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Gente de Opinião

Sergio Pires

Zona leste de Porto Velho continua uma terra de ninguém


O ADEUS A UMA ILHA MARAVILHOSA, QUE ENCANTAVA O MUNDO!

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Como destruir um país com loucuras, incompetência, demagogia? A Venezuela reuniu todos esses tristes ingredientes num só momento da sua história. O povo está à míngua, o aparelhamento do Estado, imposto pelo falecido Hugo Chávez e ampliado pelo seu sucessor, Nícolas Maduro, não permite que o povo reaja. Das Forças Armadas à Suprema Corte, tal qual Hitler colocava juízes nazistas para julgar seus inimigos, os chavistas e os “maduristas”  fizeram o mesmo. Milhões de venezuelanos correm o risco de passar fome. O desemprego é gritante. As prateleiras dos mercados estão vazias. Milhares de pessoas aproveitam rápidas aberturas de fronteira, para fugirem do país  ou para comprarem tudo o que puderem. Não há comida. Não há creme dental. Não há papel higiênico. Não há água potável em várias regiões, pela falta de manutenção. E assim, a Venezuela vai sendo engolida por essa triste situação, tendo à frente um governante que está à beira da loucura e que só sairá do poder depois de muito derramamento de sangue. São assim os ditadores, tantos os da direita como os da esquerda.

Uma das coisas que Maduro e seu governo conseguiram destruir, foi a indústria do turismo. Uma das piores situações é a que vive a maravilhosa Isla Margarita. Rondonienses que visitaram aquele paraíso, assim como brasileiros de outras regiões, não a reconheceriam mais. Tomada pelo lixo, por hotéis quase vazios, onde os poucos hóspedes têm que levar suas próprias toalhas, seu papel higiênico e até sua comida, Margarita é um arremedo do seu passado. Seus hotéis suntuosos – os que foram tomados pelo Governo e os que ainda não foram - estão decadentes. As vendas no comércio caíram mais de 70 por cento. Seus 200 restaurantes estão fechando as portas, um a um. O burburinho dos visitantes foi trocado pelo silêncio sepulcral. Maduro foi visitar a Ilha, dias desses, e acabou tendo que escapar da fúria do povo. Os ditadores são especialistas em destruírem povos e países. Maduro aprendeu muito bem essa funesta lição.

 

MEGALOMANÍACOS

Há no ar um clima estranho, relacionado com as eleições municipais. Aqui em Porto Velho também. Há candidatos que parecem agir como inimigos da cidade, tal a forma como apresentam projetos megalomaníacos, que nunca se tornarão realidade, mas que servem para encher o povão de esperança. Um importante empresário comentava, dia desses, que estamos vivendo um momento de ajustes econômicos e renovação política, mas, na realidade, isso não está sendo absorvido pela maioria dos concorrentes aos cargos eletivos. Ouve-se e vê-se poucas boas propostas. Contudo inverdades e falácias não faltam. Não se pode mais esperar pelos salvadores da Pátria. O motivo é óbvio: eles não existem. O que pode existir são políticos sérios, pessoas do bem, que querem uma sociedade melhor e mais justa. Afora isso, nos resta muito pouco em termos de esperança de dias melhores.

 

PURO BESTEIROL!

O mesmo se pode dizer dos candidatos às Câmara Municipais. Há alguns que tratam com humor uma coisa que deveria ser séria. Apelidos esdrúxulos (Cagado, Sobrecu, Xexelento e outros absurdos), pululam nas comunidades de Rondônia e em todo o país. A grande maioria dos candidatos não sabe para que serve uma Câmara de Vereadores. São apenas aventureiros, querendo ganhar um dinheirinho fácil. Não apresentam propostas, não conhecem as leis, são apenas conversadores fiados e metidos a “lideranças de comunidades”, que de líderes nada têm. Uma vergonha é assistir tanta ignorância, aberrações, gozação com a cara do eleitor. Pior que tem gente que acaba votando nesses idiotas, como uma forma de protesto. E há até os que são eleitos. Uma coisa lamentável. Afinal, queremos ou não mudar nosso país?

 

TEMA PROIBIDO?

Mesmas cenas, mesmo filme, mesmos resultados: no último domingo, mais um temporal, o segundo em oito dias, causou grandes danos na cidade. Árvores derrubadas, casas destelhadas, empresas prejudicadas e as tradicionais alagações, que deixam ruas inteiras transformadas em rios, quando cai qualquer chuva. Porto Velho ainda está muito longe de se tornar uma cidade melhor, principalmente na sua periferia. O que se lamenta também é que não se ouve, nas propostas dos candidatos, ao menos no horário eleitoral gratuito, garantias de que esses graves problemas serão atacados. Por exemplo: alguém aí ouviu falar, pela boca dos candidatos, como eles farão para exigir que o governo federal prossiga as obras de água e esgoto na cidade, que estão com uma década de atraso? Parece que o problema não existe....

 

TERRA DE NINGUÉM

A zona leste de Porto Velho continua uma terra de ninguém. Os crimes de morte se sucedem, como ocorriam nos anos 70, no rio Madeira, durante o boom do garimpo e como ocorreram anos depois, com as gangues que guerreavam entre si. Não há policiamento, não há estrutura de segurança e, quando os bandidos são presos, poucos dias depois estão nas ruas de novo, para cometer os mesmos crimes. A segurança pública enxuga gelo, sem gente suficiente e com leis protetoras dos bandidos, enquanto a população vive em pânico, porque não há a quem pedir socorro. No final de semana, mais mortes, mais violência, mais impunidade. Nos discursos, contudo, tudo está indo muito bem. Mas estão indo bem para quem, cara pálida?

 

FIERO OUVE OS SETE

Encontro importante nessa terça, entre empresários e os candidatos à Prefeitura de Porto Velho, está agendado para às 19 horas, na Federação das Indústrias, a Fiero. O tema central será com o tema “Compromisso integrado, Porto Velho do futuro”. A reunião acontece no salão de convenções, onde estarão os sete candidato,  para responder questões e temas relacionados ao desenvolvimento da capital, quais propostas para o fortalecimento da indústria e do setor produtivo, dentre outros. O encontro é uma iniciativa da Fiero, com apoio e participação da Fecomércio, CDL, Faperon, OCB, Associação de Jovens Empreendedores, ACEP, OAB Rondônia e Grande Loja Maçônica do Glomaron. O presidente do Sistema Fiero, Marcelo Thomé, realça que a iniciativa é apartidária e visa apenas estabelecer e estreitar o diálogo com os candidatos.

 

PERGUNTINHA

Agora que a campanha pela Prefeitura da Capital já está começando a esquentar e já foi possível ouvir as propostas de todos, você já decidiu em quem vai votar em 2 de outubro?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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