Quarta-feira, 23 de dezembro de 2015 - 11h03
Silvio Persivo (*)
Bem, verdade seja dita, não gosto muito de chegar no Natal, no fim de ano, falando de coisas horrorosas, mas, me digam, como não falar, como não escrever sobre as tristezas de um país sem rumo, de um ano horroroso, que termina de forma mais melancólica do que nunca? Não bastou a tragédia de Mariana. As coisas andam tão ruins que, não foi o cinema que incendiou e sim, para tristeza geral, uma parte do magnífico Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, logo, um pouco antes da data em que entraria em vigor o Acordo Ortográfico. O incêndio, aliás, deve ser uma vingança dos fados, uma resposta simbólica, porém, incontestável, contra a manutenção do segundo mandato da presidente Dilma, numa artimanha judicial, que é um completo desrespeito à Constituição, pelos que deveriam preservá-la. É como se tivessem dito, os fados, se o país já acabou para que a língua?
Este ano, que, o seu final, ainda nos presenteia com um o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, o pedalador, que substituiu, Joaquim Levy, o Mão de Tesouras, que não cortou nada, é o mesmo que vê o aedes aegypti, que já havia sido banido há mais de um século pela determinação do sanitarista Oswaldo Cruz, vencedor da batalha da vacina obrigatória e do saneamento urbano, retornar, por incompetência, como vetor de transmissão da dengue, chicungunha e a febre produz fetos microcefálicos e,em crianças e idosos, a síndrome neurológica Guillain-Barré. Ou seja, procriar se tornou um risco e aos velhos, não bastava apenas deixá-los mais pobres e endividados, foi preciso garantir que, no futuro, sejam em número menor, numa diminuição dos custos das aposentadorias por mortalidade. Até mesmo o whatsapp, que havia se incorporado ao cotidiano nosso de cada dia, para não nos dar sossego, para completar a intervenção indevida e a judicialização da vida brasileira, foi para o espaço, por algumas horas, atingindo por uma canetada.
Se bem que já estamos nos acostumando com a criminalidade, o trânsito cada vez mais precário, a falta de energia, de internet, de tv a cabo, de Netflix, então, por que também não do whatsapp? O que, todavia, não nos falta são novas regras e novos impostos. Afinal, como nos afirma o sábio deputado líder de governo, falta mais governo.... E, para piorar, se é possível, mas, dizem que sempre pode piorar mais, vamos continuar a ser governados por Dilma, Renan e Cunha, em 2016.
É Natal, um natal de vacas magras, diga-se de passagem, e de noticiário de gordas propinas que levaram muitos para as prisões sem que, no essencial, nada tenha mudado. A suspeita, e as previsões, são de que teremos um ano pior ainda. Será, dizem os astros, magos e pitonisas, um Annus Horribilis. Feliz 2019 - para quem sobreviver. Com o que continuamos a ter, ainda teremos mais três anos, para poder pensar em mudar alguma coisa.
(*) É professor da UNIR-Fundação Universidade Federal de Rondônia de Economia Internacional e Professor Doutor em Desenvolvimento Sustentável pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-NAEA da Universidade Federal do Pará-UFPª.
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