Primeira Mão - 28/08/09

QUANTO TEMPO VAI LEVAR AINDA PARA
SURGIR OUTRO POLÍTICO COMO CASSOL?

Vai demorar alguns anos para aparecer outro político como o atual governador de Rondônia, pelo menos por essas bandas. Ivo Cassol surgiu sem mais nem menos há pouco mais de sete ano, elegeu-se a primeira vez, entrou para a história como único governante reeleito no Estado e desde seus primeiros passos na política local, tem sido um caso diferente. Tem, por exemplo, o pique de trabalho e visão de crescimento de Jorge Teixeira. Fez, em pouco mais de sete anos, o que jamais se imaginava que uma administração faria em tão pouco tempo. Teve muita sorte também. Não só porque o Brasil voltou os olhos para Rondônia e o governo federal “descobriu” essa terra como, de outro lado, por ter vencido a grande maioria das disputas, confusões, crises e perseguições que sofreu e tem sofrido. Nesta semana, Cassol reuniu de novo a imprensa para falar da enésima tentativa do Ministério Público de tirar seu mandato vindo das urnas. Ganhou todas, pelo menos até agora e tudo indica que vai ganhar essa também, até porque a argumentação de infidelidade partidária contra ele não tem chance de prosperar. Amado por muitos, alvo de ódios e rancores de alguns grupos, Cassol já entrou para a história. E, pelo jeito, pela forma como enfrenta as dificuldades, por ser obstinado e não temer nada, apenas os primeiros capítulos foram escritos.

PRIMEIRÃO

O líder do governo na Assembléia, Tiziu Jidalias, foi o primeiro entre os atuais deputados estaduais a oficializar que não concorre à reeleição. Tiziu, obviamente, sonha com vôos mais altos, que podem levá-lo a disputar a Câmara Federal ou o Senado. Há outros estaduais que também não vão à reeleição. Mas, por enquanto, não abriram o jogo. 



AINDA SEM RUMO

Alguém aí ouviu falar no PSDB de Rondônia? Se ouviu, deve ser caso raro. Não se sabe a quantas anda o partido, que já foi um dos maiores de Rondônia e até elegeu governador. Rachado, apenas com lideranças municipais em algumas cidades, os tucanos rondonienses continuam sem um rumo definido para 2010. 


GOL CONTRA

Governista não perdeu a chance de dar uma espetada nos adversários, a respeito de out-doors colocados em alguns pontos estratégicos da Capital com a frase “Governo que não paga precatórios é caloteiro”, assinados pelo Sintero e CUT. Ao observador um dos out-doors ironizou:”até que enfim o Sintero e a CUT decidiram criticar o governo Lula”. 


ALFINETADA

Na verdade, o ataque é contra o governo estadual. Mas como o federal também não paga precatórios há muito tempo, o cassolista não perdeu a chance de dar uma alfinetada na central e no sindicato de trabalhadores, ambos muito próximos do PT e de Lula. 


FESTANÇA

Nesta sexta, uma grande festança na casa de shows Quéops, em Porto Velho, reúne a turma do PP, o novo partido do governador Ivo Cassol. Lideranças de todos os recantos do Estado vão estar presentes, além de novos nacionais como o presidente da legenda, o senador Francisco Dorneles. 


PESOS PESADOS

Dorneles e Cassol, junto com deputados federais, vão abonar as fichas de dezenas de lideranças rondonienses de todos os tamanhos. O partido pretende dar a largada para a eleição 2010 com uma nominata de pesos-pesados para todos os cargos. A começar pelo próprio Cassol, que disputará o Senado. O encontro do PP começa estar tarde, às 16 horas. 



PÂNICO

Revolução na política estadual! O presidente regional do PHS, Herbert Lins, ameaça de expulsão os filiados que não seguirem a cartilha e os nomes dos candidatos indicados pelo partido, inclusive o do próprio Lins, que quer disputar vaga no Senado. Certamente os milhares de membros do PHS andam assustados. 



TERRÍVEL

Aconteceu, por incrível que pareça, numa loja do shopping Center da Capital. Um jovem, obeso, foi comprar roupas. Além de ser mal atendido, o rapaz ainda teve que ouvir gracejos de uma vendedora, que o avisou que ali “só temos roupa prá gente”, como se ele fosse um bicho. É claro que o caso vai parar na Justiça. 



DESPREPARO

O despreparo de atendentes de lojas em Porto Velho ainda é evidente. No geral, eles não prestam ao cliente a atenção e as informações que vendedores profissionais e bem preparados deveriam. Mas fazer gracejo e ofender uma pessoa apenas porque ela é obesa, daí já passou de todos os limites da incompetência.