UMA VITÓRIA DE PIRRO, QUE PODE NÃO SERVIR PARA NADA

UMA VITÓRIA DE PIRRO, QUE PODE NÃO SERVIR PARA NADA

Pirro foi o rei de Épiro, na Grécia antiga. Numa longa guerra em que, ao final foi o vencedor, o custo lhe foi tão alto e tão cheio de perdas, que a expressão "Vitória de Pirro" se tornou popular. É sobre quem tem um ganho sem resultado prático, mesmo depois de enorme sacrifício. Pois a vitória do Sintero, de seus advogados e dos servidores em relação à transposição, em primeira instância na Justiça Federal, pode não ser mais do que uma "Vitória de Pirro". Ganhou, mas não valeu a pena. Porque há, por trás de tudo o que está acontecendo com  o não cumprimento da lei (incluindo uma emenda Constitucional), uma vergonhosa omissão do governo federal, que simplesmente faz de conta que o problema não existe. E que, a menos que ocorra uma sacudida muito grande no assunto, não vai transpor ninguém em Rondônia.  É o óbvio ululante, como diria Nelson Rodrigues, que a União não quer, não faz e nem vai fazer a passagem dos  servidores rondonienses para os quadros da União, mesmo que hajam 700 decisões judiciais em primeiro grau. A presidente Dilma veio a Rondônia, faturou politicamente com frases de efeito e juras de amor aos servidores e nada aconteceu. Se nem suas promessas foram cumpridas, então, que não se fique sonhando e acreditando em lendas.

A transposição é um engodo, que só se resolverá mesmo na área do Judiciário, mas daqui a muitos anos, quem sabe lá por volta de 2035, ou seja, mais ou menos em 20 anos, se tudo der certo! Todos os que seriam beneficiados já estarão mortos (como estão muitos os que esperaram por mais de duas décadas e meia pela transposição prometida e nunca cumprida) e tudo isso ficará por isso mesmo. Os direitos líquidos e certos de milhares de rondonienses continuarão sendo ignorados, por um governo que só respeita a lei quando ela lhe favorece...

NÃO TÊM PODER

Pode-se querer culpar a bancada federal, mas só nós mesmos, do nosso Estado, que queremos valorizar nossas coisas, achamos que oito deputados federais e três senadores vão mudar alguma coisa. Se o governo brasileiro não dá bola para grandes bancadas e grandes interesses de Estados que não são periféricos, cobrar o que dos nossos onze representantes, que na vida real, nenhum poder têm em Brasília, para resolver questão tão grande? Se depender deles, a transposição fica onde está!

CHEIO DE VONTADE!

Ao assumir o comando do Detran, esta semana, o advogado José Albuquerque Cavalcanti, indicado pelo PDT (leia-se Acir Gurgacz), chegou cheio de planos. Prometeu todo o esforço para transformar o Detran rondoniense em um dos melhores do país. Tomara que consiga. O órgão, poderoso e sempre com cofres recheados, precisa dar de retorno, em benefícios ao contribuinte, pelo menos uma boa parte do bolão que arrecada. Quem conhece Cavalcanti garante que ele tem competência para fazer uma administração diferenciada. Esperemos que isso seja real...

RIBAMAR NO PÁREO

A disputa pelo comando da Assembleia Legislativa continua mobilizando os bastidores da política. Além do nome do deputado Maurão de Carvalho, considerado o mais forte até agora, outras opções começaram a aparecer. Uma delas: o deputado petista Ribamar Araújo foi procurado para montar uma chapa e concorrer, na disputa de 1º de fevereiro. Ribamar teria aceito o desafio e alegou que poderia fazer profundas mudanças em relação à forma atual como a ALE é administrada. O assunto terá desdobramentos nos próximos dias.

SUCATEAMENTO

O sucateamento do sistema de transporte coletivo onde as tarifas estão congeladas é consenso no país. As prefeituras alegam que os reajustes são necessários para compensar a inflação dos últimos anos e o aumento dos custos. A visão é do  prefeito de Porto Alegre e presidente da Frente Nacional de Prefeitos, José Fortunati, Ele afirmou recentemente que "os reajustes são inevitáveis. Se congelarmos as tarifas do transporte coletivo, nós começamos a sucatear o sistema. Ou então começamos a ter que tirar dinheiro da saúde, da educação", disse Fortunati. Em  Porto Velho, as tarifas não mudam há quatro anos.

GRANA ALTA

Ninguém merece ganhar pouco, mas salários de 12 mil reais para os vereadores de Porto Velho é um exagero. O Ministério Público tenta mudar esse valor, mas não por ele ser ilegal, mas por causa de firulas da legislação. O que deveria é partir do próprio legislativo a iniciativa de diminuir este valor. Aumentar os salários em quase 62% (mesmo que isso tenha sido feito pelos edis da legislatura anterior), certamente não é aceito pela população pobre. Que, aliás, teve o salário mínimo aumentado para inacreditáveis 788 reais.

LUZ NO FIM DO TÚNEL

Há alguma esperança no ar de que a volta da censura, embutida na proposta de controle da mídia, pelo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, não se concretize. Lideranças do PSDB, do PMDB e do PSB já avisaram que não topam mexer na cláusula pétrea da Constituição, que garante a total liberdade de imprensa. Por enquanto, dos grandes partidos, só o PDT (se Brizola fosse vivo, jamais permitiria isso!) ainda não protestou contra a intenção petista de controle da mídia.

PERGUNTINHA

Quando acontecerá a primeira operação do Ministério Público
e da Polícia Federal em Rondônia, neste ano que recém começou?

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