo de 100 habitantes. E daí? Daí que tanto o Brasil como um todo e Rondônia em especial, pelo crescimento impressionante no número de aparelhos, chegaram a um estágio onde as operadoras não dão conta do serviço. Nenhuma delas esperava , certamente, uma explosão tão grande, embora todas façam de tudo para empurrar cada vez mais seus produtos e serviços ao consumidor. A prova concreta disso é que várias cidades do Estado não têm ligação por celular, porque é economicamente negativo investir em determinadas áreas. O negócio é vender e o consumidor que se vire. Quem viaja pela BR 364 sabe do que se está falando, com várias localidades – como Itapuã do Oeste, só como exemplo – fora do contexto das ligações via celular. O negócio é o lucro e o resto é apenas detalhe.
Cria-se serviços e inovações, mas a qualidade não acompanha nem de perto o consumo cada vez maior. O mesmo se pode dizer da internet, que, em muitos momentos, causa grandes problemas pela lentidão. Ficamos fora do ar longos períodos, com prejuízos incalculáveis a todos. No final do mês, contudo, recebe-se a conta, sempre acima do que se imaginava. As operadoras enriquecem cada vez mais. O consumidor, pagando um serviço muito caro, comparando-se com outros países, tenta rebolar e não arrancar todos os cabelos – quem os têm – com o serviço medíocre que recebe. Assim é o Brasil real. Muita conversa, muita promessa e, na Hora H, as coisas funcionam nas coxas.
OLHO E MEIO
Longe do Senado, de onde se licenciou, o ex-governador Ivo Cassol percorre todo o Estado, estruturando seu partido, o PP, mas, mais que isso, criticando o seu sucessor, Confúcio Moura. Cassol está com meio olho nas prefeituras em 2012, buscando eleger muitos aliados e com um olho e meio no Palácio Presidente Vargas, para onde quer voltar em 2014.
VAI SIM!
Cassol será, sem dúvida, uma grande dor de cabeça ao governo Confúcio. Só maior que o fogo amigo, que ainda teima em queimar dentro da estrutura do poder. Mas Confúcio está atento, buscando aliados e se preparando para os embates políticos daqui até 2014. Chegou a dizer que não pensa na reeleição, mas na verdade, pensa sim. E vai se confrontar com seu adversário, o ainda poderoso Cassol, daqui a três anos e pouco.
GRAVAÇÕES
Graças a um trabalho de investigação bem feito, o Ministério Público Federal pôde denunciar pelo menos dois homens que andavam aliciando jovens de Porto Velho, para serem prostitutas na Venezuela. O MPF teve acesso a gravações entre os criminosos e por isso o resultado foi de que eles foram denunciados por seus crimes, como por exemplo, o de tráfico internacional de pessoas.
ATÉ O PESCOÇO
O problema vai ser mais à frente. O STF, sempre preocupado em defender os direitos dos criminosos, tem decidido que conversas telefônicas gravadas nem sempre são aceitas como prova. Liberou de processo, por exemplo, o filho do presidente José Sarney, enrolado até o pescoço em denúncias. As gravações feitas pela polícia não foram aceitas como prova. Dá pra acreditar?
PÉ QUENTE
Miguel de Souza, agora pré candidato à Prefeitura de Porto Velho, percorre o Estado, como presidente regional do PR, tentando reforçar seu partido em outras cidades. No final de semana, faz reunião regional na pé quente Rolim de Moura, cidade que já deu três governadores (Raupp, Cassol e Cahulla) e dois senadores (Raupp e Expedito). É de lá que o PR espera sair mais forte.
SOLTOS NÃO!
O governador Confúcio Moura tem se preocupado mesmo com a situação do sistema prisional de Rondônia. Lembrou que a construção de um presídio pode custar 15 milhões, enquanto a de uma escola menos de 5 milhões. São números reais. Ocorre que os bandidos estão cada vez piores, as leis cada vez mais brandas e o número de presídios, aqui e no país todo, teria que ser pelo menos o dobro. O que não dá é para deixar criminoso solto.
INVERSÃO
Um preso já está custando até 2.700 reais por mês ao Estado. Um estudante, menos de 300 reais. O que se pode fazer? O ideal seria inverter os investimentos, gastando muito mais na educação e menos na segurança. Mas talvez isso possa ocorrer no futuro. Agora, a hora é de combater o crime e manter a bandidagem o mais tempo possível atrás das grades.
PREPAROU TUDO
Fontes palacianas garantem: Confúcio preparou muito bem seu governo daqui para a frente. Organizou internamente, planejou, buscou recursos. Já está fazendo um bom trabalho nas estradas e agora vai partir para outras ações que, afirmam bem informados parceiros próximos ao comandante geral, darão um salto na administração estadual. Esperemos que sejam reais tais previsões.
PERGUNTINHA
Tem algum futuro alguém que busca uma educação de qualidade, em instituições como a UNIR?