Sábado, 12 de maio de 2018 - 18h54
QUATRO MIL CASOS DE AGRESSÃO CONTRA
MULHERES (SÓ EM PORTO VELHO), NO ANO PASSADO
Uma agressão a cada duas horas. Mais de 4 mil registros de algum tipo de violência, apenas em Porto Velho. Crescimento de um ano para o outro de mais de 103 por cento. Histórias de crueldade, violência desumana, tratamento animalesco, repetidas vezes e, quase sempre, dentro de casa. Mais de 70 mortes nos últimos dez anos. Todas as vítimas tinham entre 15 e 25 anos. E isso que só uma parcela do total dos casos chega ao conhecimento das autoridades. Rondônia de posiciona como um dos piores estados do Brasil em relação aos ataques contra as mulheres. Pior que nós, apenas as estatísticas de Roraima, Goiás e Mato Grosso. A Lei Marinha da Penha ajudou, mas não resolveu. Maridos/bandidos, covardes, continuam praticando todos os atos possíveis de violência contra suas companheiras, como num caso em que um desses celerados, que está preso, torturou sua mulher durante anos, até quebrar os dentes dela com um martelo e arrancá-los com uma alicate. Um animal desses merece alguma complacência? O procurador Héverton Aguiar, nome nacional do Ministério Público, tem se destacado em Rondônia por sua atuação na Promotoria da Violência Doméstica e Proteção à Mulher e tem feito o que pode para que os números pornográficos da violência contra elas diminuam. Não é uma voz solitária, mas ele mesmo reconhece que há um longo caminho para que a situação melhore e que maridos e companheiros, agressores contumazes, comecem a tratar suas mulheres como seres humanos.
Há muitos anos essa situação persiste. Não é só o machismo que pode explicar todas essas estatísticas que só aumentam. Muitos psicopatas transformaram suas companheiras em mote para carregar sua violência nata e suas frustrações. Outros continuam cometendo os mesmos crimes todos os dias, porque a mulher, fragilizada, pobre, sem uma profissão definida, sem chance de sobreviver sozinha, tem que se sujeitar a todo o tipo de agressões verbais, injúrias e agressões físicas. E há ainda um outro tipo de agressor: o que se torna violento quando está bêbado ou drogado. Esses, covardes, jamais se tornam violentos para enfrentar alguém como eles, mas se especializaram em brutalizar suas companheiras. Mais leis rigorosas. Mais meios de proteção à mulher agredida. Mais cadeia, penas maiores e sem direitos a benefícios legais para esse tipo de criminoso, ajudaria muito. Pobres mulheres. Além de tudo o que passam em termos de preconceito, ainda têm que se tornar sacos de pancadas de psicopatas que com elas convivem. É uma tragédia diária em Rondônia. E no Brasil, onde uma mulher é espancada a cada dois minutos.
O MDB ESTÁ PRONTO PARA OUTUBRO
O MDB deu uma grande demonstração de força neste sábado, quando reuniu uma pequena multidão na casa de show Talismã 21, para oficializar, mais uma vez, que tem chapa pronta para a eleição de outubro. Quem tinha dúvida, não deve ter mais. Maurão de Carvalho foi ovacionado como o pré candidato do partido, que vai liderar uma coligação de pelo menos uma dúzia de siglas, ao Governo do Estado. O ex governador Confúcio Moura e o senador Valdir Raupp formarão a dupla para concorrer as duas cadeiras ao Senado. Tanto para a Câmara Federal quanto para a Assembleia, o partido terá uma nominata daquelas com algumas das mais importantes lideranças do Estado. Destaque também no encontro foi o governador Daniel Pereira, que fez um discurso em que demonstrou grande gratidão a Confúcio Moura e não poupou elogios a Maurão de Carvalho. Falou como se não fosse candidato ao Governo. Só não o será se o senador Acir Gurgacz, do PDT, aliado do seu PSB, não puder concorrer. O PDT, aliás, realizou encontro também muito prestigiado, em Ariquemes. Os emedebistas andam falando com otimismo, porque acreditam que Maurão repetirá a vitória de Confúcio Moura. Os planos, agora, precisam ser combinados com o eleitor...
O INFERNO É EM CANDEIAS
A reportagem da SICTV/Record descobriu, na zona rural de Candeias do Jamari, algo que parece inacreditável. O repórter Paulo Besse, mesmo experiente, voltou assustado. Ele mostrou, em matéria divulgada nos telejornais da emissora, que de 137 famílias, 100 delas já foram assaltados. O índice é de 73 por cento de todos os moradores que já foram atacados por bandidos violentos e cruéis. Deve ser um dos maiores índices de violência em todo o país. O local, chamado de Paraíso das Acácias, de paraíso não tem nada. Tem de inferno. Os bandidos, atacando com violência, fazem as famílias de refém, agridem, ameaçam de morte e saem tranquilamente. Nenhum entre a centena de crimes foi esclarecida até agora. Num dos últimos casos, uma mulher que ganhava a vida fazendo pão para vender, foi atacada dentro de casa. Ela tem 52 anos e morava no local com sua mãe, de 82. Quatro bandidos atacaram, amarraram as duas, deram coronhadas, ameaçaram de morte e levaram tudo o que puderam. As duas, traumatizadas, abandonaram a propriedade e se mudaram para Candeias. O distrito, localizado a pouco mais de 25 quilômetros do centro de Porto Velho, está entregue nas mãos dos bandidos. Não se compreende como, com tantas ocorrências, a polícia ainda não tenha elucidado pelo menos um dos 100 casos. E isso que o governador Daniel Pereira disse que a segurança pública seria prioridade nos seus poucos meses de governo. Cadê a polícia?
CAERD: RISCO CALCULADO
A decisão de colocar o controle da Caerd novamente nas mãos de sindicalistas, é um risco calculado pelo governo Daniel Pereira, até porque, a curto prazo, não havia outra solução. Foi o Sindur e seus dirigentes que, no passado, ajudaram a destruir a empresa, na desastrosa gestão compartilhada, onde a maioria dos diretores, ligados ao PT na época, optou por encher os próprios bolsos, ao invés de manter a empresa viável. A escolha do petista e ex vereador de Pimenta Bueno, José Irineu Cardoso Ferreira, pode parecer arriscada, mas não havia outro caminho. Embora os sindicalistas tenham sido parceiros ativos na destruição da Caerd, o momento é diferente. Eles não têm mais, por trás, a força do PT e do seu ativismo. Estão assumindo uma estatal falida – que eles ajudaram a falir – mas, ao menos, dessa vez assumiram compromissos públicos de que as coisas serão diferentes. Conseguirão ter sucesso? Dificilmente, até porque estão assumindo praticamente uma massa falida. Mas se ao menos conseguirem manter a Caerd em pé até regularizar o pagamento dos salários atrasados e funcionando, mesmo que precariamente, na sua função principal que é manter o abastecimento de água, já terá sido um passo importante, até que ela seja liquidada. A aventura da gestão compartilhada morreu. A nova missão dos sindicalistas, agora, é manter a Caerd respirando, mesmo que com a ajuda de aparelhos, até se livrarem dela. Tomara que consigam.
UMA VÍTIMA A CADA DUAS HORAS
Foram 1.337 pessoas atendidas
nos últimos 90 dias, no Hospital João Paulo II, apenas de vítimas
relacionadas com acidentes de trânsito. Isso representa 445 internações
por mês; quase 15 por dia; uma a cada duas horas. Desse total, 72 por
cento, ou seja, sete em cada dez pessoas, sofreram acidentes com motos.
Ou como condutores ou como caroneiro. Apenas 133 pessoas foram vítima de
acidentes de carro e outras 132, de atropelamento. Das 965 vítimas de
acidentes com motos nesse período, há uma grande percentagem dos que
ficarão com sequelas para o resto da vida. Para piorar ainda mais as
estatísticas, a grande maioria dos acidentados com graves ferimentos e
sequelas é de gente jovem, muitos dos quais ficarão para o resto de
suas vidas como dependentes dos outros e sem poder exercer suas
profissões. Esse número terrível atinge 80 mil vítimas/ano em acidentes
no país, com mais de 40 mil mortes. O custo disso para os cofres
públicos, anualmente, beira os 200 bilhões de reais. Proporcionalmente,
Rondônia também perde boa parte do seu PIB com acidentes, além, é claro
da destruição de tantas vidas. Até quando?
O OTIMISMO DE HILDON E SUA TURMA
Depois
de um longo e tenebroso inverno (amazônico), que, aliás, ainda não
terminou, embora as chuvas estejam escasseando, sente-se um clima mais
otimista na Prefeitura da Capital. Dois motivos seriam os principais
desse momento de menos pessimismo. O primeiro é que, nos próximos dias,
Hildon Chaves vai lançar um dos maiores programas de asfaltamento que
Porto Velho já viu, com investimentos que devem passar dos 83 milhões de
reais. Segundo a expectativa do Palácio Tancredo Neves, caso nos
próximos seis meses sejam realizadas todas as obras programadas, a
Capital vai mudar radicalmente nesta área, com a diminuição acentuada
das críticas que a administração vem sofrendo, por causa das ruas em
péssimas condições e da buraqueira que tomou conta de outras tantas. O
segundo motivo relaciona-se com a saúde pública. Com a aprovação do
projeto para que as Organizações Sociais assumam o comando da
administração da saúde, há uma esperança concreta pelos lados palacianos
de que, finalmente, o atendimento à população melhore bastante. A
iniciativa da Prefeitura tem recebido muitas criticas (houve até
representante do Ministério Público, discursando contra, ao invés de
ingressar com alguma ação, caso considere que haja alguma ilegalidade no
processo), mas a verdade é que é muito cedo para se dizer se dará
errado, como parece haver grande torcida, ou se vai dar certo, como
esperam Hildon Chaves e sua equipe. E a população seja beneficiada.
Portanto, agora é esperar o tempo passar, para saber se prevalece o
otimismo ou ele será vencido, no entorno da administração porto
velhense.
UM PERIGO NAS RUAS
Como um agente de
trânsito que está afastado das suas atividades, há mais de 30 dias, sai
às ruas, com farda de trabalho, multa, cria confusão, manda prender,
prende e ainda está livre para agredir um advogado dentro de uma
Delegacia de Polícia? Ora, a responsabilidade é da Semtran e da
Prefeitura, que permitem uma excrescência como essa, com um dos seus
servidores, despreparado, extrapolando de suas funções e, mais que tudo,
exercendo uma atividade da qual está temporariamente afastado. A
agressão ao advogado Breno Mendes – que aliás, em alguns momentos também
exagerou, ao ofender o agente agressivo – foi um dos momentos tristes
de violência a que a população está acostumada. O que não se compreende é
como nenhuma medida foi tomada contra o agente, visivelmente
desequilibrado e despreparado, mesmo depois de ter dado uma cabeçada na
boca de um advogado e dentro de uma delegacia. O que está acontecendo?
Espera-se que, agora, depois de tantos atos fora do seu contexto e da
sua autoridade, o agente seja, enfim, afastado. É um perigo para os
porto velhenses!
PERGUNTINHAS
Você sabia que
dentro de pouco mais de um mês tem uma Copa do Mundo de Futebol, dessa
vez na Rússia? Você sabe, por acaso, a escalação da Seleção Brasileira
que vai ao Mundial, como sabia das grandes seleções que tivemos no
passado?
Camurça conta sua história no Direto ao Ponto
Carlinhos Camurça foi prefeito de Porto Velho por seis anos. Deixou sua marca, com muitas obras e preparou a Capital para o futuro. Fez obras de base, tentou melhorar o trânsito (mas decisões judiciais erradas não permitiram que ele continuasse o trabalho) e deu sequência à gestão de seu parceiro, Chiquilito Erse, que teve que abandonar a vida pública no auge da sua vida, quando foi acometido por uma doença terrível, que acabou por matá-lo.
Carlinhos ficou fora da política por longos anos, mas agora está de volta. Quer ser deputado estadual e coloca seu nome a disposição do eleitorado. Ele conta um pouco da sua vida, de suas realizações e seus planos para o futuro a Sérgio Pires, na edição desta semana do programa Direto ao Ponto.
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
As autoridades de segurança de Rondônia comemoram uma queda histórica nos índices de criminalidade, neste 2024. Crimes como furtos (meno