Primeira Mão - 26/05/10

ENCHER O BOLSO SEM PRESTAR
CONTAS? É SÓ ABRIR UM SINDICATO 

Não são apenas as ONGs – 100 mil delas apenas na região amazônica – que recebem milhões de reais todo o mês dos cofres públicos brasileiros sem precisar prestar contas de nada. Há outro poço sem fundo que leva, todo o ano, mais de 2 bilhões de reais sem que aqueles que recebem essa fortuna precisem dizer o que fizeram com tanto dinheiro. Trata-se do imposto sindical, uma gorda verba distribuída pelo governo federal para a criação de novos sindicatos. Já são mais de nove mil deles no país, 126 novos só neste ano, ou seja, um novo sindicato por dia. Criar um sindicato é lucrativo. Segundo denúncia da imprensa nacional, há sindicatos de todos os tipos: de fachada, dissidentes por causa de rachas internos e entidades atuando como empresas de terceirização de mão de obra.Além disso, há as famosas centrais sindicais que recebem maior fatia do bolo em função do número de sindicatos que abrigam. Por trás de tudo, politicagem e meios de manobrar os trabalhadores e a companheirada.

A situação ficou pior ainda a partir de 2008, quando o atual governo decidiu que as centrais sindicais não precisam prestar contas da dinheirama que recebem. Ou seja, a grana brota como milagre nos cofres dessas entidades e elas não precisam contar como usam esses milhões de reais. Essa é sem dúvida, uma das explicações para que sejamos campeões do mundo em impostos. Tem que sair de algum lugar essa fortuna toda, para bancar tanta mordomia e tanto desperdício. E tudo sai, é claro, do bolso dos trouxas, que pagamos a conta.

PERDENDO O SONO

A poucos dias do início da Copa do Mundo, os pré-candidatos se multiplicam para cumprir agendas superlotadas. Querem, quando a campanha começar prá valer, depois do Mundial, estar ainda presentes na mente e na retina do eleitor. Nos últimos dias, houve político que só dormiu algumas poucas horas. E assim mesmo na estrada. Dia 11 tudo pára e a política só voltar a interessar depois da Copa.

VÍCIO DE ORIGEM

O deputado federal Lindomar Garçon, do PV, tem méritos sim na votação da transposição. Conseguiu convencer sua companheiro de bancada, o relator Marcelo Ortiz, a não considerar o projeto que estava no Senado a ser retirado por vício de origem. Se o relator tivesse tomado esse caminho, tudo seria arquivado. Garçon lutou muito para que isso não acontecesse. E conseguiu.

MAIS GENTE

Mas não foi só ele. Fátima Cleide  Eduardo Valverde também tiveram participação importante. Não menos importante foi o trabalho do deputado Mauro Nazif, que trabalhou muito nos bastidores. Os demais membros da bancada federal atuaram com destaque, da mesma forma. A bancada agora tem que se unir para que o presidente Lula não vete a transposição. Se o fizer, todo o trabalho estará perdido, porque haverá novamente grande atraso em nova discussão sobre o tema.

ESTÁ PENSANDO

Carlinhos Camurça, o ex-prefeito de Porto Velho, está com sua campanha para deputado estadual nas ruas. É considerado nome quentíssimo para ocupar uma das cadeiras no legislativo estadual. Agora, contudo, está sendo muito pressionado a aceitar ser o vice na chapa liderada por João Cahulla. Camurça ainda não disse nem sim nem não. Está avaliando o quadro para só depois se definir.
 

PERDA DE TEMPO

O tempo passou e a comunidade da Ponta do Abunã continua perdida. Nada de ver nascer o município de Extrema de Rondônia, mesmo depois de um plebiscito autorizado pelo TSE e que mobilizou mais de 190 mil eleitores. Até agora não se sabe o se um dia a população daquela área vai poder comemorar a grande vitória nas urnas. Ao que parece, toda a mobilização, até agora, foi apenas perda de tempo.
 

COMO SEMPRE

Há anos se espera a regulamentação de criação de novos municípios no Brasil. Enquanto as leis se entrechocam, enquanto um poder dá seu aval e outro tira, são as populações de áreas que há muito já deveriam ter se transformado em cidades que sofrem os prejuízos. E o pior é que, na verdade, ninguém é responsabilizado por nada. Só o povão é que se dana. Como sempre.
 

CORRIDA ÀS OBRAS

Nesta quarta-feira, o governador João Cahulla cumpre agenda carregada em Porto Velho. Vai a vários bairros anunciar obras de asfaltamento em inúmeras ruas da Capital. Ontem foi a vez da Prefeitura começar obras semelhantes no bairro São Sebastião. A campanha que se avizinha já trouxe um benefício: a corrida dos governantes para mostrar mais serviço. Bom para a população.
 

TÍTULO POSITIVO

 Não se pode deixar passar em branco. Proporcionalmente, Rondônia foi o estado brasileiro que mais gerou empregos no ano passado. Claro que ainda estamos cheios de problemas  - e eles poderão aumentar proporcionalmente ao nosso crescimento – mas que os dados são altamente positivos, isso são.
 

MUDOU MUITO

Para quem pensa ao contrário, é só lembrar: há muito pouco tempo atrás, fala-se em mais de 50 mil desempregados só em Porto Velho. Hoje, felizmente, a realidade é muito diferente. O volume de empregos só cresce.