Terça-feira, 29 de junho de 2010 - 05h02
FALTAM ALGUMAS PINCELADAS MAS O
QUADRO DA SUCESSÃO ESTÁ PINTADO
O quadro da sucessão estadual, se não surgir alguma zebra de última hora, já está desenhado. O nome governista será João Cahulla, desde a primeira hora apresentado como tal pelo principal mentor da turma palaciana, o agora ex-governador Ivo Cassol. Falta ainda indicar o vice de Cahulla e isso tem se tornado a principal dificuldade do grupo. O PMDB e o PDT uniram-se, lançando Confúcio Moura ao governo e Airton Gurgacz como vice. Os dois partidos deixaram o PT de Eduardo Valverde pendurado no pincel, sem nenhum aliado de peso. O PC do B, que poderia bandear-se para o lado petista, preferiu também entrar para a turma de Confúcio. O terceiro nome certo na disputa é o de Expedito Júnior, que largou antes, percorrendo o Estado e que aparece muito bem em todas as pesquisas não oficiais até agora realizadas. Cahulla, Confúcio, Valverde e Expedito, obviamente não necessariamente nessa ordem, são os quatro que têm realmente chances de chegar ao poder.
O PSOL lançou o professor Sussuarana mas, como sempre, só fará figuração. Acir Gurgacz correu da briga e preferiu cumprir seu mandato no Senado, colocando alguém na família na disputa, seu tio Airton. Melki Donadon, que tentou ser vice em várias chapas, vai ao Senado. Cahulla e Expedito devem vir com o maior número de partidos em suas respectivas alianças. Confúcio com menos e o PT, a não ser uma ou outra sigla nanica, virá sozinho. Terá o maior prejuízo, a menos que o poderio popular de Lula possa influir de tal forma na eleição também em Rondônia, elegendo seu candidato mesmo à distância. Esse é o quadro do momento. Terminada a Copa, aí sim a campanha começa com tudo. Só uma surpresa de última hora poderia mudar o quadro que está pintado agora.
CULPA DO MORTO
Sem dúvida, uma sentença inédita a do juiz federal Antônio da Luz Ribeiro Antônio da Luz Ribeiro, da 1ª vara da Seção Judiciária de Rondônia, ao negar indenização do Estado à família de um garimpeiro chacinado na Reserva Roosevelt, em 2004. Para o magistrado, o homem que foi brutalmente morto a golpe de bordunas sabia do risco que corria ao entrar na reserva. Foi como se o morto fosse condenado pelo próprio assassinato.
DAQUELE JEITO?
Se a Justiça toma uma decisão deste tipo, considerando que a culpa pelo massacre foi dos mortos, o que se pode esperar? Que todos os outros 29 garimpeiros assassinados com requintes de crueldade também sejam considerados responsáveis por suas mortes. Os argumentos em defesa do assassinato brutal até podem ter base jurídica, mas certamente deixa no ar uma dúvida: então pode matar? E daquele jeito?.
NO LUGAR CERTO
A baderna que alguns poucos impuseram nas obras da usina de Santo Antonio está com os dias contados. Os marginais foram identificados e as autoridades policiais os colocaram na mira. Imaginavam que aqui era terra de ninguém e que poderiam fazer o que quisessem. Estavam errados. O lugar desta gente todo o mundo sabe onde é.
BRIGA POR DINHEIRO
O conflito nas obras das hidrelétricas mostrou mais uma vez o quanto a política sindical, movida a milhões de reais dos cofres públicos, pode afetar o país. A turma da CUT e a turma antiCUT se acusam mutuamente pela baderna. Ninguém assume a responsabilidade. O que interessa mesmo é o poder sindical, e, por consequencia, os milhões que jorram para os cofres destas entidades. O resto é firula.
FIM DA HIPOCRISIA
O PMDB oficializou neste final de semana, em convenção, a dobradinha Confúcio Moura-Airton Gurgacz para o governo. Até amanhã, último prazo, todos os demais partidos deverão fazer suas convenções. Finalmente, pode-se parar com essa besteira de "pré-candidato", uma hipocrisia imposta pela legislação eleitoral. A partir do dia 1º, todo o mundo é candidato mesmo.
DUAS VERSÕES
Expedito Júnior anda conversando com vários partidos, para fechar sua aliança de apoio para outubro. Em entrevista à Record News, esta semana, contou que está conversando muito com o PSDC, cuja maior estrela é o presidente da Assembléia, Neodi Carlos. Neodi, por sua vez, tem repetido que vai com João Cahulla. Não se sabe, pelo menos até essa terça-feira, como o caso vai terminar.
É MIGRANTES
Sobre o Arrial Flor do Maracujá, o novo local é maior que o anterior e a estrutura está também melhor. A qualidade das quadrilhas e boi-bumbás igualmente cresceu junto. O único senão é a informação errada transmitida ao público. O arraial está sendo realizado na avenida MIGRANTES e não Imigrantes, como informam toda a imprensa e até o pessoal do governo. O nome correto da avenida, portanto, é MIGRANTES.
NÃO PEGAM
Nomes de ruas e avenidas em Porto Velho, por exemplo, são muitas vezes grande problema. Tentaram chamar a Abunã de Joaquim Araújo de Lima e nunca pegou. Agora, mudou-se o nome da avenida rio Madeira pra Chiquilito Erse. Ninguém deu bola. Todos continuam tratando a avenida pelo nome que a popularizou. E são apenas dois exemplos.
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