Domingo, 31 de outubro de 2010 - 05h35
TODO O PODER EMANA DO POVO
E EM SEU NOME SERÁ EXERCIDO
É o Dia D para o Brasil e para Rondônia, pelo menos pelos próximos quatro anos. Se fossem confiáveis as pesquisas nacionais, se indicaria que Dilma Rousseff está bem à frente de José Serra. Mas a realidade pode ser muito diferente, como se viu, aliás, no primeiro turno, com a grande surpresa da enorme votação de Marina Silva. Serra recuperou terreno e vai bem em vários estados, inclusive Rondônia, onde a previsão é de que repita a vitória registrada no primeiro turno. Já em nível estadual, há muito mais dúvidas do que certezas. Confúcio arrancou melhor no segundo turno, até pela diferença conseguida no tempo inicial das eleições, em 3 de outubro. Na reta final, contudo, o que se vê é um crescimento bastante significativo da campanha de João Cahulla, o que pode embolar o meio de campo e deixar muito mais difícil qualquer prognóstico sobre o resultado final. Quem sentará na cadeira que já foi de Jerônimo Santana, Osvaldo Piana, Valdir Raupp, José Bianco, Ivo Cassol e do próprio Cahulla? O eleitorado rondoniense optará por Confúcio e seus parceiros, muitos deles já com passagem pelo poder, em anos que não vão tão distantes? Ou ficará com Cassol e Cahulla, que querem dar continuidade ao trabalho desses quase oito anos?
Todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido. É o povo que decide, em sua maioria. É o povo que escolhe qual o caminho que ver trilhado. É ele, transformado em eleitor no nosso sistema democrático que diz, nas urnas, qual o projeto que quer ver executado e quem deve conduzi-lo. Neste domingo, a partir das oito da manhã e até às cinco da tarde, o brasileiro de vários estados e os rondonienses de todos os recantos vão responder com seu voto: Dilma ou Serra? Cahulla ou Confúcio? No início da noite, já saberemos quem foram os escolhidos. E todos torcemos que o sejam aqueles que representarem o melhor para o Brasil e para Rondônia
SEM INFLUÊNCIA
Hoje tem mais pesquisa para a disputa ao governo. Ontem, no final da tarde, saiu a última do Ibope. Pelo menos meia dúzia nos últimos dias. Cada uma com um resultado diferente da outra. É para enlouquecer o eleitor. Por isso, o mais correto é ignorá-las. Na hora da urna, quem vota deve escolher aquele que achar o melhor. E não se deixar levar por pesquisas.
ERRARAM MUITO
Neste ano, os institutos menos conhecidos erraram feio, é claro. E os grandalhões também não foram aquela Brastemp. O Ibope em São Paulo chegou perto em Rondônia, no primeiro turno, mas errou muito até na boca de urna em São Paulo. A forma “científica” das pesquisas está se provando inútil. Desse jeito, elas vão acabar caindo totalmente no descrédito.
EFEITO MARINA
No primeiro turno, nenhum – nenhum mesmo – instituto acertou nem de perto a expressiva votação de Marina Silva, do PV. Ela sempre aparecia com um potencial que não ultrapassaria os 12% dos votos válidos. Chegou quase ao dobro, com perto de 20 milhões de votos. Ninguém detectou.
E A MAIORIA?
Em Rondônia, a intenção de voto é calculada em cima de 900, 1.100 ou, no máximo, 1.500 eleitores. Teoricamente, eles representariam todos os segmentos da sociedade e resumiriam o pensamento da população. Não é o que se tem visto. Há uma grande maioria silenciosa que ninguém descobriu ainda para que lado vai. Por isso, decisão certa mesmo só nas urnas.
RESPOSTAS À NOITE
Na corrida pelo segundo turno, Confúcio Moura saiu bem à frente. Agora, ouve-se, Cahulla recuperou muito terreno. Será que esses comentários são reais? Terá o líder do primeiro turno perdido espaço e seu concorrente que quer a reeleição crescido muito? Até que se veja os resultados das urnas, não há como responder a essas perguntas com qualquer margem de segurança.
PRÁ QUE SERVIRAM?
Espera-se que a era dos debates na TV esteja indo para o fim. Tanto em nível nacional, com os presidenciáveis como nos Estados, os debates pouco serviram, até pelo absurdo controle do tempo em perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. Não há debate, na verdade. São mais troca de acusações e conversa jogada fora. E a ditadura do relógio, que não permite que o confronto flua.
SHOW DE ELEIÇÃO
Para quem está lendo o jornal cedinho, ou mesmo para os que acordam mais tarde neste domingo de eleição: corra para ligar o rádio na Parecis FM. Uma grande equipe – Lenilson Guedes, Sérgio Mello, Léo Ladeia, Frota Neto, Adilson Honorato, Sérgio Pires, entre outros – comandada pelo competente Beni Andrade, dá novo show de informações das eleições. Começa de manhã cedo e vai até perto da meia-noite, tudo ao vivo.
OLHANDO PARA O CÉU
Amanheceu chovendo no Estado? Se a resposta for positiva, será ruim para João Cahulla, cujo eleitorado mais interiorano pode deixar de comparecer às urnas. Não choveu e o tempo está ótimo? Pior para Confúcio, que pode perder parte do eleitorado para o feriadão. Então, os dois candidatos também estão de olho nos céus. Literalmente.
PENSAR MUITO
Saia de casa, vá com calma, pense bem, chegue na sua seção eleitoral, pense de novo, vão até a urna, repense. Só então digite seu voto para Presidente da República e para Governador do Estado. Não esqueça, seu gesto de segundos decide seu futuro e da sua gente para os próximos anos. Pense muitas vezes, portanto
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