Terça-feira, 12 de dezembro de 2017 - 21h56
RAIO QUEIMA BOMBA DA CAERD E DEIXA
PARTE DA CAPITAL SEM ÁGUA DESDE O DOMINGO
A queima de uma peça importante para a captação de água, deixou vários bairros de Porto Velho sem abastecimento da Caerd, desde a madrugada do domingo. Se tudo deu certo, a situação normalizou na noite de terça. “A coisa foi séria”, comentou um funcionário da empresa, resumindo o evento. Desde o acidente, durante o temporal de sábado para domingo, quando um raio atingiu em cheio parte do sistema elétrico na área de captação e tratamento da Caerd, equipes tentavam desesperadamente resolver o problema, inclusive com apoio de uma empresa especialista no assunto. Durante a terça, o sucesso do conserto ainda dependia das condições do tempo, porque com chuva ficaria difícil resolver toda a situação. A demora começou no próprio domingo, quando as peças queimadas pelo raio não puderam ser compradas, porque o comércio local estava fechado. Na segunda, tudo foi conseguido e a bomba recomeçou a ser montada. Faltava ainda apoio da Eletrobras, para desenergizar parte do local, para que os técnicos pudessem trabalhar. O acidente da madrugada de domingo, durante o temporal, foi um dos mais complexos a registrados na Caerd, nos últimos anos. O engenheiro Wagner Zacarini, um dos que mais tem dado duro para a normalização dos serviços, disse que resolver o problema foi “uma verdadeira epopeia”. A Caerd estava conseguindo ainda produzir e distribuir metade da água que normalmente é levada para abastecer milhares de casas e prédios em Porto Velho. A empresa espera que até o final desta terça, 100 por cento da água volte às torneiras. Há setores da cidade que já estavam com problemas, como em parte do centro e, com o “acidente atmosférico”, como chamam os técnicos, acabou piorando muito mais a situação.
Numa situação dessas, há que se destacar o esforço da equipe técnica da Caerd em resolver uma situação acidental e de grande gravidade. O que não se compreende é o silêncio sepulcral da direção da estatal e da sua área de (falta de) comunicação. Milhares de pessoas ficaram várias dias sem água, passando enormes dificuldades e a Caerd não veio a público, com informes insistentes, explicar o que ocorreu e, principalmente, quando o serviço seria normalizado. Seus técnicos não podem dar declarações sem autorização explícita do comando. Ruim para todos, inclusive para o Governo, dono majoritário da empresa, porque as críticas da população, muito mal informada ela empresa, desembocam no governador Confúcio Moura e sua equipe. O povo, que fica tentando sobreviver sem água, é desrespeitado duas vezes. A outra é quando se nega ao consumidor, as informações sobre um acidente de proporções tão graves.
SEGREDO DE ESTADO?
Silêncio total. Quanto mais se mexer, menos fede? Por que não há posicionamentos oficiais dos órgãos chamados responsáveis, pela verdadeira Olimpíada das Fugas, dos presídios de Rondônia? O que há de tão complexo, tão incrível e extraordinário neste pacotaço de delinquentes que voltam facilmente às ruas, que a população não deva ser informada, no mínimo para poder se precaver? O novo presídio de Ariquemes é um arremedo. Antes mesmo de ser inaugurado oficialmente, já registrava fugas. O novo Presídio 470, de Porto Velho, é irmão gêmeo nesse contexto. Só no último final de semana, 12 perigosos bandidos saíram na maior tranquilidade. Faltou alguém pedir desculpas a eles por tê-los deixados nas celas algum tempo. Ora, alguma coisa muito grave está acontecendo no sistema prisional rondoniense. Há, como diria o Barão de Itararé, alguma coisa no ar, além dos aviões de carreira. Tantas fugas depois (só no ano passado, a PM recapturou mais de 2.200 foragidos, muitos dos quais já fugiram de novo!) e o que se ouve é apenas um estrondoso silêncio. É algum segredo?
CORRUPTO ANÔNIMO NA RECEITA
Se fosse um político, estava ferrado, crucificado, atirado aos leões. Mesmo que alguma denúncia feita contra ele não tivesse sido confirmada, muito menos de que o processo tivesse transitado em julgado, o sujeito apareceria em todas as notícias, com nome completo, apelido, foto, partido político e textos que ajudariam, sem dúvida, a enterrar de vez a carreira dele, mesmo que lá na frente fosse absolvido. Quem mandou ser político? Mas se fosse um criminoso, aí teria alguma chance de não ser identificado, a não ser pelo primeiro nome. Se fosse então um auditor da Receita Federal, aí sim é que permaneceria no anonimato, mesmo que contra ele se encontrasse todas as provas imagináveis. Ou seja, temos corruptos e corruptos. A mídia não pode publicar o nomezinho do pobre agente da Receita, acusado de receber milhões de reais ilegalmente do grupo JBS. Não que os políticos envolvidos em falcatruas não mereçam a peia que estão levando. Merecem muito mais. Mas o que tem de especial um agente público que se envolve em sacanagem, para ser tão protegido?
OS PEQUENOS TÊM VEZ
Há que se destacar o trabalho incansável do Sebrae rondoniense, em apoio aos micros e pequenos empresários. Os exemplos são tantos que se poderia escrever um livro sobre isso. Mas, escolhendo-se apenas uma área, vale a pena destacar investimentos de mais de 2 milhões de reais, apenas para levar nada menos do que 700 pequenos e micros do nosso Estado, para participarem de missões empresariais, realizadas em vários estados do país. Em suas missões, o Sebrae tem permitido a atualização e possibilitado o contato dos empresários com outras praças, onde, além de realizarem negócios, também conhecem novas oportunidades para crescer. Por isso, levou os empreendedores de Rondônia a eventos como a Fispal Food Service, em São Paulo, e a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte; na Beauty Fair, em São Paulo, da mesma forma que o metal mecânico, com a Feira Automec, sem deixar de registrar, ainda, as missões ligadas ao ramo de hotelaria, franquias e outras áreas. Em Rondônia, o Sabrae é comandado pelo respeitado economista Valdemar Camata Junior.
A VOLTA DO TREM?
A sexta-feira, dia 15, pode marcar mais um grande passo no projeto de revitalização total da Estrada de Ferro madeira Mamoré. Incluindo a volta, num futuro nem tão distante, do trenzinho que fazia o passeio até Santo Antonio, num trecho de trilhos de perto de sete quilômetros. O assunto fará parte da pauta de um debate envolvendo representantes da Justiça Federal, do Ministério Público Federal, da Prefeitura de Porto velho, através da Secretaria de Turismo e de vários outros órgãos. O caso da volta do trem de turismo será uma dos quesitos mais importantes do evento, embora, ao menos por enquanto, o assunto não esteja ainda sendo anunciado publicamente. Há possibilidade de reconstrução do trecho de trilhos da Praça no centro da Capital até próximo a Igreja de Santo Antônio, como era feito quando existia a cachoeira e onde hoje está construída a Hidrelétrica de Santo Antonio, uma das maiores do Brasil e do mundo. Os personagens que irão participar do encontro de sexta vão tratar de várias questões relacionadas com o patrimônio histórico de Porto Velho. Vamos aguardar para ver se, dessa vez, vai sair alguma coisa concreta e menos discursos. Esperemos, pois!
UM CARIOCA E UM MINEIRO
Tem festa do PSB nesta quinta, na Assembleia Legislativa. Iniciativa do deputado Cleiton Roque, dois dos principais nomes do partido, no Estado, serão homenageados. O parlamentar de Pimenta Bueno propôs a entrega de títulos honoríficos de Cidadãos de Rondônia ao carioca Mauro Nazif e ao mineiro Jesualdo Pires, seus companheiros de partido. Nazif é o presidente regional do partido, foi prefeito de Porto Velho por quatro anos e tem uma longa vida pública, com grande destaque principalmente no período em que atuou tanto na própria Assembleia quanto na Câmara Federal. Nazif deve buscar, aliás, novamente uma cadeira no Congresso, na eleição do ano que vem. Jesualdo um deputado estadual atuante e está em seu segundo mandato à frente da sua cidade, Ji-Paraná, com uma aprovação muito acima da média da maioria dos prefeitos brasileiros. Ele pode, aliás, ser o nome do seu partido para disputar uma cadeira ao Senado, em 2018, baseado no sucesso da sua carreira política. As homenagens vão acontecer nesta quinta, dia 14, a partir das três da tarde.
O EXEMPLO DE RONDÔNIA
O dia 26 de janeiro do ano que vem será uma data especial para o funcionalismo. Naquele dia, ainda no futuro, daqui a 43 dias, numa terça-feira, estará na conta dos mais de 50 mil servidores do Estado, o primeiro pagamento relativo a 2018. Todo o calendário de pagamentos de salários para o próximo ano já foi definido pelo Governo, neste final de dezembro. Até o próximo dezembro, o servidor pode se programar, porque saberá que, exatamente no dia marcado, terá seu dinheiro em conta. O pagamento religioso dos salários começou no governo Cassol, depois que, em alguns momentos, os salários chegaram a atrasar em até seis meses. Confúcio não só manteve o depósito religioso dos salários, como criou um sistema de calendário, para que os funcionários pudessem se programar. Neste ano, a administração estadual fecha essa questão com chave de ouro. Na sexta, dia 15, deposita a segunda parcela do 13º salário, já que a primeira foi paga em 30 de junho passado. Sete dias depois, na outra sexta, dia 22, sairá o último salário de 2017. Enfim, com a casa arrumada e organizada, Rondônia dá exemplo para todo o Brasil. Quantos Estados conseguirão terminar o ano com todos os seus compromissos em dia? Menos de uma mão cheia, é a resposta. Rondônia é um destes dedos...
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