Sexta-feira, 8 de julho de 2011 - 06h51
QUASE 15 MILHÕES DE REAIS PAGOS PARA
TRATAR PACIENTES QUE JÁ TINHAM MORRIDO
A saúde pública no pais vai mesmo muito mal. Está sem saída. Não é retórica, é realidade do dia a dia. Hospitais, postos de saúde, centros de atendimento, tudo está muito aquém das necessidades da população. As autoridades tentam desesperadamente encontrar uma saída, maso que se faz é sempre deficiente, transformando o setor no mais cruel sistema de (des)assistência à população, principalmente a mais pobre. Mas dinheiro não falta. O que falta é gerenciamento, falta de vergonha e cadeia. O que falta é coibir a roubalheira, os desvios, a vergonha que não amolece o empedernido coração do criminosos que estão se lixando em ver tanta gente morrer ou jogada nos corredores dos hospitais, país afora. Grandes obras e novos hospitais estão parados, em vários estados. Ou por superfaturamento ou desvios de recursos ou ainda por falta de planejamento, porque a obra está pronta mais não tem equipamentos nem médicos. Os desvios transformam-se em milhões e milhões de reais, que poderiam, se bem aplicados, ao menos aplacar o sofrimento dos que mais sofrem.
Nesta semana, mais uma informação dos absurdos, da roubalheira, da tragédia que assola a saúde pública foi registrada. Descobriu-se que o país gastou nada menos do que 14 milhões e 500 mil reais para pagar tratamentos fictícios de pessoas que já tinham morrido. De junho de 2007 a abril de 2010, golpe chegou a nove mil pagamentos indevidos e outros 860 procedimentos de pacientes que morreram e nem sequer foram atendidos. Desse jeito, não há como resolver a questão. E, como sempre, também nesse caso ninguém foi preso e ninguém foi nem será punido. Some-se o desvio de milhões de reais em recursos públicos sem qualquer ação punitiva e se terá o quadro real do que continua acontecendo com a saúde dos pobres brasileiros. Trágico.
FÁTIMA E MARINHA
Ainda repercute a vista da presidente Dilma Rousseff. Entre os assuntos mais comentados, o grande destaque que ela deu a duas mulheres: a ex-senadora Fátima Cleide e à deputada federal Marinha Raupp. Com relação à Marinha, Dilma fez questão não só de elogiá-la em público, mas tratou a parlamentar de Rondônia sempre de forma carinhosa. Fátima chorou de emoção. Marinha era só sorrisos.
LÁGRIMAS E REJEIÇÃO
Por falar em Fátima, ela saiu do encontro com a Presidente da República certa de que terá o apoio do Palácio do Planalto à sua decisão de disputar a eleição em Porto Velho. Muita aplaudida pelos servidores públicos sempre que citada, Fátima agora terá uma luta complicada: conseguir o aval do atual prefeito, Roberto Sobrinho. E ainda reverter a grande rejeição que tem entre o eleitorado porto velhense.
NIVELANDO POR BAIXO
Destruir o ensino do Brasil, formar incompetentes, desde que saiam aos borbotões das faculdades; nivelar por baixo: essa é a essência da luta dos que não querem que o exame da OAB seja mais realizado. Tem explicação. Nove em cada dezs que realizam a prova, são reprovados país afora. Em Rondônia também.
O PAÍS PERDE
Então, o que querem é que os medíocres, que saem de faculdades que funcionam nas coxas, só de olho no dinheiro, encham o mercado de advogados despreparados. A grita é grande. Se a OAB não bater pé, vai perder a parada. Os que querem tudo na moleza não vão aceitar perder a parada. Quem vai perder é o Brasil.
PRIMEIRÃO
A corrida às Prefeituras começou definitivamente. Já há pelo menos um pré-candidato oficial no Estado. Trata-se de Leomar Patrício, vereador de Machadinho do Oeste. Ele foi escolhido em reunião do seu partido, o PT, dias atrás. Quando começar a campanha prá valer, Leomar já estará nas ruas, com tudo pronto.
SANGUE NAS RUAS
Continua a carnificina no trânsito de Porto Velho. Principalmente vitimando motoqueiros. No último final de semana, dos 360 atendimentos no João Paulo II, 81 foram de vítimas no trânsito e 95% envolvendo pilotose caroneiros de motos.
É O CAOS!
Os dados assustadores se repetem todas as semanas. Só nesse mês de junho, em torno de 350 pessoas ficaram feridas nas ruas e rodovias do Estado. No último final de semana, mais de 35 cirurgias, 90% foram de vítimas de acidentes. Os números não mentem. A situação está prá lá de caótica nas ruas da Capital e em várias cidades do Estado.
CENSURA: DOIS ANOS
Faltam 25 dias para que se completem dois anos da volta da censura ao Brasil. Determinada pela Justiça. O jornal O Estado de São Paulo, durante todo esse período, não pode publicar matérias contando suspeita de maracutaias do filho do senador José Sarney. E, em dois anos, se ouviu poucos protestos contra esse atentado praticado por um juiz contra a liberdade de imprensa e contra a Constituição.
MAIS QUE O DOBRO
A transposição dos servidores do ex Território Federal foi assinada, mas a verdade é que pairam muitas dúvidas ainda. Um grupo de estudos vai tratar caso a caso. Há situações em que valerá a pena passar para o quadro da União, mas em muitos outros não, porque haveria perda salaria. Coronéis da PM, contudo, já comemoram. Vão receber mais que o dobro do que hoje o recebem do Estado.