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Gente de Opinião

Sergio Pires

Primeira Mão - 31/10/09




EM TEMPOS DE FINADOS, APENAS
UMA REFLEXÃO PELOS MORTOS


Próximo ao Dia de Finados,vem a calhar um raciocínio que se é obrigado a fazer em relação aos mortos perante as leis brasileiras. Eles não têm grande valor, inclusive nas decisões judiciais. Facínoras que trucidam têm progressão de penas e são tratados quase como vítimas da sociedade. Traficantes de alto calibre saem das cadeias com facilidade, em datas especiais, sendo sempre tratados com extrema benevolência. E, é claro, nunca voltam à prisão no prazo estabelecido. Voltam sim para o comando do crime, para matar e matar. As vítimas, os mortos, esses não estrilam, não podem mudar as leis, não podem votar. Estão mortos. No acidente aéreo da TAM, que vitimou 199 pessoas no aeroporto de Congonhas, em julho de 2007, quem foram os únicos culpados? Claro, os mortos. Os pilotos, segundo relatório oficial da Polícia Federal. E assim as coisas andam. Vítimas não têm vez. Vítimas são apenas números. Não gastam, não tem CPF, não podem protestar. Fazem parte apenas das estatísticas de um país que quer ser exemplo para o mundo também em relação aos direitos de todos mas que, para seus mortos, apenas vira as costas. É lamentável ver os cemitérios cada vez mais lotados de coitados inocentes e seus algozes sendo beneficiados por leis que deveriam envergonhar as pessoas de bem. Mas envergonham muito poucos.

VAI PROTESTAR

Quem conhece de perto o governador Cassol sabe muito bem o quanto ele vai protestar, chiar, brigar para que o Estado não fique sem alguma compensação dos quase 200 milhões de reais que perderá, por ano, com o fim do ICMS sobre o óleo diesel das usinas térmicas.

UM ANO A MENOS

A integração de Rondônia ao sistema nacional de energia causará grande prejuízo aos cofres estaduais. Brasília tinha prometido uma compensação de dois, mas agora anuncia que poderá dar algum apoio nesse sentido durante apenas um ano. Cassol não vai aceitar.

DOIS ESTILOS

A troca de senador de Rondônia, saindo Expedito Júnior e entrando Acir Gurgacz já deixou claro a diferença de estilos. Expedito saiu sem lamúrias. Gurgacz, já antes de entrar, preferiu apenas criticar seu antecessor. A batalha política entre os dois ainda vai longe.

CADEIRA PARA DOIS

Outra decisão que já teria sido tomada na família do novo senador. Ele deixará o posto para seu pai, que é suplente. O plano é Assis Gurgacz ficar no cargo enquanto Acir disputa o Governo no ano que vem. Se ganhar, a família fica no poder. Se perder, terá que pedir a cadeira de volta.

NOVO DESAFIO

Expedito começa agora um périplo por todo o Estado, conversando com lideranças e arregimentando apoios para 2010. Sua meta é sair candidato ao Governo. E com apoio do seu antigo companheiro Cassol. Por enquanto, o governador mantém que seu apoio será para João Cahulla.

DECISÃO TOMADA

Confúcio Moura será mesmo o nome do PMDB para disputar o Governo. Dois de cada três convencionais do partido já teriam deixado claro que a convenção que anunciará o nome – em que Confúcio disputará a indicação com Sueli Aragão – será só pró forma. A decisão está tomada.

LADOS DIFERENTES

No caso do PT, a questão é mais dura. Roberto Sobrinho quer ser o candidato mas se não for, por qualquer motivo, apoiará Eduardo Valverde. A senadora Fátima Cleide esperneia e quer a indicação. Mas não terá apoio dos grupos de Sobrinho nem de Valverde.

DATAS DIFERENTES

A decisão petista está marcada, em princípio, para 5 de dezembro, se não houver mudança nos planos. A turma que apóia o prefeito Roberto Sobrinho quer empurrar a a escolha do nome do partido mais para a frente. Lá para março do ano que vem.

MAIS DOIS

Nos últimos dias, pelos lados governistas, ouve-se muito falar em nomes que seriam alternativas viáveis para a disputa ao Governo. Os dois mais citados, pelo menos nesta semana que está terminando, foram os de Neodi Carlos, o presidente da Assembléia e o do deputado estadual Tiziu Jidalias.

ÚNICA MISSÃO

Como ficarão os pequenos partidos, aqueles que tradicionalmente fazem grandes negócios, proporcionais ao tamanho da eleição? Quem tem o comando dessas siglas de aluguel anda serelepe, fechando negócios. As siglas de aluguel, aliás, só servem para isso mesmo.

PERGUNTINHA

Nessa loucura do trânsito, que mata mais do que algumas guerras violentas pelo mundo agora, quantas novas vítimas o Brasil vai lamentar outra vez, durante esse longo feriadão de Finados? 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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