Segunda-feira, 16 de julho de 2018 - 20h13
Ele chegou na hora certa no lugar certo. Chagas Neto era um jovem engenheiro, cheio de planos, sonhos e projetos. Queria ajudar a construir uma terra nova e a encontrou, num Estado que estava prestes a surgir, embora a mais de 3 mil quilômetros da sua cidade natal, no interior do Ceará. Aqui Chagas não fez outra coisa a não ser construir. E foi com seu trabalho que começaram a surgir inúmeros conjuntos habitacionais, que deram casa própria, no início dos anos 80, a bem mais do que 20 mil famílias. Vários bairros de Porto Velho surgiram pelo esforço dele. Milhares e milhares de pessoas ganharam seu teto, a preços populares ou até de graça, pelas mãos dele, que só sabiam construir. Construía casas e amizades. Foi um dos empresários mais populares de Rondônia, até ingressar na política, onde, pelo voto popular, tornou-se um dos brasileiros que chegaram ao Congresso Nacional para formaram o parlamento responsável pela nova Constituição. Das mãos dos parlamentares – Chagas entre eles – surgiu a nossa Constituição de 1988, que recém completou seus 30 anos. Na vida pública ou na atividade privada, nunca houve qualquer desabono ao nome de Chagas Neto. Pelo contrário, suas imensas realizações, sua contribuição inegável ao jovem Estado de Rondônia, que cresceu a partir do início da década de 80, sempre se balizaram pela decência, pela probidade, pelo respeito à população. Foi um rondoniense do Ceará ou um cearense de Rondônia, que honrou e orgulhou sua família, seus amigos, seus companheiros de luta, enfim, todos aqueles que o acompanharam por tantos anos, sempre se destacando em qualquer atividade que punha as mãos.
Recentemente, depois de tantos pedidos e pressão dos amigos, ele decidiu voltar à vida pública. Estava se preparando para entrar na campanha para buscar uma cadeira da Assembleia Legislativa. Não havia, entre aqueles que o conheciam, que sabiam da sua história, da sua obstinação pelo trabalho e pelas causas públicas, dúvida alguma de que ele seria vitorioso, como sempre o foi. Como o foi, nesse pacote de grandes ações, sua atuação na condição de presidente do Conselho de Administração da Federação das Indústrias do Estado, a Fiero, sua última atividade pública, entre tantas que cumpriu com sucesso. No anoitecer desta segunda, Chagas Neto nos deixou. Rondônia fica mais triste e mais pobre, ao perder um personagem como ele. Mas, por outro lado, essa terra pode se considerar abençoada, por ter atraído para cá tanta gente boa, gente do nível do querido e inesquecível Chaguinhas. Ele fará falta a todos, mas certamente o que nos deixou sempre será lembrado. Porque, antes de ir, só nos deixou coisas boas...
REVEJA A ENTREVISTA DE CHAGAS NETO NO PROGRAMA DIRETO AO PONTO
APRESENTADO PELO JORNALISTA SÉRGIO PIRES, NA SICTV:
O RACHA AGORA É OFICIAL
O MDB, maior partido do Estado,
está rachado, pelo menos na disputa pelo Senado, entre Confúcio Moura e
Valdir Raupp. Explodiram no final de semana, gravações de telefonemas
feitos por Confúcio a amigos e partidários, com duras críticas a Raupp e
ao presidente do partido, Tomás Correia, chamando-os de traidores e
outras expressões agressivas. A crise se instalou. Confúcio afirmou que
tentou conversar com os dois, mas nas conversas foi informado de que a
escolha dos nomes do partido ao Senado, será feita no voto dos
convencionais, ou seja, a tendência é de que caiam drasticamente as
chances de Confúcio, num diretório onde Raupp domina a maioria há anos.
Confúcio, fora do governo e sem tempo hábil para trocar de legenda,
ficou sem ter para onde correr. Se for para a disputa no voto, dentro do
diretório, há muita gente que diz que suas chances são muito pequenas
de derrotar o grupo raupista. Terá que se conformar, ao que tudo indica,
com uma candidatura à Câmara Federal. Ou ficar sem mandato algum, o que
lhe poderia causar imensas dores de cabeça. A| situação, nesse início
da segunda semana de julho é esta.
FALTA A DECISÃO DE EXPEDITO
O
quadro da corrida ao Governo começa a se clarear, embora ainda possa
haver mudanças, em função de negociações políticas ou de decisões da
Justiça Eleitoral. Estão postadas as candidaturas de Maurão de Carvalho,
Acir Gurgacz, José Jodan (o homem de Jair Bolsonaro em Rondônia), do
professor Vinicius Miguel, da Rede de Marina Silva e do representante do
PC do B, o advogado Jackson Chediak. Ao que tudo indica, Daniel Pereira
ficará mesmo fora do páreo. Agora, para fechar o quadro, falta apenas a
definição de Expedito Júnior. Ele tinha dito que após o final da Copa
do Mundo, anunciaria sua decisão. Tudo estava caminhando para o anúncio
de um Frentão de pelo menos onze partidos a apoiá-lo. O quadro, contudo,
mudou, depois que Ivo Cassol anunciou que só manteria o aval ao grupo,
caso fosse garantida uma das vagas ao Senado para Carlos Magno. No
Frentão, já estava acertado que os nomes do grupo ao Senado seriam os de
Marcos Rogério (DEM) e do vereador e Pastor Edésio Fernandes (PRB). Com
a exigência de Cassol, o que estava decidido não está mais. As novas
conversas estão em andamento. Expedito ainda não confirmou quando se
decidirá sobre o assunto.
SÓ SEIS POR CENTO
O
número de pré candidatos à Assembleia Legislativa, já passou das três
centenas. Há quem diga que, dependendo dos cálculos e do número de
partidos que lançarão seus nomes, o total pode chegar a mais de 400.
Desses, apenas 6 por cento ocuparão as 24 cadeiras disponíveis no
parlamento rondoniense. De todas as cidades, ex prefeitos, vereadores,
profissionais liberais, taxistas, comerciantes, dirigentes de entidades
de bairro, sindicalistas, figuras com algum tipo de popularidade e
muitos com aqueles apelidos horrorosos, que aparecem em todas as
eleições, sonham em sentar no parlamento e representar o povo
rondoniense. Para se ter ideia, só em Porto Velho, dos atuais 21
vereadores, pelo menos 15 estão se postando ainda como pré candidatos.
Na reta final, não menos que dez confirmarão essa intenção. Na última
eleição para a Assembleia rondoniense, a renovação superou os 70 por
cento. Apenas oito dos parlamentares antigos renovaram seus mandatos. Na
atual legislatura, a qualidade do parlamento melhorou bastante, mas
pode haver novamente um índice de renovação bastante alto, algo em torno
de 50 por cento. Vamos esperar para ver o que as urnas vão dizer...
MORRENDO POBRES, EM CIMA DA RIQUEZA
As
autoridades vivem anunciando que os garimpos ilegais, dentro das áreas
indígenas no Estado, não existem mais. Claro que é um anúncio
extremamente otimista, já que a realidade desmente isso facilmente.
Todos os dias, basta ir ao aeroporto internacional da Capital para ver
quantos estrangeiros chegam nos diversos voos e se dirigem para várias
áreas do Estado, por coincidência aquelas em que há nossas maiores
riquezas, intocadas para os brasileiros, mas de fácil acesso para
contrabandistas. Dias atrás, fli realizada mais uma operação da Polícia
Federal e Ibama, tanto de Rondônia quanto do Mato Grosso, nas áreas
indígenas, incluindo a dos nossos índios Cinta Larga, na Reserva
Roosevelt. Em todas elas havia equipamento pesado, retirando da terra
milhões e milhões de reais de nossas riquezas. Até helicópteros foram
utilizados na operação. Foram destruídas máquinas e equipamentos de
grande porte (daqueles que não existiam nessas áreas, segundo as mesmas
fontes oficiais). Claro que ninguém foi preso. Os “defensores” dos
índios e nossa legislação burra e criminosa, preferem ver nossos índios
morrerem e fome e doentes, mesmo sentados em cima de fortunas, das
riquezas naturais que a eles também pertencem, a vê-los usufruir de uma
vida muito melhor. É a ideologia que decide também sobre a vida e a
morte dos índios. Um horror!
TRÂNSITO E CRIMES: VIOLÊNCIA SEM FIM
Outro
final de semana sangrento no Estado. No trânsito, num só acidente, três
pessoas morreram. Um casal numa das camionetas. Outra pessoa, em outra.
Bateram de frente. Por trás de tudo, a alta velocidade. Na BR 364, em
outra ocasião, a Polícia Rodoviária Federal flagrou motorista andando a
178 quilômetros por hora, em locais onde a velocidade máxima permitida é
de 60 quilômetros. Um segundo condutor, multado, estava a 168
quilômetros de velocidade no mesmo trecho. Qual a chance de
sobrevivência numa colisão a essa velocidade? Todos sabemos a resposta. A
polícia registrou ainda pelo menos 20 detenções de motoristas dirigindo
bêbados e que caíram na Lei Seca. Outras dezenas passaram incólumes,
por terem escapado das blitz. Tem solução um trânsito matador, onde os
motoristas irresponsáveis são causadores de 95 por cento dos acidentes?
Mas o sangue rolou também na extrema violência em que estamos vivendo.
Uma diretora de posto de saúde, no distrito de Triunfo, em Candeias, foi
assassinada a tiros, covardemente. Em Ji-Paraná, um marido deu um tiro
na cabeça da esposa, matando-a na hora. Como não é besta, tentou se
matar, mas com um tiro no peito, numa área não letal. Não atirou na
cabeça, porque isso sim, o matéria, certamente. Vários outros
assassinatos e tentativas de morte foram registrados. A sociedade já se
habituou a tudo isso, lamentavelmente.
MONA LISA E OS FRANCESES
Mona
Lisa usou a camiseta da Seleção da França, no Louvre. Uma montagem,
claro! . Mas cantora americana Byoncé também a usou, de verdade,
comemorando. Os franceses e seus jogadores de origem africana, filhos de
imigrantes e a maioria nascida no seu novo país, ainda comemoram o
bicampeonato mundial de futebol, um dos mais belos e com melhor
organização das últimas décadas, na Rússia, de Vladimir Putin. Aliás,
uma nova Rússia, mostrada ao mundo, que valeu a pena conhecer! Um país
de 17 milhões de quilômetros quadrados (mais que o dobro do Brasil), com
dezenas de etnias, idiomas e uma história riquíssima, além de belezas
naturais inacreditáveis. No campo, nós, brasileiros ficamos novamente
pelo caminho, embora, dessa vez, mais por azar do que por qualquer outro
motivo. Um pouquinho mais de sorte e teríamos ido bem mais longe, como o
foi a Croácia, que teve grandes vitórias, competência e dedicação, mas
que chegou à final muito mais na sorte do que qualquer outro quesito. A
Copa ficou em ótimas mãos, porque os franceses foram competentes e
tiveram excelentes jogadores. Nem sempre há, mas dessa vez houve
justiça. Vive La France!
PERGUNTINHA
Agora que
terminou a Copa do Mundo, será que nosso país vai se voltar para
resolver seus problemas reais ou ficaremos torcendo para que chegue logo
2022, apenas para vivermos, de novo, em função do sonho do Hexa?
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