Domingo, 26 de setembro de 2010 - 07h44
INDECISOS: PARA O LADO QUE A MAIORIA
PENDER, SIGNIFICARÁ VITÓRIA NAS URNAS
Rondônia tem, aptos a votar na eleição do próximo domingo, algo em torno de 1 milhão e 200 mil eleitores. Num cálculo otimista, a abstenção chegará a perto de 25%, ainda mais que o sistema de transporte em várias localidades é ainda uma incógnita. Sobre o total de eleitores, se descontaria então 300 mil votos perdidos. Sobrariam 900 mil. Desse número, segundo a média de todas as pesquisas que têm sido divulgadas no Estado, a faixa de indecisos chega a cerca de 17%, ou 153.000 pessoas. Como a disputa está acirrada e pelo menos três dos quatros candidatos considerados de ponta têm chance de chegar ao segundo turno, buscar esse enorme volume de votos de quem ainda não sabe em quem votar é vital para os que disputam o governo rondoniense. É um pequeno exército de eleitores que, mesmo com a campanha feita, mesmo com o horário eleitoral gratuito, mesmo com as visitas recebidas, ainda não sabe qual o melhor nome para comandar o Estado. E a estratégia das coligações, de hoje até o próximo sábado, quando se encerra a campanha, será buscar o voto dessa gente, desconhecida, sem mais informações e que pode definir por vez a eleição rondoniense.
Se 17% de indecisos é um percentual alto para o Governo, imagine-se então quando se fala em escolha dos candidatos à Câmara Federal ou à Assembléia. Com tantos candidatos na disputa, dezenas de milhares de eleitores não têm a mínima idéia em quem vão votar. Os candidatos se desesperam nos últimos momentos, tentando levar seus “santinhos” até os que nem sabem que eles existem. No caso dos parlamentos, vitais para a democracia, a escolha do eleitor é sempre na última hora e muitas vezes sem sequer saber direito em quem votou. Muita coisa avança na questão eleitoral, mas a despreocupação de grande parte do eleitorado com relação ao seu voto não muda.
MUITO DIFERENTE
A uma semana das eleições de 3 de outubro, estamos na reta final de uma campanha disputadíssima ao Governo e Senado, em Rondônia. É uma campanha diferente, fria em sua maior parte, regida pelos tribunais, com pouca margem de ação dos candidatos, sempre pressionados pela lei, como seu fossem culpados, antecipadamente, de alguma coisa. Será que será assim daqui para a frente?
MUITAS DÚVIDAS
No próximo domingo, dia 3, milhões de brasileiros vão às urnas. Sem saber direito que leis valem e que leis não valem para a eleição; sem ter certeza de que os candidatos que votarão serão empossados e, se empossados, ficarão em seus cargos, o eleitor chegará às urnas com mais dúvidas do que certezas.
CULPA MAIOR
Logicamente que a culpa maior é de um Congresso omisso e que, durante anos, jamais votou definições claras, dentro do tempo hábil, para as eleições no país. Com isso, deu a uma parcela do Judiciário e do Ministério Público a forma de decidir, legislar e mandar e desmandar. Em alguns casos, é uma espécie de ditadura dentro da democracia. Mas a culpa maior foi de quem se omitiu.
PESQUISA E DEBATE
Esta próxima terça-feira, marca dois importantes momentos da reta final das eleições 2010 no Estado. O primeiro é o resultado da nova pesquisa do Ibope para o Governo e Senado que sai à tarde. O segundo é a noite, com o último debate entre os cinco concorrentes ao governo, na TV Rondônia.
RESPOSTAS NA TERÇA
Momentos de tensão e decisão. Quem estará à frente na nova pesquisa do Ibope, a última antes do primeiro turno? Cahulla vai confirmar seu crescimento e liderar? Ou será Confúcio, que também está crescendo? Expedito Júnior manterá a dianteira? E Eduardo Valverde, terá melhorado sua performance para se habilitar a lutar pelo segundo turno? Todas estas respostas nesta terça, com o Ibope.
SOVIETIZAÇÃO
Bem à esquerda da Igreja Católica, a Comissão Pastoral da Terra exige que seja implantado no Brasil o sistema de coletivização da terra, como nas antigas comunas dos sovietes. Em Rondônia, o módulo máximo de propriedade que os padres da Pastoral aceitam é 2.100 hectares. Lá pelos lados da extinta União Soviética não deu certo. Agora, querem tentar aqui.
A DILMA REAL
No próximo domingo, se não ocorrer um milagre para a turma de José Serra (talvez nem milagre o salve), o Brasil terá seu novo Presidente. O Presidenta, como querem os petistas que se denomine Dilma Rousseff. Soa horroroso, mas é assim que ela será chamada. Deve ganhar fácil, no primeiro turno. Depois, seja o que Deus quiser. Só saberemos quem é a verdadeira Dilma quando ela estiver no governo. Sem Lula.
NO BRASIL REAL
Como sempre, há o Brasil real e o Brasil dos discursos. O governo federal criou os tais “presídios de segurança máxima” que deveriam ser inexpugnáveis e colocou neles os maiores bandidos do país. No Brasil real, os chefes do crime organizado já começam a se preparar para grandes fugas. Inclusive aqui em Porto Velho.
PERGUNTINHAS
Você tem certeza de que o candidato em que vai votar conseguirá mesmo ser empossado? E se empossado, permanecerá no cargo?
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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