NÃO SE DEVE SUBESTIMAR OS DONOS
DE TUDO. ELES SÃO MESMO CRIATIVOS
Não se pode subestimar a criatividade dos poderosos de plantão, quando o tema é manterem-se no poder a qualquer custo, sob o disfarce de que são democratas até debaixo d´água. Pois essa turma, composta na maioria por dirigentes e membros importantes dos grandes partidos, quer empurrar goela abaixo do país um novo sistema de votação, uma tal de “lista fechada”. Funcionaria mais ou menos assim: o eleitor perderia o direito de votar no seu candidato preferido. Votaria só no partido. E o partido, internamente, escolheria quem seriam os eleitos. Tudo acertado internamente, tudo fechadinho, tudo produzido e apresentado como se fosse um avanço democrático, quando na verdade, na vida real, se retornaria ao tempo das capitanias hereditárias. Com famílias poderosas e milionárias tomando conta dos partidos políticos, elegendo-se e aos seus durante o resto da vida. Não é possível que a gente de cale ante tamanho absurdo como esse. Mas o pior é que, no torpor em que estamos vivendo, descrentes de tudo, acabemos só sabendo da vilania quando ela estiver implementada.
O mesmo pode se dizer sobre o financiamento público das campanhas. Fala-se nele como se fosse acabar com a corrupção e com o caixa 2. Claro que isso não acontecerá, porque, afinal, estamos no Brasil, um país onde a classe política, no geral, virou as costas para o povo, para a ética, para o patriotismo. Nós todos bancaremos as campanhas e o caixa 2 continuará funcionando normalmente. Portanto, para quem não quer entregar o país nas mesmas mãos – e geralmente as piores – por longas décadas, é bom deixar a leniência e começar a berrar. Não às listas fechadas de candidatos. Não ao financiamento público das campanhas. Está muito ruim como está, mas não devemos deixar piorar ainda mais.
PARADA GAY
Neste domingo tem mais uma Parada Gay em Porto Velho. Homossexuais e simpatizantes vão às ruas novamente para festejar, mas também para reivindicar. Leis que protejam as minorias e que considerem crime a homofobia estão entre as principais exigências dos grupos gays brasileiros. Projeto de lei nesse sentido, proposto pela ex-senadora, a rondoniense Fátima Cleide, parece que caiu no esquecimento, no Congresso.
SEM VENENO
Meio da semana, no sítio de uma alta autoridade, confraternizavam membros do governo do Estado – comandados pelo chefe da Casa Civil, Ricardo de Sá -, pelo menos quatro deputados estaduais e alguns jornalistas convidados. Conversa boa, comida ótima e nada de veneno que a política geralmente traz. Foi encontro só para colocar a conversa em dia. Outros virão.
SUPER TURBINA
Nesta semana, o consórcio responsável pela hidrelétrica de Santo Antônio começou a instalar uma das muitas turbinas gigantes que vão gerar energia a partir do rio Madeira. A peça pesa mais de 250 toneladas. Coisa de doido. A Santo Antônio vai começar a operar ainda este ano, muito antes do previsto para a gigantesca obra.
DINHEIRÃO
Ivonete Gomes, no site Rondoniagora, um dos mais acessados do Estado, conta que os salários dos nossos deputados estaduais andam nas alturas. Muito acima do teto máximo permitido pela legislação. É assunto levantado pela jornalista que vai render muito pano pra manga, daqui para a frente.
PENDURICALHOS
O assunto está quente depois que se descobriu, no Senado, uma grande quantidade de autoridades – incluindo seu presidente, José Sarney - recebendo, no fim do mês, muito, mas muito mais que os cerca de 27 mil, teto máximo para um servidor, incluindo o Presidente da República. Quilos de penduricalhos, como verbas extra salários, transformaram o teto máximo no verdadeiro teto mínimo.
FORMIGA
Enquanto o deputado estadual Zequinha Araújo continua indeciso se vai ou não disputar a Prefeitura de Porto Velho, em 2012, o deputado federal Lindomar Garçon trabalha como formiga e em silêncio, como mineiro. Desse jeito, nas próximas pesquisas, poderá chegar muito perto de Zequinha, hoje líder disparado nelas.
GUERRA CONTINUA
Dá pena ver o governo do Rio e o próprio governo federal alardearem que as “unidades pacificadoras” nas favelas (nome proibido, porque hoje só vale o pomposo apelido de “comunidades”), está resolvendo o problema da violência na mais linda cidade do Brasil. Na vida real, a guerra civil continua sanguinária. Só na propaganda oficial é que a coisa melhorou.
BRIGA FEIA
Está feia a coisa para a Caerd em Ji-Paraná. Muiita gente quer a municipalização, alegando que a estatal não investe na segunda maior cidade rondoniense. Até o deputado Jesualdo Pires, principal nome na relação de pré-candidatos à Prefeitura da cidade, já abriu seu voto e protesta contra a Caerd. Fez duro pronunciamento na Assembleia, essa semana, sobre o assunto.
PERGUNTINHA
Para irritar as demais torcidas: você sabia que o Inter gaúcho conquistou 12 títulos em seis anos e pelo menos ganhou uma disputa internacional por ano desde 2006?
Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)