EM SETE ANOS, SEM TERRA NO ESTADO
PASSARAM DE 500 PARA MAIS DE 12 MIL
Não há dúvida alguma que, se realmente quisesse, o governo já teria senão acabado, mas ao menos reduzido muito os problemas fundiários no Brasil. E em Rondônia também. O problema é que, se eles acabarem, vão-se os discursos e a ideologia do confronto, que alimenta eleições e votos. Para se ter uma idéia, em Rondônia em janeiro de 2003 havia apenas três acampamentos e 500 pessoas que se diziam sem terra, cadastradas no Incra. Hoje, também com números oficiais, os acampamentos saltaram para 50 e os de “acampados” para 12 mil. Ora, isso poderia significar que praticamente ninguém teria sido beneficiado com a reforma agrária no Estado. Além disso, o próprio Incra, que representa o governo, continua igoranodo decisões, inclusive do Supremo, que determinam que invasor de terra tem que ser excluído de quaisquer programas que atendam famílias que pleiteiam terra para viver e plantar. Dos 12 mil que se dizem sem terra no Estado, hoje, pelo menos oito mil estariam excluídos dos programas oficiais, caso a lei fosse cumprida. Também teriam que ser excluídos aqueles que receberam algum tipo de benefício dos projetos agrários e, pouco depois, venderam para terceiros o que tinham ganho. Como o Incra não tem interesse em fiscalizar e muito menos o governo, a compra e venda de terras – muitas invadidas – tornou-se um negócio altamente rentável. O sem terra invade uma área, consegue autorização para permanecer nela e em seguida sai para invadir outra, vendendo o que recebera. Isso é comum no Estado – e no Brasil – e é claro que ninguém diz nada.
Não interessa, na verdade, acabar com os conflitos agrários. Eles são vitais para as campanhas eleitorais de muitos políticos.
SÓ PARA POUCOS
A vacinação contra a gripe suína começa dia 8 de março mas já se sabe que o número de doses, no Estado, não atenderá nem a metade da população. Certamente as autoridades da saúde não acreditam que a doença tenha potencial de se tornar uma epidemia. Porque senão, teriam programado imunizar muito mais gente. O risco é concreto.
VAI LÁ, TEMER!
O senador Valdir Raupp anda torcendo os dedos para que Dilma Roussef anuncie logo que seu vice será mesmo Michel Temer. Quando isso ocorrer, Temer deixa a presidência do PMDB nacional para abraçar a campanha presidencial. E quem fica em seu lugar? Ninguém menos que Raupp, hoje o segundo nome do partido no país.
DISCURSO RELIGIOSO
O ex-deputado federal Agnaldo Muniz, pré-candidato ao Senado pelo PSDC, já avisou: sua plataforma vai se basear no discurso evangélico, em defesa da família e das tradições religiosas. Falará menos em ações políticas e muito mais em orações. Se o eleitorado achar que a mistura religião com urnas é uma coisa boa, ele pode se dar bem.
CUIDADO COM O BOLÃO!
Alguém aí participou de bolão de Mega Sena? Se o fez, tem que ficar de olho e checar de o jogo foi registrado. O que aconteceu no sul, quando um, grupo de apostadores perdeu 53 milhões porque a aposta não chegou ao sistema da Caixa, pode se repetir hoje, quando o prêmio é de mais de 70 milhões. Olho vivo.
E AGORA, PRESIDENTE?
E o azar do presidente Lula, hein? Foi a Cuba exatamente no dia em que um dissidente da ditadura que estava preso, morreu por greve de fome. Sensacional. Nosso presidente entrou em parafuso. Sem ter falado nada em Cuba, com que moral vai defender os direitos humanos em outros países, como tem feito seguidamente?
DECISÃO À DISTÂNCIA
Ei, você aí que está por fora das coisas! Amanhã, domingo, tem eleição em Porto Velho. O voto é obrigatório. Você sabe no que vai votar? Se não sabe, trate de se informar. Terá que votar sim (número 55 na urna eletrônica) ou não ( número 77) para decidir sobre o plebiscito da distante região da Ponta do Abunã. A 350 quilômetros da cidade, você é quem decidirá o que é melhor para aquela comunidade.
E TARILÂNDIA?
Uma coisa tem que ser dita: se o plebiscito pela emancipação da Ponta do Abunã oi aprovada e já será realizado neste domingo, seria justo que pelo menos a emancipação do distrito de Tarilândia, pertencente a Jaru, também ocorresse. A situação é praticamente a mesma. Tarilândia já está madura para a transformação em município há muito tempo.
UM MÊS E POUCO
Dia 2 de abril, daqui a exatos 35 dias, tudo muda no comando do Estado. O governador Ivo Cassol deixa o cargo para poder concorrer ao Senado. Com ele, uma dezena de secretários que vão disputar espaço nas urnas. João Cahulla assumirá o governo e, a partir daí, entra de sola na luta para continuar sendo governador a partir de janeiro do ano que vem. A coisa está esquentando.
IGUAL AOS OUTROS
Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)