Terça-feira, 27 de abril de 2010 - 06h23
ONDE NÃO HÁ JUSTIÇA E A IMPUNIDADE
IMPERA, O HERÓI PODE SER O TRAFICANTE
A falta de autoridade, a impunidade absurda, os discursos vazios e a falta de vergonha na cara de quem deveria cuidar as pessoas de bem, mas que só fazem leis para proteção de bandidos, ficou muito patente de novo, neste último domingo. Foi só um caso, mas não um caso isolado. No Rio de Janeiro, uma mulher suspeita de estar embriagada saiu de uma festa com seu carrão e fez o que fazem centenas e centenas de bêbados irresponsáveis neste país: atropelou uma jovem mãe e sua criança. Matou a ambas. Mesmo sabendo que nada lhe aconteceria, porque ninguém vai para a cadeia por assassinar ninguém no trânsito – devemos ser um dos poucos países do mundo em que isso acontece, pela absoluta impunidade – a causadora do acidente tentou fugir mas bateu num poste. Tentava sair do carro quando foi morta com cinco tiros por um traficante. Isso, um traficante. Que agora é ídolo na sua favela, em Macaé, no Rio de Janeiro. Ou seja, onde não há autoridade, onde não existe Justiça, é a força dos bandidos, a lei do mais forte, a lei da bala é quem manda e quem recebe o reconhecimento da comunidade.
Foi assim que o tráfico dominou o Rio de Janeiro e está dominando outras cidades brasileiras. Com as chamadas autoridades competentes só fazendo discurso vazio e defendendo cada vez mais benesses aos criminosos, quem aparece como salvador da Pátria é o bandido, que de vez em quando faz justiça com as próprias mãos. Estamos indo de mal a pior. E não há uma só voz, nenhuma, nesse país, que se levante para exigir mudanças drásticas nessa inversão de valores, que é decidida de cima para baixo e coloca as pessoas de bem como suas maiores vítimas.
GOLAÇO
João Cahulla deu não só o pontapé inicial, mas um verdadeiro chutaço de curva, por cima da barreira, ao lançar um grande pacote de obras de mais de mais de 410 milhões de reais para todo o Estado. O local da solenidade, o SESC, estava superlotado, o que dá bem a dimensão do prestígio do pré-candidato à reeleição.
MESMO TOM
Cahulla discursou dando o tom de como falará na campanha. Vai querer mostrar trabalho e resultados. Falou também seu futuro companheiro de chapa, Neodi Carlos, presidente da Assembléia. Os dois estão afinando a conversa e entoaram a mesma linguagem no encontro do final de semana.
SEGUNDO TURNO
Acir Gurgacz entrou de sola na campanha. Demorou – como o fez José Serra em nível nacional – mas agora não pára mais. Gurgacz anda a procura de alianças e de um vice convincente, para que sua pré-candidatura possa decolar. A entrada dele no jogo praticamente garante a realização do segundo turno na eleição ao Governo.
TIME FORMADO
Não muda mais nada no governo Cahulla até o final do atual mandato. As negociações com os partidos, que teriam que ser feitas, já o foram. Guilherme Erse, na Casa Civil, foi a última nomeação de importância no primeiro escalão. Agora, é com essa equipe que formou que Cahulla vai até o 31 de dezembro.
INÉDITO
Impensável até há pouco tempo atrás, a segunda-feira marcou um evento inédito: um encontro entre o governador do Estado e o Prefeito de Porto Velho. João Cahulla e Roberto Sobrinho andaram “namorando” pela imprensa, mandando recados de diálogo. Deu certo. Já conversar com o ex-governador Ivo Cassol é mais problemático. O ex-governador e o Prefeito não se suportam.
DANDO O TROCO
Demorou mas veio o troco. O deputado Eduardo Valverde, do PT, que anda sendo pressionado em Brasília para deixar de ser pré-candidato pelo comando do PMDB – leia-se Valdir Raupp e Companhia – disse que um dos principais nomes peemedebistas, líder de Lula no Senado, Romero Jucá, está prejudicando a transposição dos servidores do Estado para a folha de pagamento da União.
DEU NO RIM
Valverde, que é o coordenador da bancada federal, anuncia que mobilizará a turma rondoniense no Congresso para não permitir que a proposta de Jucá vença. Ou seja, sem atacar diretamente Raupp, aliado por aqui, o petista deu no rim no PMDB, colocando no bolso do partido a responsabilidade caso a transposição não saia como o esperado. Jogada de mestre!
SE FUNCIONAR...
Se funcionar, as coisas melhoram. Em Porto Velho, 60 agentes de trânsito começam a ir às ruas para fiscalizar, orientar e multar quem desobedecer as regras. Também na Capital, 15 fiscais vão correr atrás dos sujos que jogam lixo nas ruas e deixam terrenos abandonados. O problema vai ser eles terem realmente poder para fazer seu trabalho, ainda mais em ano eleitoral...
LISTA SEM FIM
Vereadores de Porto Velho e das maiores cidades do interior: líderes comunitários; ex-prefeitos e ex-deputados; amigos dos amigos dos vizinhos: vem aí uma enorme lista com quase 400 nomes dos que sonham em ter sua cadeira na Assembléia Legislativa. Isso fora os 18 atuais deputados que querem a reeleição. Vai ser dureza para todos.
Fonte: Sergio Pires.
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