Domingo, 24 de maio de 2009 - 06h18
NO BRASIL, A REALIDADE É OUTRA
E TEORIAS SÃO TIRO PELA CULATRA
Fosse num país sério, com instituições acima de qualquer suspeita, com uma classe política amadurecida e patriota, a idéia do fortalecimento dos partidos através do voto em listas fechadas e com financiamento público das campanhas não seria ruim. A intenção parece boa, a teoria recheada de qualidades, incentivando o poder dos partidos e ampliando as forças democráticas. Mas não nos esqueçamos que estamos no Brasil, o país da impunidade, da Justiça que anda a passos de cágado, de uma classe política onde, com as exceções de sempre, cada um só quer ver o seu lado. Neste contexto da realidade, a tentativa da reforma política baseada na pureza teórica obviamente será outro tiro pela culatra. Como o foram o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Código Penal, que teoricamente serviriam para melhorar o País mas, na vida real, trouxeram apenas apoio ao aumento da criminalidade, ao crime organizado, à participação de jovens – e crianças – nos mais violentos delitos. A lista fechada servirá, aqui no Brasil, para que os coronéis que mandam e desmandam nos partidos decidam quem deve ser eleito, excluindo seus adversários ou qualquer um que não pense como o chefe. O financiamento público de campanha obviamente será ludibriado por outros tipos de Caixa 2, porque neste Brasil ninguém gasta em campanhas apenas aquilo que declara oficialmente. Podemos até sonhar. Mas é sempre bom lembrar que a realidade, por aqui, é muito pior que a teoria e o sonho do ideal.
NÃO MERECE
O presidente da Assembléia, deputado Neodi Carlos, está sendo alvo de atos covardes, que infelizmente sempre envolvem a política. A última, a de que ele estaria ameaçando um juiz de Ji-Paraná foi daquelas coisas absurdas. Mas antes de tudo, lamentáveis. Neodi, por seu perfil e sua história, não merece ter seu nome envolvido nessas baixarias.
FIM DA NOVELA
Enfim, se não houver nenhuma reviravolta, o PSDB fecha a novela que o envolveu, em Rondônia, com a decisão de ficar ao lado do grupo do governador Cassol para 2010. Acordo fechado em Brasília, essa semana, mantém o ex-deputado Casara na sigla, traz de volta Expedito Júnior e prepara palanque para José Serra. Fim.
FRENTÃO MENOR
Com essa decisão, ocorre o primeiro racha num frentão que estava sendo preparado por políticos como o deputado federal Moreira Mendes, do DEM e o empresário Acir Gurgacz, do PDT. Eles contavam com o PSDB para se tornar uma terceira via na corrida pelo governo. Pelo jeito, perderam o parceiro tucano, que tanta esperavam.
SEM O PMDB
O PT fez mais uma reunião regional, ontem, também pensando em 2010. Todo o comando petista, incluindo os dois principais pré-candidatos ao Governo – Fátima Cleide e Eduardo Valverde – participaram. Os petistas buscam novos caminhos, até porque parece que perderam mesmo a aliança com o PMDB.
SÓ EM NOVEMBRO
O encontro foi em Vilhena e reuniu petistas de Cacoal, Castanheira, Ministro Andreazza, Pimenta Bueno, Espigão D'Oeste, Primavera de Rondônia, Chupinguaia, Vilhena, Colorado, Cabixi, Cerejeiras, Corumbiara e Pimenteira. Por enquanto, nenhuma decisão final sobre candidaturas. O assunto só será decidido em novembro.
COLONOS E BANDIDOS
“O Governo Federal agora trata humildes colonos como bandidos, empregando táticas de guerra. Usa o Exército, Polícia Federal e Polícia Militar, mas se esquece que num passado recente, a propaganda espalhada em todo o país, era convidando estas pessoas a virem para a Amazônia. Integrar para não entregar. O Governo não fez seu dever de casa, estas pessoas não são bandidos para serem tratados desta forma”.
EM CHEIO
O comentário, indignado, foi feito na tribuna da Assembléia Legislativa pelo deputado Alexandre Brito (PTC), mais um que protestou contra a forma como os milhares de ocupantes da Flona Bom Futuro estão sendo tratados. Resumiu bem a verdade.
DESENHO
Dilma Roussef está fora da corrida presidencial? Se realmente não puder concorrer por causa da doença que enfrenta, qual seria o Plano B do governo e do PT? Por enquanto, a única terceira via seria mais um mandato para o Presidente Lula. É o que está se desenhando. Pelo menos nesse momento.
NÃO ACREDITA
Com relação a um terceiro mandato para Lula, que se estenderia também aos atuais governadores, Ivo Cassol diz que não pensa no assunto e nem acredita que essa possibilidade ocorra. Ele argumenta que o próprio Presidente tem repetido, sempre, que não aceita a opção do terceiro mandato. Portanto, não há o que falar. A não ser ouvir especulações, lembra Cassol.
NOVA CHANCE
Detido depois de uma tentativa de assalto e com uma arma, menor em Rio Claro, interior de São Paulo, voltou às ruas pouco depois. Não perdeu tempo: invadiu uma casa num condomínio fechado e, sem qualquer motivo, atirou na cabeça de uma criança de oito anos, sua refém. É isso que faz a lei brasileira que protege criminosos: dá a eles a chance de matar de novo.
Fonte: Sergio Pires / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
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