Sexta-feira, 8 de abril de 2016 - 05h01
Silvio Persivo (*)
Cunha, na opinião dos brasileiros, é culpado de crimes? A grande maioria entende que é. Renan Calheiros é culpado de crimes? A opinião pública entende que sim. Dilma é culpada de crimes? Só os seus seguidores e os petistas acreditam que não. A imensa maioria acredita que sim. Então, qual a grande diferença entre eles? Sob o ponto de vista formal, certamente, nenhum, mas, quem governa o país? É Cunha, Renan ou Dilma? Supostamente é Dilma, e, por via de consequência, até mesmo os crimes de Cunha e Renan, como de uma quantidade imensa de outros parlamentares que teriam recebido propina da Petrobras, tem sua origem nos recursos do executivo. Em última análise, Dilma, no mínimo, seria culpada de não zelar pelo que é de sua responsabilidade. Dizer que não fez nada não resolve. No mínimo, seria culpada de omissão por não impedir o maior escândalo que, literalmente, quebrou a maior empresa do país.
Mas, segundo, muitos, nenhum deles dos citados manda de fato. Quem governa seria quem não teve voto, nem se candidatou a nada, mas, trançou, e trança, os fios dos mamulengos, por detrás dos panos, e se comporta como ministro, mesmo sem ter conseguido tomar posse, e se comporta como presidente, sem ter sido eleito, e, segundo tudo que se sabe, mesmo acusado de vários crimes também, manda, contra os interesses públicos na máquina administrativa e, inclusive, estaria negociando cargos para manter Dilma no poder.
É uma situação surreal. Quem desrespeita a Constituição, quem fala que defende o povo quer se manter no poder contra a vontade popular usando a mistificação de que tem mandato, usando todo o poder do governo apenas para se manter. Ora, Thomas Jefferson, o maior dos republicanos da América do Norte, dizia que, ao povo, era lícito se rebelar quando o governo não cumpria seus deveres, quando, pesava, como o atual governo pesa, duplamente, por arrecadar impostos e não devolver, em troca, senão desesperança, um futuro negro- e este argumento foi usado pelo próprio governo para se reeleger. Mesmo quem defende o atual governo não nega que se passaram já dois anos do seu mandato sem conseguir governar. Vai passar mais tempo para fazer o quê? Envergonhar ainda mais a nação. Quando até Paulo Maluf, que não é reconhecido publicamente, como nenhum padrão de moralidade, afirma que as práticas do governo não são nada republicanas, então, a grande pergunta é: o que o atual governo ainda pode nos proporcionar? Mais escândalos? Ou será preciso o derramamento de sangue para, depois de terem comido a carne, largarem o osso?
(*) É professor da UNIR-Fundação Universidade Federal de Rondônia de Economia Internacional e Professor Doutor em Desenvolvimento Sustentável pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-NAEA da Universidade Federal do Pará-UFPª.
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