SE ELEITOR NÃO MUDAR ? Por Sérgio Pires

SE ELEITOR NÃO MUDAR,
NADA TERÁ VALIDO A PENA NESSA NOVELA!

Termina uma novela cheia de repetições, lamentos, mentiras, traições, mas, para gáudio do povo brasileiro, com final feliz. Livramo-nos, ao menos temporariamente, dos boliviarianos. Temporariamente, apenas. porque eles virão com tudo, outra vez, cheios de ódio, como demonstrou Dilma na sua despedida,  tentando impor sua ideologia ultrapassada, ditatorial, berrando em defesa da democracia que só existe quando serve a eles e a seus interesses. Quem não concorda com as loucuras deles; com o avanço no dinheiro público a serviço apenas de quem é “cumpanhero”; com o desrespeito às leis, à propriedade, às maiorias, aí é ditador. As cenas lamentáveis a que assistimos, no Senado, com a ex Presidente Dilma Rousseff se dizendo vítima de golpe, depois de falar livremente por quase 12 horas; dizer o que bem entendesse e, outra vez, só falar em derrocada da democracia, sabendo que todos os passos democráticos foram dados para tirá-la de um cargo para o qual ela é incompetente para sequer passar perto, retrata bem o pensamento petista e de seus aliados. Estamos livres, por algum tempo, de Dilma, Lula e de todos os outros que tentaram empurrar goela abaixo uma ideologia superada, doentia, que sacrificou milhões e milhões de pessoas na História e que, em benefício próprio apenas, ainda há quem a defenda.

Infelizmente, o resultado final não vai mudar muita coisa, em relação ao povo brasileiro. Porque, assim como tiramos Dilma pela via democrática, ela chegou onde chegou, com demagogia, engodo, conversa fiada, incompetência, não  apenas por suas próprias forças. Ela foi colocada no poder pela via democrática, eleita pela maioria (embora muito pequena) dos eleitores. Então, é bom que se diga: se o impeachment de Dilma servir para mudar o eleitor, para ensiná-lo a escolher corretamente; para não ser enganado por aventureiros da política, tudo terá valido a pena. Se não, foi, como diria o poeta, a novela foi  apenas um abrigo ilusório dos viajantes.

O MEDO DO PT

O medo que o PT e os petistas causam na maioria dos políticos ficou claro, nessa quarta, quando parte dos senadores, apoiados por uma inacreditável benevolência do ministro Lewandowski, cassou Dilma foi crime contra o país, mas manteve os direitos políticos dela. Há quem diga que são coisas diferentes: nem sempre a cassação mereceria perda dos direitos políticos. Conversa fiada! Que se mostre, no regime democrático, qual caso em que uma autoridade perdeu seu mandato e ficou com seus direitos políticos intocáveis. O Senado se encagaçou (com o perdão do termo chulo), ajoelhando-se ante uma ex Presidente que representa um grupo rancoroso, raivoso, que quer impor suas crenças goela abaixo da maioria dos brasileiros. Fernando Collor de Mello, que foi extirpado do cargo pelos petistas e que não teve perdão (ficou oito anos sem poder exercer sua cidadania), é uma pequena vítima, ante esse grupo que quase destruiu nosso país, mas que ainda saiu arrotando mentiras. E o Senado abriu as pernas, com medo. Lamentável!

FILAS DESNECESSÁRIAS

A Prefeitura da Capital avisou que iria cadastrar famílias para se habilitarem a 2.500 casas populares ainda a serem construídas. Foi o que bastou para que centenas de pessoas formassem uma enorme fila próximo ao Bingool, no centro, para tentarem chegar primeiro e conseguir a sua casa. Um grande número dos pretendentes à moradia, acamparam no local. Tudo desnecessário. As inscrições serão feitas com calma e não para os primeiros. Depois de conseguir uma senha, a pessoa, para se habilitar, terá que comprovar seus rendimentos e muitas outras informações. Todas essas informações foram detalhadas na mídia, durante vários dias. O problema é que aqui é Brasil, onde o povo não entende as explicações e padece em filas e noitadas não dormidas, sem qualquer necessidade. Dessa vez, a Prefeitura não tem culpa...

FOFOCAS IDIOTAS

O brasileiro comum está ficando cada vez pior. Adora fofocas e notícias de celebridades, mas acaba fazendo de conta que as grandes tragédias não o afetam. Nessa semana, as redes sociais bombaram com a notícia da separação do casal William Bonner e Fátima Bernardes, apresentadores da TV Globo. No mesmo dia e no meio Rio de Janeiro, um pai de família, desesperado, matou a mulher, os filhos e se matou, por causa da crise econômica. Ninguém deu bola, a não ser os vizinhos da família, desesperados e os amigos. Vivemos numa tal violência e na decadência cultural e moral, ouvindo porcarias de músicas e semianalfabetos discursando, que perdemos o rumo do que realmente é importante. Lamentável!

SOMOS 206 MILHÕES EM AÇÃO

Já somos 1 milhão e 790 mil habitantes. Rondônia cresce também em níveis populacionais. Os números oficiais são do IBGE, que aponta que o Brasil tem hoje 206 milhões e 81 mil moradores. Os mais velhos se lembram que, há 46 anos atrás, éramos menos da metade desse povaréu todo. Na Copa de 1970, quando fomos tricampeões mundiais com Pelé, Tostão, Rivelino e Companhia, cantávamos, “são 90 milhões em ação, pra frente Brasil, do meu coração”. Menos de meio século depois, temos 116 milhões a mais, conforme o IBGE. Nosso crescimento demográfico poderia ter sido muito maior, ainda, se as famílias não tivessem começado o diminuir exatamente entre os anos 70 e 80, diminuindo ainda mais de lá até agora...

LAVANDO AS MÃOS

A campanha em Porto Velho não tem jeito de esquentar. O povo parece estar distante da disputa. A pesquisa do Ibope aponta que mais da metade do eleitorado da Capital não tem ideia em quem vai votar daqui a pouco mais de um mês. É um erro grave. Escolher o Prefeito e escolher bem, é o melhor caminho para começar a se resolver os graves problemas da cidade. Lavar as mãos, não participar, fazer de conta que não se interessa por política ou por políticos, apenas enseja que uma minoria decida e faça a sua escolha, mesmo que a faça de forma errada. Quanto menor a participação, quanto maior a abstenção e os votos em branco, menos chance da maioria escolher aquele que considera como o melhor para ser escolhido. E isso pode ser trágico para toda a coletividade,

PERGUNTINHA

A propaganda política que você está assistindo na TV e ouvindo no rádio é que vai decidir o seu voto ou você já sabe, com clareza, em quem vai votar para Prefeito?