Quinta-feira, 28 de maio de 2009 - 05h48
HÁ GENTE DE BEM QUE NÃO PERDOA
E NÃO CONCORDA COM A BARBÁRIE
Há cinco anos e dois meses – foi exatamente no dia 7 de abril de 2004 – Rondônia assistiu a um dos capítulos mais tristes da sua história. Um total de 29 seres humanos, pais de famílias, filhos, irmãos, gente comum, foi morto com brutal violência. Poucas vozes de protesto se ouviram contra a barbárie. Pelo contrário, o presidente da Funai , Mércio Meira – só para citar um exemplo - disse ser compreensível que os índios tenham defendido seu território. Nenhuma homenagem, nenhuma lembrança e, pior que tudo, a mais absoluta impunidade. Até hoje ninguém foi julgado e muito menos condenado pelos crimes bárbaros, onde as vítimas foram mortas a tiros, a golpes de borduna e algumas tiveram suas cabeças arrancadas. Morreram como animais e tanto o governo como as autoridades policiais, do Ministério Público e da Justiça trataram e tratam o assunto com bases ideológicas, como se os assassinos fossem as vítimas e os 29 mortos fossem apenas animais levados ao abatedouro. É bom que essa gente não pense que há um consenso de que os garimpeiros brutalizado tiveram o que mereciam. Há brasileiros decentes, gente de bem, gente séria, que não concorda que a barbárie e a violência sejam aceitas como coisa normal, venham elas de onde vierem. Nem todos são como o presidente da Funai, como alguns promotores, juízes e políticos, de que a lei só vale para quem pensa como eles. Aqui não, violão!
SÃO CONTRA
Nem o deputado Maurinho Rodrigues e nem a vereadora Mariana Carvalho concordaram com o anúncio da criação de uma comissão de tucanos para resolver os problemas do partido no Estado. Os dois e mais o empresário Maurílio Vasconcelos não avalizaram a decisão.
FAMÍLIA
No fundo, nada a ver com uma necessária reestruturação do tucanato e nem com a chegada do grupo aliado ao governador Cassol. O problema é com a família Casara, que os três que protestam contra os rumos do PSB não querem que continue à frente do partido. Por isso, o assunto ainda vai render muita discussão e bate-boca.
NÃO CHIOU
Quem normalmente não se cala nessas horas mas recolheu os flaps na questão do PSDB foi o deputado Euclides Maciel. Ele ainda não fala abertamente sobre o assunto mas supõe-se que as mudanças anunciadas no seu partido tenham tido seu aval. Senão, ele já teria chiado.
ESPERANDO
Cassol deu entrevistas em emissoras de rádio e TVs e falou sobre a sucessão. Reafirmou que seu candidato é Cahulla (Clique e veja vídeo no Opinião TV), mas que acha por demais justas as postulações de outros candidatos, como Expedito Júnior e Neodi Carlos. Repetiu o que já havia falado. Tudo indica que vai esperar as pesquisas antes da decisão final.
DO PEITO
O que ele tem repetido, contudo – e disse novamente na entrevista concedida esta semana no programa Câmera 11, da TV Candelária/Record – é que o nome que carrega no peito é o de João Cahulla, seu amigo, parceiro e considerado por ele como um nome pronto para sucedê-lo. Se a decisão depender só dele, Cassol, Cahulla será sim o candidato oficial.
HABILIDADE
Enquanto isso, Expedito Júnior, um dos políticos mais hábeis do Estado, mantém sua pré-candidatura mas tem o maior cuidado em deixar claro que respeita e homenageia João Cahulla e rasga elogios a Neodi. Não quer um racha na base aliada. Até porque, se ele acabar sendo o candidato, vai querer apoio de todos.
SÓ BOATO
Circularam boatos de que Sueli Aragão estaria prestes a sair do PMDB. Nada confirmado mas que há fumaça e um pouco de fogo, isso há. Sueli pode não aceitar calada a decisão do seu partido em lançar Confúcio Moura como governador e deixá-la de lado.
APAVORANDO
Em menos de cinco meses, a Delegacia de Homicídios de Porto Velho registrou nada menos que 34 homicídios. A grande maioria das vítimas é jovem. Infelizmente, muitos deles envolvidos com o mundo do tráfico. A violência está chegando de forma apavorante à periferia da Capital.
MEDO DA URNA
Cresce no Congresso a tese de que ao invés de um terceiro mandato para o Presidente Lula, a saída política nesse momento (principalmente para a grande maioria dos parlamentares que não teriam chance alguma de reeleição), seria prorrogar os atuais mandatos de todos – Presidente, Governadores, Senadores e Deputados Federais – por dois anos, para coincidir com eleições gerais em 2012.
TAMBÉM É GOLPE
É um golpe branco, uma forma de ludibriar a Constituição e o povo brasileiro. Principalmente porque teríamos que aturar mais dois anos uma massa de parlamentares incompetentes e muitos deles mal intencionados. Certamente a maioria voaria do Congresso, pelo voto em 2010. Daí, eles já pensam numa saída. Qualquer saída. Menos enfrentar o eleitor.
Fonte: Sergio Pires / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
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