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Silvio Persivo

Facebook é uma mídia ainda muito dominante


Facebook é uma mídia ainda muito dominante  - Gente de Opinião

Não se pode negar as grandes vantagens que as redes sociais nos proporcionam. Basta pensar como facilitaram a nossa vida, inclusive sob o ponto de vista profissional, como criaram espaço para novos tipos de profissões e negócios, bem como tornaram a comunicação fácil e instantânea. Se, vinte anos atrás, alguém tivesse dito que poderíamos compartilhar informações, notícias, fotos, eventos tão rapidamente; que os acontecimentos do mundo poderiam ser acompanhados e divulgados em tempo real, dificilmente, alguém teria acreditado. Hoje é um fato cotidiano. Com as mídias digitais, podemos bater fotos, escrever, falar, encontrar pessoas. Criar grupos por assuntos que nos interessam, fazer novos parceiros e/ou amigos ou até mesmo reencontrar pessoas que fizeram parte de nossas vidas no passado. Fora encontrar trabalhos, estabelecer ligações profissionais, divulgar nosso trabalho, vídeos, desenhos, livros, enfim,  mostrar nossas habilidades, distribuir ou vender artesanatos ou produtos. Devo dizer que já fui mais adepto delas. Hoje tenho um certo receio tendo em vista alguns problemas que enfrentei de notícias falsas, e-mail e uso de meu nome. Assim, hoje, me abstenho de dar opiniões, de discutir, até mesmo em particular, com os amigos, pois, quem não nos conhece pode interpretar brincadeiras ao pé de letra e se tornar uma dor de cabeça de graça. Estamos no tempo da boiada. Pensar incomoda todos os lados. Assim só posto amenidades, alguma música, uma foto com algum amigo ou personalidade, um evento que desejo enaltecer ou convidar pessoas para participar. Minha visão, hoje, das mídias sociais, portanto, é de que precisam de alguma regulação e/ou mediação para terem um papel melhor.  Mas, me surpreendi, realmente, com uma pesquisa feita pela Activate Inc., que revelou que o Facebook, nos últimos dois anos, perdeu cerca de 26% do engajamento médio por usuário e o tempo a ele dedicado caiu de  14 horas ao dia para apenas durante 9 horas ao dia. Redes menos fortes, como o Twitter, o Snapchat e mesmo o Instagram, conseguiram manter seu tráfego estável, o Facebook. Bem, não acredito que isto vá afetar o negócio,  a empresa de Mark Zuckerberg. Considero, aliás, uma análise superficial afirmar que há “uma debandada e desinteresse exponencial da gigantesca base de usuários em sua rede social”. O negócio dele, ao meu ver, se mantém muito forte e os efeitos atuais são, como acontece sempre com mídias novas que fazem sucesso, uma certa acomodação.  É claro que fatores como a questão com a Libra, os fake news, a publicidade na política e mesmo números falsos sobre vídeos não afetem seu desempenho, mas, de fato, sua sobrevivência está garantida por muito tempo, exceto, se uma nova plataforma, que faça ou supere seu papel na vida das pessoas, apareça. Hoje, mesmo na mídia social, não há nada de novo no horizonte. 

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