Sexta-feira, 28 de janeiro de 2011 - 05h04
PENSÃO DE GOVERNADORES: EXISTEM
ABUSOS, MAS TEM QUE TER BOM SENSO
A questão do pagamento de pensão aos ex-governadores é tema do momento. Em nível nacional e local. Mas o assunto é polêmico. O atual governador, Confúcio Moura, já avisou que é contra a pensão e que mandará um projeto de lei para a Assembléia revogando o benefício daqui para a frente. Lembrou em seu blog, inclusive, que quando deputado federal votou contra o que agora se chama de “exagero e mordomia”. Mas Confúcio tem a mesma dúvida do que muitas outras pessoas de bom senso que estão analisando o caso sob todos os ângulos. O próprio governador rondoniense se confessa com ressalvas de foro íntimo. E deixa no ar a pergunta:” omo é que se tira pensão da viúva do ex-governador Jorge Teixeira? E do Jerônimo (foto)? Hoje doente e numa cadeira de rodas?”.
A questão da aposentadoria para políticos – incluindo governadores – é, a princípio imoral, como o são tantos benefícios que os detentores de cargos públicos concedem a si mesmos, formando uma casta de beneficiados com o dinheiro público. Mas em toda a lei tem que ter exceção, que se baseie no bom senso. Um governador que saiu do cargo muito mais rico, não precisa de dinheiro público. Mas e os que, como há várias exceções em nível nacional e até local, que sem algum tipo de apoio podem ficar próximos à miséria e ao abandono, não seria justo mantê-los? Pagar pensão vitalícia a governador que ficou interinamente no cargo é uma vergonha. Pagar a familiares depois de um século – como ocorre em Santa Catarina – é absurdo. Mas, como diz Confúcio, não se pode tratar todos os casos como se fossem iguais. Concordamos.
MISSÃO IMPOSSÍVEL?
O grupo governista, até esta quinta-feira, não tinha entregue os pontos em relação à presidência da Assembléia. Mesmo que o grupo de Valter Araújo confirme que já teria 18 dos 24 votos, Jesualdo Pires, o candidato governista, continua batalhando. A turma de Confúcio Moura tenta na última hora reverter o quadro. É perto de missão impossível.
HÁ 10 DIAS ATRÁS
Tivesse se mobilizado há pelo menos 10 dias atrás, tivesse colocado sua troupe política com bala na agulha para negociar com os parlamentares; tivesse apostado num grupo e nele se concentrado, o grupo governista teria uma chance boa de eleger o presidente e a Mesa Diretora da ALE. Mas do jeito que as coisas andaram, mudar alguma coisa ficou perto do milagre.
ESCANTEADOS
Um dos problemas mais sérios para as intenções da turma “confunciana”, foi não ter fechado com os cinco votos seguros do atual presidente Neodi Carlos. Houve conversas, houve avanços mas a turma de Neodi – ele e mais quatro parlamentares – se sentiu escanteada pelo Palácio Presidente Vargas. Daí, todos os cinco decidiram fechar com Valter e não mudaram mais.
CONFIRMADÍSSIMO
A informação em Primeira Mão – com o perdão do trocadilho – de que Kaká Mendonça será o novo secretário-geral da Casa, se Valter Araújo foi o presidente, já está confirmada. Kaká, que conhece profundamente todo o funcionamento da Assembléia, assumirá a poderosa função já no dia 2 de fevereiro, quarta-feira da semana que vem.
INDEPENDÊNCIA
Valter Araújo, o virtual presidente da ALE, tem o discurso pronto. Sua intenção é manter uma Assembléia independente, mas ao mesmo tempo parceira do governo do Estado para todas as questões que sejam de interesse da comunidade. O temor do Palácio do Governo é que o poder se torne independente demais. Só o andar da carruagem vai dizer se haverá esse risco.
LIDERANÇA FORTE
A verdade é que está surgindo uma nova liderança, e das mais fortes, em Rondônia. Valter Araújo, que começou como vereador, apoiado inicialmente por movimentos religiosos, em pouco tempo saltou para uma reeleição como o mais votado para a Assembléia. Está a um passo de ser o novo presidente e já é nome mais que quente para a disputa da Prefeitura da Capital em 2012.
NARIZ DE PALHAÇO
Ainda em relação aos legislativos. A partir de fevereiro, as Câmaras Municipais de todo o país começam a votar a nova lei que aumenta o número de vereadores. Serão quase oito mil a mais nos municípios brasileiros. Em Porto Velho, o legislativo saltará para 21 cadeiras, cinco a mais do que hoje. O povão tem que tirar das gavetas o nariz de palhaço.
NOVOS RUMOS
Nem tudo é problema. Rondônia, no ano passado, abriu mais de 26 mil vagas de emprego com carteira assinada. Proporcionalmente, um dos maiores crescimentos do país. Porto Velho e suas grandes obras absorveu a maioria dos novos empregados. Já se foi o tempo em que a Capital rondoniense tinha quase 50 mil pessoas sem trabalho.
CEDO DEMAIS
Apenas 28 dias corridos, pouco mais de duas semanas e meia de governo para Dilma Rousseff e Confúcio Moura. Portanto, ainda é muito cedo para que os dois sejam cobrados como se já estivessem no poder há longo tempo. A partir do final de abril, início de maio, aí sim será justo exigir resultados. Antes, é injustiça.
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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