Quarta-feira, 30 de junho de 2010 - 06h19
DECISÃO JUDICIAL SE CUMPRE MAS NÃO
SE PODE DEIXAR DE DISCUTIR E OPINAR
A foto dispensa maiores comentários. Um ao lado do outro, os cadáveres de 29 seres humanos são colocados no chão. A cena, que chocou o país, aconteceu em abril de 2004, dentro da Reserva Roosevelt, em Rondônia, uma área rica em diamantes e proibida para estranhos, porque pertence aos índios. Quem entra lá corre risco, se não negociar com os donos da terra e dos diamantes. Os garimpeiros brutalmente assassinados sabiam disso e mesmo assim, na ânsia de enriquecer, foram retirar a riqueza da terra. Sabiam do perigo. Até aí, não há questionamentos. O problema é a partir daí. Trucidar pessoas a golpes de borduna, de armas pesadas, tratando-as como se lixo fossem, é um crime hediondo. Se um ladrão entra na sua casa para roubar e é pego, o proprietário tem o direito de defender o que é seu. Mas tem direito de trucidar um ser humano? Tem direito de matá-lo e depois destruir o corpo, como se estivesse matando um animal? Quando a Polícia Militar em Corumbiara, com ordem judicial, foi retirar invasores de uma área e eles reagiram à ação policial, atacando os PMs, o caso foi tratado e é conhecido até hoje como um massacre. Que nome se dá então ao assassinato brutal de 29 pessoas, não importa o crime que elas tenham cometido? Quem autorizou a aplicação da pena de morte?
A Justiça Federal decidiu agora que a culpa da morte é dos garimpeiros. Foram eles os responsáveis pelo que lhes aconteceu. Não houve sequer um setor ligado aos direitos humanos, que tanto se preocupam com tais massacres, para pelo menos dizer que não se pode assassinar brutalmente uma pessoa, não importam as razões. Mas o Judiciário deu carta branca nesse caso. Nele, pode-se sim matar e massacrar. Em outros não pode. Decisão judicial se cumpre mas, pelo menos nessa coluna, se discute sim. Foi uma decisão que esqueceu os sentimentos de humanidade. Foi uma decisão que, de certa forma, deixou claro que há sim alguns tipos de massacre que podem ser feitos. Pode ser que ninguém mais ache isso errado. Essa coluna acha, porque considera que a vida humana é, não importando as razões, o mais importando sobre tudo.
RETA FINAL
Falta uma semana e meia para o fim da Copa e a partir daí, todas as atenções se voltam para a campanha política. Essa semana, devem sair os vices (talvez até em um ou outro caso surja um nome-tampão, para ser substituído mais à frente), nas principais chapas que disputarão o governo.
COMPLICADO
Um dos casos até agora mais complicados é sobre a escolha do companheiro de João Cahulla. Há vários nomes insistentemente citados. Entre eles Carlinhos Camurça, Odacir Soares, Jesualdo Pires, Antenor Klock, Lindomar Garçon e até Cláudia Carvalho. Nada foi fechado ainda. O ex-governador Ivo Cassol, que tem jogo de cintura, ainda não conseguiu bater o martelo.
TEM E NÃO TEM
Já Expedito Júnior garante que já tem seu vice mas preferiu, nos últimos dias, omitir o nome, porque ainda há negociações em andamento. As hipóteses são tantas como no caso de Cahulla mas os tucanos terão menos dificuldade para chegar a um consenso. Até o final da semana saberemos quem será o ungido.
CHAPA PURA?
O PT, que acabou isolado na corrida para o governo, já que perdeu seus principais aliados das últimas eleições, pode ter que recorrer a um nome dentro do partido, para lançar uma chapa pura com Eduardo Valverde na cabeça. Até ontem havia muitas especulações mas nenhuma confirmação. Ficará também para a 25ª hora, quando fechar o prazo legal para anunciar a dobradinha.
SÓ UMA FECHOU
Entre os maiores, o PMDB e o PDT foram os primeiros a fechar um acordo que envolveu o vice. Como Acir Gurgacz caiu fora da disputa, indicou o nome de seu tio Airton para o posto, o que foi bem recebido pela turma de Confúcio Moura. É a única chapa forte fechada até esta quarta-feira. As demais ainda conversam e negociam.
PSOL
Sem qualquer chance, o PSOL também fechou uma dobradinha, com o professor Marcos Sussuarana na cabeça e a enfermeira Jovelina Caon como vice. A participação do PSOL na campanha será a de sempre: apenas uma pequena pedra no sapato dos demais postulantes. Afora isso, mais nada.
MAIS DE 40 MIL
O ex-vereador e futuro deputado estadual David Chiquilito, que assume uma cadeira na Assembléia Legislativa nesta quinta-feira, ocupando o lugar do deputado Wilber Coimbra, anda por demais otimista. Declarou na convenção de domingo com o PMDB que seu partido, o PC do B, dará mais de 40 mil votos para Confúcio Moura. Terão os comunistas esta bola toda?
NEM BOLA DE CRISTAL
Na disputa pelas duas vagas ao Senado, uma eleição à parte e que será muito disputada, os principais nomes já estão postos. Entram na corrida Valdir Raupp e Fátima Cleide, atuais senadores, mais Ivo Cassol, que vem com tudo; Tiziu Jidalias, parceiro de Cassol e o ex-deputado federal Agnaldo Muniz. Será uma disputa sensacional. Qualquer previsão, nem com bola de cristal.
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