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Sergio Pires

Primeira Mão - 25/08/10


Primeira Mão - 25/08/10 - Gente de Opinião

UM TRISTE ANIVERSÁRIO DE DEZ

ANOS QUE ENVERGONHA O BRASIL

No país da impunidade, do apoio ao crime, do esforço para deixar assassinos livres e esquecer suas vítimas, um acontecimento deste final de agosto simboliza, mais que nunca, o quanto estamos lavando as mãos para um conjunto de leis criadas para beneficiar quem é contra elas. No dia 20 de agosto de 2000, um homem armado, violento, premeditou um crime. Entrou num haras onde estava sua ex-namorada, muito mais jovem, e atirou nela duas vezes. Uma pelas costas. Não satisfeito, o assassino aproximou-se da pobre vítima e deu-lhe um tiro de “misericórdia” na cabeça. Dez anos se passaram. Uma década inteira. A jovem mulher, Sandra Gomide (à direita na foto), friamente morta por um criminoso que se preparou para matar, hoje só é lembrada por sua família e pelos amigos, que não a esquecem. Porque o assassino, o jornalista Antonio Pimenta Neves (à esquerda da foto) continua vivendo sua vida, como se nada tivesse acontecido. Cada vez que há uma ameaça concreta da sua prisão – e em primeiro lugar os seus direitos, os dos assassinos – ele consegue mais um recurso na Justiça e fica livre, solto, tranqüilo, passeando pelas ruas do país da impunidade e sem o menor problema. A mesma Justiça que é, na maioria das vezes, a última esperança das vítimas e seus familiares, vira as costas para seus princípios de punir quem matou covardemente uma mulher indefesa.

Que explicação dará, que justificativa legal buscará um magistrado ou, pior, um conjunto de magistrados de diferentes instâncias que permitem que um matador confesso, já condenado em júri popular, continue longe da cadeia? Baseados em que lógica ou qualquer outro aspecto se deixa um autor de um crime bárbaro viver uma vida de tranqüilidade e absoluta liberdade? Há alguém que consiga compreender uma coisa absurda dessas? Até quando os brasileiros vítimas dessa brutalidade toda e dessa absurda impunidade agüentarão injustiças como essa?

 

QUADRO NEBULOSO

Contagem regressiva. Faltam 38 dias para a eleição de 3 de outubro. O quadro continua nebuloso e os candidatos – marcados de cima pela Justiça Eleitoral, que em cada estado, cada região e às vezes em cada cidade tem uma decisão diferente sobre o que é legal ou não é – sofrem para buscar o apoio, do jeito que dá, junto ao eleitorado. É uma disputa diferente de anos anteriores.

INCOMPETÊNCIA

É nisso que dá se eleger um Congresso omisso, que trata a maior parte do tempo de assuntos que beneficiam apenas seus próprios membros e que permite uma confusão tão grande na legislação. E que, no final das contas, permite que a eleição não se decida pelo voto, em muitos casos, mas pela Justiça Eleitoral. Culpa única e exclusiva do Congresso.

SEM PALPITE

Na disputa pelo governo, pouco mudou do quadro nos últimos dias. Confúcio Moura, Expedito Júnior e João Cahulla aparecem como os três com maiores chances. Mas Eduardo Valverde corre por fora e ainda tem tempo para chegar lá, até porque se sabe da força da militância do PT. Não se pode sequer tentar um palpite, tal o equilíbrio da corrida pelo Palácio Presidente Vargas.

NET SUPERLOTADA

Jornalistas, principalmente, mas também pessoas de outras atividades, estão com seus e-mails lotados de informações, notícias, pedidos de votos. Nos últimos dias, dezenas de candidatos descobriram que, com tanta gente indecisa, talvez a internet possa fazer alguma diferença. O problema é que, para ler todos os e-mails que recebe, a pessoa teria que dedicar o dia inteiro. Não dá.

NADA MUDOU

O que anda ocorrendo nos aeroportos brasileiros é uma coisa impressionante. Apesar de todas as promessas do governo, de todas as informações da Anac, de tudo o que se sabe que o passageiro sofre no Brasil, a bagunça continua. Nessa semana foi o aeroporto internacional de Porto Alegre que parou por várias horas. Por falta de energia elétrica. Uma vergonha.

RESULTADO ZERO

Durante semanas a fio, antes de agosto chegar, órgãos ligados à proteção ambiental, de todos os lados, anunciavam várias medidas, orientações, fiscalização e outros quetais para evitar as queimadas em Porto Velho e em toda a Rondônia. A realidade mostrou o resultado: nenhum.

LIÇÃO

É impressionante a inoperância, na vida real, daquelas atividades tantas vezes prometidas para combater o fumacê que tomou conta de várias cidades do Estado. Ao ponto de, em Porto Velho, muita gente ter que trafegar nas ruas com faróis dos carros ligados às 10h da manhã. Pelo menos o que aconteceu esse ano tem que servir de lição para 2011. Não dá para permitir a repetição das absurdas queimadas.

SOBROU PRÁ NÓS

Já não chega os bandidos que temos aqui. Agora, estamos recebendo mais uma “leva” dos mais perigosos quadrilheiros do Rio de Janeiro para o presídio federal de Porto Velho. É o tipo de visita que ninguém gosta de receber. O governo – tanto o federal quanto o estadual – incompetentes para acabar com a guerra civil de quase uma década e meia por lá, nos manda o que pior têm para cá.

PERGUNTINHA

Ei! Alguém aí sabe dar alguma informação sobre quando andarão as obras de água e esgoto de Porto Velho e dos seis viadutos que a cidade está aguardando com ansiedade?

Fonte: Sergio Pires  - ibanezpvh@yahoo.com.br
 
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