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Sergio Pires

Primeira Mão - 26/03/11


 Primeira Mão - 26/03/11 - Gente de Opinião

O SHOW DE AGRESSÕES À LÍNGUA

MÃE NAS TEXTOS NA INTERNET

É triste, desanimador, preocupante, o que estão assassinando a língua portuguesa. Que, aliás, é muito difícil, mas pelo menos nas coisas mais simples, pode ser expressada com correção. Ao ler cartas de leitores em sites (nos jornais e revistas, os editores corrigem, pelo menos os erros mais graves), dá um tom de saudade do tempo em que as pessoas sabiam escrever e expressar claramente uma idéia. Ou ao menos só as que sabiam lidar com a escrita se aventuravam a escrever textos acessíveis ao público. Afora os erros de digitação, e esses não devem ser levados em consideração, há outros terríveis. Verbo, sujeito e objeto direito que nunca combinam, porque ora um está no singular e os outros no plural ou vice e versa; tempos que não se sabe se são relativos ao passado, ao presente ao futuro (“eles virão o que aconteceu”); “s” no lugar de “x’; palavras sem acento, frases sem pontuação (principalmente quando são perguntas ou exclamações) são a tônica. Pior ainda é o nível de desinformação, quando uma pessoa que vive nesta terra, já deve ter ouvido e lido centenas de vezes sobre coisas comuns como a usina de Jirau e escrever “Giral” ou “Jiral”. É uma tragédia de desinformação e forma errada de escrever. Falta de leitura, educação fajuta e de péssima qualidade. Menos cara de pau. Mesmo escrevendo de forma horrorosa, semianalfabetos não têm receio de se postarem como quase escritores, mandando textos horrorosos, alguns sem pé e nem cabeça, para divulgação em sites.

E que não se pense que esse triste exemplo é um trágico dom dos rondonienses. Brasil afora, quem acessa a internet e lê alguns textos postados – e que sabe pelo menos o trivial da língua portuguesa – sai do computador com vontade de chorar. Pior ainda (e tem pior): muitos dos textos são escritos por pessoas que se dizem professores. Com erros tão graves que, se forem mesmo mestre em salas de aula, pobres de seus alunos!

EXEMPLOS

Alguns exemplos de erros crassos: “Políticos que se dizem nosso representante” (cadê o plural?); Inpostos (é com “m”); pensse (com dois esses deve ser para pensar duas vezes); “os profissionais da educação passa fome (de novo uma parte da frase certa, outra errada); “estremamente” (é com “x”, é com “x”); “pois caso não fazerem falta” ( caso não fizerem falta): “politicos sínicos” (cruz, credo: é políticos, com acento e cínicos, com “c” e acento). “mal humor” (cúmulo da idiotice: é MAU HUMOR, MAU EXEMPLO, MAU CAMINHO).

OUTROS

Mais alguns: “paralização” (errado: paralisação é com “s”); “quizer” (é com “s”, quiser); “usina de Giral” (é o cúmulo do desconhecimento; Jiral fica onde? Não seria Jirau?); vocês não quiserão uma nova Rondônia” (quiseram, analfa, quiseram. E como tem tom de pergunta, onde está a interrogação?); “chamando os trabalhadores de trochas” (o que é isso? Não será trouxas?); “vamos para a usina de Jiral” (outra idiotice, agora com “J”).

DESSERVIÇO

Quando a Eletrobrás Rondônia – ex-Ceron – abriu um edital para instalar um serviço de atendimento ao consumidor no Estado, o Tribunal de Contas prestou um desserviço à população. Determinou que o edital não poderia restringir a disputa do serviço à empresas do Estado. A concorrência tinha que abranger todo o país.

ALEIJUME

Ao criar o sistema 0800, de contato direto da população com a estatal, a ex-Ceron se obrigou a contratar uma empresa do Rio de Janeiro, a mais de 3.500 quilômetros de distância, porque ela venceu o certame. Ou seja, o infernal sistema burocrático onde todo o mundo manda, menos o povão, determinou esse aleijume nos serviços de atendimento ao rondoniense. É uma vergonha.

E A 364?

O deputado Jesualdo Pires é mais uma voz importante que se une aos pedidos de autoridades rondonienses para que a BR 364 seja melhorada, corrigida, duplicada. O tema vem sendo tratado ainda com maior ênfase na Assembleia desde que a morte do ex-deputado federal Eduardo Valverde. Dias atrás, tanto o presidente Valter Araújo como vários outros parlamentares exigiram medidas do Dnit.

ESTÁ FORA

Na sucessão municipal de Porto Velho, onde já há pelo menos uma dúzia de candidatos a candidato, um deles já avisou que está fora. Trata-se do presidente da Câmara de Vereadores, Eduardo Rodrigues, o Eduardo da Milla. Ele já garantiu que este projeto não está na sua cabeça. Pelo menos para 2012.

QUASE O DOBRO

Quando se tratou das compensações das hidrelétricas do Madeira, a projeção era que, até o final das obras, elas representariam um acréscimo de 50 mil novos habitantes para Porto Velho. Os números foram subestimados. Em pouco mais de dois anos, portanto bem antes do previsto, o crescimento chegou a 90 mil pessoas. E vai crescer mais, até o final de 2012.

CIDADE ESPECIAL

O governador Confúcio Moura está mesmo disposto a dar uma atenção muito especial a Guajará Mirim, cidade que está afundada em problemas. Algumas ações pontuais já estão sendo projetadas e começam a ser executadas logo. Foi em Guajará que Confúcio teve a maior votação proporcional no Estado.

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Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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