Sábado, 28 de maio de 2011 - 08h19
COMO A SUIÇA E O BRASIL TRATAM
AQUELES QUE COMETEM CRIMES
Uma notícia quase escondida entre as informações do dia pelo mundo, essa semana, mostra claramente a diferença de um país sério, que se preocupa com a grande maioria da sua população e o Brasil, onde o crime impera, sob os auspícios de uma legislação criminosa e o beneplácito das autoridades e da Justiça, que lavam as mãos. Um brasileiro atacou sexualmente uma menina de quatro anos, em Lucerna, na Suíça. Foi condenado à prisão perpétua. Agora, saiu a decisão: ele é um bandido irrecuperável e vai ficar na cadeia até morrer. Todos os dias no Brasil, anormais atacam crianças. Poucos são presos. E quando o são, jamais pagam pelo que fazem. A sucessão de recursos sem fim – como no caso do matador de mulher Pimenta da Veiga, que recorreu em 52 instâncias à Justiça, antes de ir para a prisão – e uma tal de progressão de pena, coloca os bandidos de todos os naipes nas ruas pouco depois de cometerem seus terríveis atos. E com aval e incentivo, pela impunidade, para que voltem a cometer os mesmos crimes.
Não somos a Suíça em nada. Mas pelo menos poderíamos aprender com o exemplo de um país sério, que dá atenção à grande maioria dos seus cidadãos que são cumpridoras dos seus deveres, que são corretas. A trágica inversão de valores praticada no Brasil coloca as vítimas no esquecimento, a sensação de injustiça na cabeça de cada um de nós, pessoas decentes e, pior que tudo, dá ao criminoso a certeza de que ele jamais pagará, como deveria pagar, por seus atos. O brasileiro que foi para a Suíça imaginando que estaria em casa. Não estava e se deu mal. Tomara que não seja extraditado, porque se vier para cá, pode ser alvo de uma campanha nacional em defesa dos seus direitos. Jamais pagaria por seu crime. Mas não é por acaso que a Suíça é a Suíça e o Brasil é o que conhecemos.
PONTE DE CANDEIAS
Uma sinalização colocada sobre ela, pedindo atenção dos motoristas, tem deixado os que passam pela ponte antiga sobre o rio Candeias, na divisa com Porto Velho, com ares de preocupação. Como além da placa não há qualquer outra informação do Dnit sobre o assunto, o burburinho em torno do assunto cresce. Seria bom o órgão federal esclarecer, publicamente, o que está acontecendo.
EFERVESCÊNCIA
Como a partir de agora tudo gira em torno da eleição do ano que vem, a classe política anda em efervescência nos bastidores. Longas conversas – incluindo ex-aliados com novos amigos; antigos amigos que ficaram inimigos e agora podem ser amigos de novo; adversários partidários ferrenhos que andam namorando – já fazem parte da agenda de muita gente. A coisa começa a esquentar, aos poucos.
PT NA FRENTE
A principal batalha que ainda não começou – mas deve ter seus primeiros guerreiros a opostos já a partir do segundo semestre – é pela Prefeitura de Porto Velho. O PT deve sair na frente, porque pretende definir o nome do seu candidato nos próximos 60 dias. Os demais partidos – e alianças – podem deixar para o ano que vem. Mas a pré campanha já começou.
PRIMEIROS NOMES
Os petistas continua ainda divididos, embora já existam sinais, ainda fracos, de que pode haver diálogo e acordo entre as diferentes alas. Os principais nomes do partido – Fátima Cleide, José Hermínio Coelho, Cláudio Carvalho, entre outros – pode acabar fechando acordo para que o partido não perca espaço. Mas não está descartada a possibilidade do PT aceitar uma composição, indicando o vice. Tudo pode acontecer.
VÁRIOS CORPOS
Em Ji-Paraná, segunda maior cidade do Estado, o nome mais forte continua sendo o do deputado estadual Jesualdo Pires. Se a eleição fosse agora, ele teria vários corpos de vantagem – para usar a linguagem do turfe – sobre seus possíveis adversários. Mas o próprio Jesualdo, que se destaca na Assembleia, sabe que ainda é cedo e que ele terá que dar muito duro para chegar lá. Não existe eleição fácil.
CADÊ A GRANA?
O governador Confúcio Moura,. Em seu blog, protestou contra o fato do governo federal ter engavetado vários projetos importantes para Rondônia, inclusive alguns ligados às compensações das obras das hidrelétricas do Madeira. Destinam-se à área ambiental e somam mais de 100 milhões de reais. Ora, mas não é a União que quer realizações em termos ambientais? Então, porque não libera o dinheiro? Aí tem!
VERGONHA NACIONAL
Por essas e por outras é que o cidadão comum não acredita nem nas leis e nem na Justiça. O assassino Pimenta da Veiga, que começa a cumprir sua pena de 15 anos de prisão por ter matado covardemente sua namorada, em agosto de 2000, ficará na cela menos de dois. Depois de mais de uma década de espera para que a Justiça fosse feita, agora ele se prepara para sair livre em menos de 23 meses. Uma vergonha.
PERGUNTINHA
Pelo andar da carruagem, quanto tempo a presidente Dilma Rousseff vai agüentar a pressão da mídia e da oposição, para mudar o comando na Casa Civil do seu governo?