UMA LEI JUSTA, MAS QUE TRAZ MAIS
COMPLICAÇÕES SÓ AO EMPRESARIADO
Impostos absurdos, os maiores do mundo; fiscalização intensa principalmente sobre quem é regularizado e tenta cumprir o verdadeiro rosário de obrigações legais, sociais, trabalhistas, financeiras: tudo isso recai sobre as empresas brasileiras. Nos últimos anos, elas ainda têm mais um sobressalto, na luta diária pela sobrevivência, num país onde ser empresário pode ser sinônimo de alvo constante dos órgãos oficiais, de todos ossetores e tamanhos, que vampirizam quem trabalha e quem dá trabalho. Para cumprir uma lei de 1991, que obriga a contratação de pelo menos 2% de funcionários com deficiência, muitas empresas organizadas estão penando para tentar conseguir pessoas com algum tipo de problema físico ou mental que possam compor seus quadros. Se não o fizerem, correm o risco de sofrer pesadas multas. Mais que isso, no caso de contratar funcionários que precisam se locomover em cadeira de rodas, as empresas ainda têm que investir na mudança da estrutura de seus prédios, para facilitar o acesso dos portadores de deficiência a todos os seus setores, sem qualquer contrapartida.
O espírito da lei é louvável, mas peca pela imposição e pela falta de apoio exatamente a quem tem que cumpri-la. O governo mais uma vez passa aos empresários uma responsabilidade que deveria ser dele, governo. Não há incentivos, não há apoio, não há diálogo, não há parceria. Como no Brasil é tradição dos órgãos governamentais tornarem-se vampiros do empresariado, tirando o máximo possível de quem trabalha duro, não se vê solução para o problema. E quem emprega dezenas e por vezes centenas de pessoas, corre o risco de ter que viver pagando multas, porque não consegue cumprir todas as exigências de todas as leis. Esse é o Brasil, onde a produção e o trabalho são punidos diariamente, para que os órgãos governamentais possam manter sua obesidade mórbida.
JÁ COMEÇOU!
A pequena cidade de Taquara, na região do Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul, foi a primeira. E deve ser, infelizmente, seguida pela grande maioria dos municípios brasileiros. Lá em Taquara, os vereadores – nove votos a favor e só um contra - decidiram aumentar em 50% o número de vagas para a próxima legislatura. Uma vergonha. A tendência é que todas as Câmaras Municipais do país acompanhe a sacanagem e aumente o número de cadeiras.
CINCO A MAIS
Em Porto Velho, ainda não houve decisão. Pela nova lei que permite a ampliação das vagas, a Câmara poderia ter até 23 cadeiras já na próxima legislatura. Mas a tendência é que passa para 21, cinco a mais do que hoje. Resta saber como esse aumento de quase 30%no número de edis será recebido pela população.
TEM MOTIVO?
Vigilância armada na Assembleia Legislativa? Para que? Está acontecendo alguma coisa séria que a gente não sabe e que exige providências tão drásticas? Se a ALE é a casa do povo, não seria melhorar escancarar as portas para o povão e não restringir o acesso? São perguntas que se ouve aqui e ali, sobre o polêmico assunto.
KASSAB E O PSD
Se não houve mudança de agenda na última hora, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, estará no Estado neste sábado. Vai a Jaru, para encontro do seu novo partido, o PSD, em Rondônia. A sigla no Estado tem à frente o deputado Moreira Mendes e já anunciará adesões importantes, como as dos deputados Jacques Testoni e Lourival Amorim e do prefeito de Ouro Preto, Alex Testoni. O PSD, em nível nacional, corre contra o tempo para ter seu registro deferido pela Justiça Eleitoral
NADA MUDA
Os partidões e partidinhos nanicos estão se preparando para 2012. Todos fazem reuniões, buscando novos filiados, anunciando candidaturas. Como é óbvio que não haverá qualquer reforma eleitoral para a eleição municipal do ano que vem, tudo continuará como dantes. Os grandes indicarão os candidatos e os nanicos negociarão o que der para apoiá-los. Nada mais que isso.
RACIONAMENTO
A coisa está feia pelos lados do Acre. Rio Branco corre o risco real de ter que racionar água. Na divisa com Rondônia, a balsa também pode não ter por onde navegar, porque está tudo secando. Em Porto Velho o risco é menor, mas o bom senso orienta para que se economize a água. Vai demorar ainda muito para chegar a temporada das chuvas.
FALTA UMA PONTE
Em função da crise no transporte regional, todos os anos no verão, cada vez mais se fazem necessárias as construções de pontes sobre o rio Madeira (está andando bem) e sobre o rio Abunã, na fronteira com o Acre, que até agora não saiu do papel. Sem isso, Acre e Rondônia ficarão por anos nas mãos de balseiros que rezam para que o rio permita a travessia. Na cidade e no distrito de Abunã.
SORTEIO
Agiu bem o prefeito Roberto Sobrinho ao determinar sorteio para famílias que ganharam casa própria, na Capital. Não fosse isso, valeria o quesito infame do QI, ou seja, do Quem Indica. Com o sorteio, não houve riscos de maracutaias e nem de uso político do benefício. Foi uma dentro.
ATÉ O DELEGADO!
Só no Brasil: no Rio, um delegado de polícia foi punido porque denunciou um roubo de dinheiro dentro do seu próprio gabinete. Na Delegacia. Onde ele era o chefe. Se até do delegado os ladrões estão afanando, imagine-se nós, pobres mortais, que não temos a quem pedir socorro!
Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)
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Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)
