Domingo, 19 de junho de 2011 - 08h22
A CULPA MAIOR NÃO É DA JUSTIÇA, MAS DE
QUEM FAZ LEIS PARA PROTEGER A BANDIDAGEM
Os casos escabrosos se espalham Brasil afora, dando à sociedade uma sensação de abandono e inversão de valores. Os noticiários da TV já ocupam grande espaço com informações sobre violência, crimes sem fim, ataques a homens, mulheres, jovens e crianças, dentro e fora de suas casas. E sempre com o mesmo triste fim. Mortos, feridos, aleijados e famílias destruídas, de um lado. De outro, bandidos sorridentes, saindo livres, utilizando os inúmeros recursos legais e sempre acompanhados de bons advogados são presos e horas depois estão nas ruas de novo. Até que saia nova decisão judicial que os mande prender. Têm tempo de sobra para desaparecer e continuar o mesmo ciclo de matança, de ataques a pobres inocentes, de uma sucessão interminável de atos violentos. Os casos são terríveis e colocam a população em uma situação em que não sabem a quem recorrer. Um deles: um homem, no Rio, invadiu a casa da ex-namorada, atirou na sogra, colocou fogo na casa. Apresentou-se à polícia, negou o crime, apenas isso e um juiz mandou soltá-lo. A família vitimada está em desespero, porque sabe que o criminoso vai voltar. O magistrado cumpriu a lei, apenas. Não enxergou um palmo à frente. Não pensou em proteger as vítimas. Decidiu apenas pelo direito do bandido.
E é isso que tem ocorrido em cada recanto do Brasil. Os juízes têm razão, porque não podem extrapolar a lei. Mas há casos em que nem o bom senso guia mais as sentenças. Parece que os juízes encheram o saco de ser responsabilizados pela impunidade, quando os verdadeiros culpados estão no Congresso Nacional. É lá que essas leis tenebrosas são feitas. É lá que deveriam ser mudadas. Não são e não o serão, porque, ao menos é o que parece, proteger bandido é a grande missão da grande maioria dos nossos parlamentares.
AGORA É PESSOAL
Antes era apenas confronto político. Agora passou para a questão pessoal. A questão dos duros ataques do deputado petista José Hermínio Coelho ao seu companheiro de partido, Roberto Sobrinho, vai acabar na Justiça. Sobrinho já anunciou, em nota oficial, que aceita críticas à sua administração mas não ofensas pessoais. Ainda mais vindas de um membro do seu partido. A coisa vai engrossar.
CONFRONTO ABERTO
Como pano de fundo, a sucessão municipal de 2012. Hermínio, que se depender da maioria do diretório petista dominado pelo grupo de Sobrinho jamais será candidato à sucessão do atual prefeito, partiu para o confronto aberto. O que pode acontecer é que ele esteja pensando em outra alternativa fora do seu atual partido. Quer ser candidato e está preparando o terreno.
VAI DAR CASAMENTO?
Enquanto isso, o namoro político entre o prefeito da Capital e o governador Confúcio Moura está perto da fase do noivado. Os dois trabalham juntos. Lançam projetos em dupla. E anunciaram verba de 100 milhões de reais para aplicação em projetos sociais, dinheiro vindo das usinas. Depois do novo hospital e de outros avanços, a dupla prepara mais novidades para breve.
NOVO SALTO
O setor imobiliário de Porto Velho, que já está aquecido há longo tempo por causa das obras das hidrelétricas, vai dar novo salto. O Festival da Casa Própria, realizado na semana passada, vai colocar no mercado local mais de 160 milhões de reais em novas habitações. Quase duas mil famílias serão beneficiadas. A construção civil vai de vento em popa.
PRIMEIROS 20 ANOS
Nesta segunda-feira, a TV Candelária, afiliada à Rede Record, faz festa para comemorar seus 20 anos e o pioneirismo em TV digital no Estado. Alexandre Raposo, presidente do Record deve estar presente. Autoridades e convidados especiais se encontram, hoje à noite, na sede da empresa, comandada pelo empresário Everton Leoni (Vídeo AQUI), que está à frente do maior grupo de comunicação do Estado, neste momento.
COBRANÇAS FUTURAS
A renúncia ao mandato do vereador Chico Caçula, condenado por pedofilia, aparentemente acaba com um processo de grande desgaste perante a opinião pública na Câmara de Vereadores de Porto Velho. Embora legalmente não pudessem cassar o colega, ficou patente o espírito de corpo da maioria dos membros da Casa, que se calaram ante o triste episódio. Lá na frente, o povão vai cobrar...
ROLO GRANDE
O caso da perda de mais de 600 milhões do ICMS das usinas do rio Madeira é a nova dor de cabeça para o Governo do Estado. A isenção de taxação sobre os equipamentos adquiridos para a obra chegou ao público nesta semana. E vai longe. O caso é complicado, complexo e há necessidades de esclarecimentos.
SÓ UMA META
A classe política já está novamente em ebulição.É que 2012 está cada vez mais perto e está chegando a hora da escolha dos candidatos às Prefeituras. Os nervos começam a ficar a flor da pele. A proximidade das urnas é o que mais mexe com quem vive em função da próxima eleição. Em todo o país.
PERGUNTINHA
A presidente Dilma vem mesmo ao Estado para assinar a PEC da Transposição ou teremos novos adiamentos “por problemas de agenda”?