Terça-feira, 26 de outubro de 2010 - 05h35
ESTE É O BRASIL, O PAÍS ONDE O LABIRINTO
DO MINOTAURO COMANDA E GOVERNA
Ah, como os burocratas adoram seu poder de entravar o desenvolvimento, de atrapalhar o avanço, de emperrar, de deixar tudo como está! Cada vez que o fazem, mostram sua força, se encantam com o que podem não produzir para sair do anonimato; da sua importância num país em que a burocracia torna-se, cada vez mais, o verdadeiro governo. É assim, na exacerbada terra dos burocratas, que emperra a distribuição de milhares de metros cúbicos de madeira ilegal apreendida no Estado. Tudo está apodrecendo, enquanto o Ibama aguarda ofícios, relatórios, troca de informações que demoram meses, para liberar o rico produto que, se utilizado pelas comunidades de onde foram retiradas, poderiam se transformar em casas, em pontes, em obras e benefícios para todos. Mas isso é impossível. Como a burocracia infernal triunfaria se tudo fosse feito dentro do bom senso e da agilidade? Como ficaria o homem dos carimbos? E a mulher que leva e traz, de uma sala para outra, páginas e mais páginas de processos que nunca andam? E a secretária, que fica horas no telefone tratando de assuntos particulares? De jeito nenhum. Fazer o que é mais rápido, o que mais atende os interesses imediatos das comunidades, beneficiar a todos, é um pecado capital para o burocrata apaixonada pelas entranhas do emaranhado de leis contraditórias, pelo labirinto do Minotauro.
É por isso que pilhas e mais pilhas de árvores e madeira apreendidas estão apodrecendo em todas as regiões do Estado. Nos distritos de Porto Velho; nas cercanias das florestas, no centro de Vilhena. Tudo vai para o lixo. E os prefeitos continuarão chupando o dedo, esperando indefinidamente para usar toda essa riqueza, que poderia melhorar suas cidades e resolver problemas de milhares de pessoas. No Brasil, antes de tudo, é a burocracia, que mantém o Estado forte e emprega milhares e milhares de incompetentes, a grande governante.
TESTE PARA CARDÍACO
Faltam apenas seis dias. No domingo, tem a eleição decisiva para a Presidência da República e para o Governo do Estado. Em nível nacional, as pesquisas apontam Dilma na frente de Serra. Nas locais, os números são tão diferentes que não se sabe qual a verdade. Confúcio estaria na frente, mas Cahulla vem crescendo na reta final. Teste para cardíaco até a última hora. E o último voto.
ATAQUE E DEFESA
Confúcio alega que seu adversário está usando de baixaria. Cahulla alega que apenas está apontando as mazelas e alianças complexas do seu antagonista. Confúcio quer o debate só de projetos; Cahulla diz que só quer mostrar à população quem está ao lado de Confúcio. Os últimos dias da campanha vão ferver ainda mais. Também neste quesito.
FOI UM ERRO?
Confúcio, que ia muito bem na campanha, acabou se envolvendo num episódio que pode prejudicá-lo muito. Ao desfilar ao lado do ex-presidente da Assembléia, Carlão de Oliveira e chamá-lo de “eterno deputado”, Confúcio cometeu provavelmente o único erro grave da sua campanha, dizem os que entendem o eleitor rondoniense. Só as urnas vão dizer se houve mesmo prejuízo ou não.
OREMOS
Como na campanha presidencial, o envolvimento de lideranças religiosas também aparece forte na disputa pelo governo rondoniense. Confúcio tem apoio de uma ala de pastores e Cahulla de outra, incluindo o candidato ao Senado, Agnaldo Muniz, que teve 186 mil votos e traz consigo grandes lideranças do setor. A disputa pelo apoio dos evangélicos também está acirrada, dos dois lados.
25 MILHÕES
Serra, de olho no voto dos 25 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, entrou de sola apresentando projetos específicos para atender esta parte sempre esquecida da população. Dilma Rousseff, pelo menos até agora, esqueceu-se deste eleitorado que pode, sim, decidir a disputa pela Presidência. Ainda é tempo de corrigir.
CALCANHAR DE AQUILES
A campanha de João Cahulla, que foi morna no primeiro turno em Porto Velho, cresceu muito nos últimos dias. Centenas de carros plotados; equipes de formiguinhas e apoiadores percorrendo todos os bairros; caminhadas em várias partes da Capital e a presença constante do próprio Cahulla, deram um alento ao candidato à reeleição. É na Capital que está o calcanhar de Aquiles dos governistas.
NA ZONA NOBRE
A guerra de gangues, a disputa dos traficantes, os “acertos de contas”, estavam um pouco distantes do centro da Capital. A mortandade se resumia principalmente à zona leste. Neste último final de semana, os moradores da zona nobre da cidade começaram a ver de perto a tragédia que está acontecendo nos bairros. Um jovem foi morto a tiros ao lado do ginásio Cláudio Coutinho. E vai piorar.
DIA DECISIVO
Amanhã, mais uma vez, o Supremo tenta decidir sobre a questão da Lei Ficha Limpa. Se optar que ela vale já para esta eleição, nada muda. Os eleitos assumem e fica por isso. Se, ao contrário, optar para que a Lei só valha para a próxima disputa eleitoral, aí sim terá mudanças. Inclusive na bancada federal e na Assembléia Legislativa de Rondônia
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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