Quinta-feira, 19 de maio de 2016 - 16h57
Silvio Persivo(*)
Que é sério é, mas, também hilário. Meu amigo de Londrina, Luiz Moreira, se queixa de que “A conectividade está muito à frente da minha realidade...” e, sem conseguir dominar as complexidades do seu celular, considera que “Acho que é melhor ir pro mato sem Internet.. kk”. Bem, a grande verdade é que, penso que os celulares são como os computadores, segundo o grande jornalista Euro Tourinho “incompreensíveis por natureza”. Na sua insuspeita opinião, ninguém domina, de fato, este tipo de tecnologia. Euro, que faz questão de usar a máquina de datilografar, afirma que, por mais que se conheça os computadores; eles sempre, de alguma forma, nos ultrapassam. Podem me chamar de BIOS-Bicho ignorante de Sistema Operacional, que, na verdade sou, mas, são históricos meus problemas com celulares. Com todos eles, a grande exceção foi aquele imenso tijolo da Motorola dos tempos jurássicos do início da telefonia móvel no século passado.
Hoje, tenho um Xperia, mas, com um série de aplicativos que, de repente, são mais invasivos que vendedores de consórcios, telemarketing de telefônica e corretor de imóvel..Ops! Aqui já fui muito longe. Mas, a verdade é que o aparelho brinca com a minha privacidade e faz tábua rasa de meus desejos. Ainda mais que entrei nuns grupos de WhatsApp para ser a toda hora interrompido pelo som da chegada de alguma mensagem e o troço ainda informa, faz um relatório de que olhei para o infeliz que mandou a mensagem. Aliás, faz muito mais do que isto, informa sempre se estou online, a partir de quando ligo o telefone, mesmo que o indigitado do teclado, que só existe em inglês e chinês, não me permita, de forma alguma, responder nada por meio dele. Só falta mesmo, aliás, não sei se não faz, informar a cor da minha cueca, que meu saldo bancário está negativo, porque, desconfio, que, a esta altura, meu CPF, RG e localização estejam mais acessíveis que água benta em pia de igreja. E ainda me aparece gente que pensa, como acontece com o Moreira, que sou mal educado e não respondo, quando, muitas vezes, nem vi. E me cobra: -Te mandei um zapzap e vc nem tchuns. E faz um ar de descrédito quando digo que não vi. Olha lá se zapzap é meio de comunicação! E depois quem disse que o que recebo, na hora, posso responder. E pessoas que somente usam emoji, emotics, sei lá, as carinhas e garatujas usadas na comunicação digital. Sei lá o que querem dizer. E o mar de convites para jogar coisas que não tenho a menor ideia nem interesse. E, o pior, é que, telefone, mesmo celular, foi feito, para se falar, que é a última coisa que se faz. Ultimamente, do modo como as telefônicas vem se comportando, parece que nem querem mais que se fale, de vez que só aparece mensagem de chamada perdida. Mas, vídeos, de todo tipo, e mensagens de voz chegam toda hora. Mensagens imensas e vídeos mais sem graça que as piadas de judeu do Woody Allen ou tão incompreensíveis quanto as peças de Gerald Thomas. Sem falar das desculpas de quem entrou no grupo errado e disse besteiras sem limites. Devo dizer que já mudei de Samsug para Nokia, passando por Apple e outras marcas de pontas, sem que tudo deixasse de ser uma grande porcaria. O problema é que, como tantas outras coisas na vida, depois que nos acostumamos, não se passa sem o maldito aparelhinho. E uso o meu, até demais, para acessar o Facebook e telefonar. Já pensei em voltar a usar um Nokia peba, mas, pense bem, vou parecer mais dinossauro do que já sou. Assim, permaneço sendo um dinossauro quase digital e continuo sendo sexy....sexagenário, é claro.
(*) É professor de Economia com doutorado em Desenvolvimento Sócio-Econômico Ambiental pelo NAEA/UFPª.
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